A rotina agitada associada à falta de tempo para preparar uma boa alimentação, vem levando parte da população brasileira ao consumo indiscriminado de alimentos ultraprossessados. Estes alimentos por serem de baixo custo e de maior praticidade, vem há algum tempo substituindo as refeições tradicionais, feitas com ingredientes naturais.
Foto: Homem realizando compras. Reprodução/ GETTY IMAGENS.
Um estudo de caráter inédito publicado na última segunda (7), na revista médica American Journal of Preventive Medicine, realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontou que o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados por meio industriais é responsável por mais de 9% das mortes prematuras em nosso país no ano de 2019. A pesquisa revela que os óbitos são por doenças não transmissíveis atribuídas a comidas ricas em altas taxas de gorduras e sal. De acordo com a analise realizada, dos 541,2 mil óbitos ocorridos 10% deram se em indivíduos entre 30 e 69 anos. De acordo com os pesquisadores, as principais causas de morte que estão relacionadas à má alimentação são o infarto, o acidente vascular cerebral o famoso (AVC), diabetes, obesidade e doença renal crônica.
O estudo foi conduzido por método estatístico que simulou os riscos de mortes prematuras. O levantamento envolveu três etapas: a primeira foi à ingestão inicial sobre os hábitos alimentares dos brasileiros segmentados por sexo e faixa etária. A segunda, foi baseada na redução da ingestão e a terceira e última fase, foi observada quanto à diminuição reduziria a mortalidade por todas as causas, incluindo uma análise comparativa de avaliação de risco.
Conclui se que o consumo de alimentos ultraprocessados se diminuído poderia, potencialmente, evitado entre 5.9 mil e 29,3 mil mortes. Os alimentos processados são aqueles que passam por vários processos industriais, recebendo adição de grandes taxas de gorduras trans, açucares sódio, corantes e vários conservantes produzidos artificialmente para melhorar a cor, o sabor e a durabilidade do produto. É um alimento de baixa composição de nutrientes sem vitaminas ou minerais, e altamente calóricas.
Foto destaque: Consumo de alimentos ultraprocessados é responsável por mais de 9% das mortes prematuras. REPRODUÇÃO/GETTY IMAGENS/Istockphoto.