Conviver com sentimentos negativos pode ser prejudicial a saúde

Claudio Fabrício Por Claudio Fabrício
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Conceder o perdão, esquecer o ressentimento, não é uma tarefa fácil. Porém, entender a ligação íntima entre a mente, o corpo e o controle emocional é essencial para se sentir bem consigo mesmo.

Discussão familiar ou com um amigo, presenciar injustiças são alguns acontecimentos de rotina que tendem a acontecer a qualquer momento, podendo gerar vários sentimentos ao mesmo tempo, exigindo muito do autocontrole emocional.

Evite cultivar sentimentos negativos

É preciso ter consciência da importância de evitar a canalização e reflexão excessiva sobre a negatividade, principalmente o ressentimento e a raiva, devido ao impacto que essas emoções podem ter no cérebro. Essa reflexão é incentivada porque esses sentimentos negativos têm o potencial de se tornar agentes desestabilizadores, afetando um dos recursos mais preciosos que as pessoas possuem, o cérebro.

A metáfora “agarrar-se à raiva é como beber veneno e esperar que a outra pessoa morra“, atribuída a Gautama Buda (Buda), enfatiza o aspecto autodestrutivo dessas emoções negativas. A ideia é que cultivar esses sentimentos é prejudicial não apenas para os relacionamentos, mas também para o bem-estar mental e emocional de quem os mantém.

É necessário lidar com a negatividade de maneira construtiva, buscando maneiras saudáveis de processar e liberar essas emoções para preservar a saúde mental e o equilíbrio emocional.


Emoções negativas pode prejudicar o bem-estar pessoal (Foto: reprodução/site/Estadão)


Cuidados devem ser tomados

A Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, explica que, em um primeiro momento, o ressentimento pode proporcionar à pessoa uma sensação temporária de conforto diante da dor, agindo como uma espécie de escudo contra a verdadeira origem da raiva.

Segundo os pesquisadores, esse comportamento representa uma maneira de evitar assumir responsabilidades, criando a ilusão de que se tem controle sobre a situação. Porém, não é bem assim que funciona, nos bastidores desse processo, nasce uma gama complexa de emoções que oferecem uma sensação ilusória de segurança, mesmo quando a pessoa se encontra em uma posição de completa vulnerabilidade.

Além disso, pesquisadores do Hospital John Hopkins destacam que as pessoas que guardam rancor têm mais chances de sofrer de depressão grave e transtorno de estresse pós-traumático, entre outros problemas de saúde. Mas existe uma esperança: os profissionais garantem que é possível treinar para evitar isso e proteger à saúde.

Estudos mostram que o ato de perdoar pode gerar enormes benefícios à saúde, reduzindo o risco de sofrer um ataque cardíaco, melhorando os níveis de colesterol e o sono, e reduzindo a dor, a pressão arterial e os níveis de ansiedade, depressão e estresse.

 

Foto de destaque: Mulher com raiva aos gritos (Reprodução/site/Eshoje)

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