No último domingo (20), o Fantástico entrevistou Giovanna Blasi, que é portadora de um transtorno psiquiátrico raro. Ela afirma ter dezoito personalidades diferentes dentro de si, cada uma delas com seu próprio nome, gostos e forma de expressão única. Essa condição é conhecida como Transtorno Dissociativo de Personalidade, ou TDI.
O diagnóstico
Giovanna tem um perfil no TikTok e no Instagram, que juntos somam mais de 280 mil seguidores, em que relata a sua experiência com o transtorno e busca conscientizar as pessoas sobre ele. Nas suas contas, os vídeos são produzidos por personalidades diferentes, cada um aparecendo um pouco. Juntas, as personalidades formam o que autodenominam de “Sistema Resiliência”.
Há algum tempo, ela precisou ser afastada do trabalho e da faculdade, pois as pessoas não entendiam suas “mudanças de humor” bruscas. Giovanna logo procurou um psicólogo e um psiquiatra e, meses depois, descobriu que o que acreditavam ser uma instabilidade de humor, na verdade era o TDI.
Giovanna no Fantástico (Foto: Reprodução/Globo)
Antes de dar início ao tratamento, a mulher trocava de criadora de conteúdo cerca de 14 vezes por dia. Agora, com ajuda do acompanhamento que vem recebendo, ela conta que as mudanças ocorrem de sete a oito vezes.
As outras personalidades
Pouco após a entrevista, uma outra personalidade assumiu o controle, Dandara, que acendeu um cigarro durante a conversa e disse a repórter que foi contra a aparição de Giovanna no programa apesar de entender o propósito por trás de tudo aquilo. Depois, Ariel, um homem um pouco mais excêntrico, e Laura, descrita como mais saudável que os outros.
Além deles, o sistema também possui uma criança de cinco anos, Momô, e artistas que Giovanna conta que são muito talentosos com a escrita e a pintura.
“Ou a pessoa acha que a gente está fingindo, que a gente está inventando, que isso não existe. Ou elas vão pro lado espiritual. Demônio, espirito”, relata Giovanna.
Apesar dos estereótipos negativos e das descrenças, o Transtorno Dissociativo de Personalidade já é estudado por psicólogos e psiquiatras há anos, e é legitimo. Geralmente, a causa é algum trauma, que faz com que a pessoa use isso para lidar melhor com o ocorrido.
Foto destaque: Mulher confusa. Reprodução/Maestro Virtuale