O caso ocorreu em uma pequena propriedade que está localizada na cidade de Marabá, no Pará, onde vivem cerca de 160 cabeças de gado. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) informou que o local já foi isolado, a propriedade passou por inspeção e foi interditada, como forma de prevenção.
Além de vacas, a doença afeta também cabras, ovelhas e búfalos. Neste caso, um touro de nove anos foi afetado pela doença conhecida como mal da “vaca louca”, a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), nome original da infecção. O bovino foi abatido e seus restos foram incinerados. Segundo o Governo do Pará, “a sintomatologia indica que se trata da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano”. Para que haja a confirmação da situação de controle e isolamento, “amostras foram enviadas para laboratório no Canadá para tipificação do agente, se clássica ou atípica”.
Após a confirmação, o Ministério da Agricultura e Pecuária suspendeu temporariamente a exportação de carne para a China desde quinta-feira (23). No mesmo dia houve um encontro no Brasil, entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e o embaixador da China, Zhu Qingqiao para prestar informações.
Ministro da Agricultura e Embaixador da China se reúnem no Brasil. (Foto: Reprodução/MAPA)
Os últimos casos sobre o mal da “vaca louca” foram confirmados em setembro de 2021 pelo Mapa (Ministério de Agricultura e Pecuária). Os casos ocorreram em frigoríficos nas cidades de Belo Horizonte (MG) e Nova Canaã do Norte (MT). A doença foi detectada em vacas de descarte que já apresentavam idade avançada. Após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente. Em 2019, um caso atípico da doença também foi registrado em um animal, no estado de Mato Grosso. Segundo o órgão, uma vaca de 17 anos foi acometida pelo mal da “vaca louca”, que foi abatida.
Foto Destaque: Bovinos em propriedade. Reprodução/Leandro J. Nascimento/G1