Entenda o que é a asma e saiba quais são os tratamentos disponíveis para a doença

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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A asma é um dos problemas respiratórios mais comuns na população brasileira. De acordo com o Ministério da Saúde, 23,2% das pessoas convivem com a doença em nosso país. Essa condição, que já foi considerada debilitante no passado, hoje pode ser tratada de maneira eficaz. Apesar disso, a doença ainda é frequentemente negligenciada por muitos pacientes, que podem acabar desenvolvendo quadros graves e até morrer devido à insuficiência respiratória.

O pneumologista Dr. João Carlos de Jesus explica que a asma é considerada uma doença inflamatória crônica que afeta os brônquios — pequenas vias que permitem a circulação do ar dentro dos pulmões. Quando inflamados, esses caminhos tornam-se mais estreitos, dificultando a respiração.

O especialista lembra que no período do inverno, a asma pode se agravar devido ao clima mais frio, à maior concentração de poluentes na atmosfera e à maior presença de pólen e ácaros no ar. Essas variações atmosféricas agravam a inflamação crônica nos brônquios, levando a episódios de crise.

Além disso, infecções virais como resfriado, gripe e até mesmo a Covid-19, que se tornam mais comuns nessa época, podem agravar o quadro provocando o chamado broncoespasmo: um fechamento repentino dos brônquios que leva à insuficiência respiratória.

“Por isso, é fundamental que quem tem asma mantenha um acompanhamento médico regular para ter inflamação crônica tratada e minimizar o risco de episódios de crise nessa época do ano”, alerta o médico. Ele também incentiva todos os pacientes, principalmente aqueles com asma, a se vacinarem contra a gripe e a Covid-19, já que esses vírus seguem em circulação e podem provocar complicações.

O tratamento regular citado por Dr. João Carlos pode ser feito de diversas formas. Atualmente, existem diferentes protocolos para a asma, de acordo com a gravidade da doença. Os tratamentos, segundo o pneumologista, têm como base o uso de anti-inflamatórios inalatórios. No entanto, também há opções mais avançadas, principalmente para os pacientes alérgicos, que apresentam rinite associada.

“Alguns pacientes têm uma forma de asma intermitente, em que os sintomas são mais intensos em certos momentos. Já outros têm uma forma persistente, em que a asma está sempre presente. Mesmo quando a asma está controlada, é importante manter um acompanhamento médico, pois a doença pode apresentar sinais de piora”, pontua o especialista.

Com o tratamento adequado, no entanto, os pacientes podem levar uma vida normal e praticamente eliminar os riscos de episódios fatais. “Hoje nós consideramos inaceitável que um paciente venha a falecer por uma crise de asma”, destaca o Dr. João Carlos. E ao contrário do que ocorria no passado, atualmente se recomenda que as pessoas com asma pratiquem atividade física e levem uma vida ativa, desde que tenham um acompanhamento médico adequado e realizem exames regularmente para garantir a segurança nessas atividades.

Foto Destaque: Freepik

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