A ansiedade e os transtornos de ansiedade são um conjunto de doenças psiquiátricas caracterizadas pela preocupação excessiva ou constante de que algo negativo vai acontecer. Em específico, durante as crises de ansiedade, os indivíduos não conseguem se ater ao presente e sentem um grande conflito, às vezes sem um pretexto aparente. Além disso, esse problema pode manifestar sintomas físicos, como sudorese e arritmia cardíaca.
É comum do ser humano, a ansiedade estimula uma sensação de agitação, de indisposição em relação a algo que possa vir a acontecer. É como se existisse uma ameaça contra o qual é preciso reagir. Contudo, torna-se uma crise quando a pessoa começa a ter uma porção de sintomas físicos sem poder controlá-los.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), 264 milhões de indivíduos convivem com transtornos de ansiedade no planeta. No Brasil, eles alcançam 9,3% da população, o que faz do nosso país o líder no ranking.
Acostumar-se com a ansiedade é um grande desafio para o ansioso, que não consegue dominar o seu medo, a angústia e o sentimento de insegurança que nutrem os pensamentos motivados pelos transtornos, mas também é para a família, que sofre ao ver a pessoa querida padecer. Deve ter consciência que ninguém é igual, assim sendo, cada um reage aos episódios de maneiras distintas.
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Um dos principais pontos para ajudar uma pessoa em crise é oferecer um ambiente seguro e livre de julgamentos. Respeitando o processo dessa pessoa, ouvindo e estando presente durante todo episódio. A seguir, veja outras dicas que podem contribuir nesse momento:
Ajude a ritmar a respiração; pois a respiração é muito importante nesse período, mas, volta e meia, enquanto está imerso na crise, o indivíduo não consegue respirar lentamente a fim de reestabelecer a calmaria. Sugestão! Façam esse movimento juntos! Determinadas técnicas, como o relaxamento progressivo e a contagem de sete segundos são alternativas. Na primeira, você pode solicitar que a pessoa contraia e relaxe os músculos do seu corpo por três segundos alternadamente enquanto respira; na segunda, a sugestão é inspirar e segurar a respiração por sete segundos: expire até o seu alcance, inspire contando até quatro e por fim segure a sua respiração por mais três segundos.
Não ofereça bebidas alcoólicas; é imaginável que o ansioso ligue o álcool a uma possibilidade de fuga, o que, mais para frente, pode proceder inclusive em alcoolismo. A dica está valendo para qualquer outro tipo de droga lícita ou ilícita.
Faça com que a pessoa foque em outra coisa, como por exemplo, seus movimentos; peça para que ela se sente e se abrace, com a mão direita no ombro esquerdo e vice-versa, após isso, ela deve dar “tapinhas” leves e alternados no ombro por alguns minutos, ao mesmo tempo que fica atenta na sua respiração. Essa é uma técnica baseada em reprocessamento mental, chamada EMDR, essa desbloqueia memorias dolorosas através de estimulação bilateral do nosso cérebro.
Não devemos oferecer medicamentos sem a prescrição medica – isso serve para qualquer situação – não existe aquela frase: “Se faz bem para mim, vai fazer para você” não é assim! Toda medicação precisa ter acompanhamento profissional, sobretudo da psiquiatra.”
Sabendo que a pessoa é única em suas manifestações de uma crise, existem alguns efeitos que são mais comuns, sendo eles físicos ou mentais. Que está no processo de uma crise acaba desenvolvendo pensamentos desastrosos acima de situações comuns. Como por exemplo: “vou morrer ao atravessar a rua”, “vou ser demitido do trabalho” ou “minha família vai sofrer um acidente” e por fim “Não vai dar certo”.
Por isso é fundamental que fiquemos de olho nas pessoas ao nosso redor, já que esses pensamentos podem levar ao isolamento social e acaba prejudicando nas atividades físicas, sociais e intelectuais do dia-a-dia.
Foto destaque: Ansiedade. Reprodução/ Pinterest