Na terça-feira (26) foi o Dia de prevenção e combate à hipertensão arterial. Neste dia, o Ministério da Saúde emitiu um aleta preocupante; aumenta cada vez mais o número de crianças hipertensas no Brasil.
A condição é causada pelos níveis elevados de pressão sanguinea nas artérias. Isso faz com que o coração tenha que trabalhar mais para bombear e distribuir o sangue para todo o corpo.
Estima-se que a porcentagem de hipertensos na população infantil varia de 3 a 15%. O diagnóstico pode ser realizado pelo pediatra, facilmente durante a realização da medição da pressão em consultas de rotina.
Médica medindo pressão de criança Reprodução/Freepik
Em entrevista dada a CNN Brasil, o médico Carlos Cesar Assef, responsável-técnico da Cardiopediatria e chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) afirma que a doença constuma ser assintomática na maioria dos casos, além de serem descaracteridos, podendo ser uma dor de cabeça, irritabilidade ou sono desregulado “Todas as crianças com idade igual ou superior a três anos de idade devem ter aferida a pressão arterial durante a consulta pediátrica de rotina. Abaixo dos três anos de idade, a aferição deve ser feita apenas quando as crianças apresentarem história de prematuridade, baixo peso ao nascer, internação prolongada em UIT Neonatal, anemia falciforme, malformações congênitas renais, cardíacas ou neurológicas, neoplasias, transplantes e uso prolongado de corticosteroides”,
Para o tratamento da pressão alta em jovens, fatores como o estado clinico do paciente ou ainda se a doença se encontra em estado primário, são fatores determinantes para a qualidade de vida das crianças. O tratamento consiste na construção de novos hábitos alimentares, que vai desde de evitar alimentos ricos em condimentos, gorduras saturadas, açúcares refinados e carne vermelha, além de incentivar à prática de atividade física.
Para o caso da doença estar em estágio secundário, o mais recoméndável é o uso de medicamentos de base que tratam a comorbidade “A monoterapia, ou seja, o tratamento com um único remédio, é indicada, procurando otimizar a dosagem máxima de um medicamento antes da associação com outros medicamentos”- afirma Carlos Cesar Assef em entrevista à CNN Brasil.
Quando não tratada, a pressão alto pode causar crises nas crianças, que põe em risco o funcionamento de órgãos como rins, coração e o cérebro. O tratamento requer internação hospitalar, medicações na veia e monitoramento perene.
Foto destaque: menina tendo a pressão medida por médica Reprodução/Globo.com