Entenda porquê Tarcísio Meira não resistiu às complicações do coronavírus

Pedro Szpigiel Por Pedro Szpigiel
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O Ator Tarcísio Meira morreu hoje aos 85, em decorrência da covid-19. Desde o dia 6 de agosto, estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

De acordo com o último boletim divulgado, o estado de saúde do ator estava sob cautela, já que ele estava intubado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e passava por “diálise contínua” por problemas nos rins.

Esposa de Tarcísio, Glória Menezes, 86, também contraiu o vírus, mas teve um quadro leve da doença e se recupera bem. Ambos foram vacinados com as duas doses contra o coronavírus em março na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, onde de isolaram durante a pandemia


Tarcísio Meira morreu aos 85, após complicações da covid-19 ( Reprodução/Instagram)

 


Por que pessoas imunizadas morrem de covid-19?

Embora seja raro, o caso de Tarcísio Meira não é isolado. Um estudo da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), demonstra que apenas 3,68% das mortes por coivd-19 no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho foram de pessoas completamente vacinadas

Entre os imunizados, os idosos com mais de 70 anos como Tarcísio Meira são as principais vítimas, segundo a pesquisa: dos 9.878 mortos completamente vacinados, 8.734 tinham mais de 70 anos.

É importante frisar que casos assim são pouco comuns e podem acontecer independentemente da marca do imunizante que a pessoa recebeu e não significam que a vacina não corresponde sua função.

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Nenhuma vacina possuí uma eficácia de 100%. Não somente as vacinas contra covid-19, mas contra quaisquer doenças. Isso não significa que a população não deve buscar a vacinação, pois é a melhor defesa comprovada cientificamente que podemos fornecer para nosso sistema imunológico.

 

As pessoas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam“, afirma Natália Pasternak, doutora em microbiologia e presidente do Instituto Questão de Ciência.

 

 “Mas se o time dele for uma droga, se a defesa do time dele for uma droga, ele vai tomar mais gol, porque vai ter muito mais bolas indo para o gol, então a probabilidade de ele errar aumenta“, acrescenta. “A vacina diminui o seu risco de ficar doente, agora se você estiver numa área onde a defesa do time é ruim, onde o vírus está circulando muito, a probabilidade de você ficar doente aumenta“, avalia.

 

Foto de capa: cientistas na pesquisa da vacina contra o coronavírus (Reprodução/Tv Globo)

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