Frio intenso coloca em risco saúde das crianças em BH

Bruno Gama Por Bruno Gama
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Segundo o boletim epidemológico da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, crianças de 1 a 9 anos estão no grupo de risco de internações pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O dado serve de alerta para os pais, pois crianças abaixo de 5 anos não podem tomar a vacina contra a Covid-19, doença essa que pode agravar o quadro.

Ainda de acordo com o a Secretaria, entre janeiro e maio deste ano foram diagnosticadas 1.385 casos de SRAG em jovens de até 12 anos. Se comparar com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 3,8% dos casos. Com a queda brusca de temperatura registrada nessa semana e a chegada do inverno, que tem início em junho, preocupam o país.

Com a chegada do frio, é comum as pessoas ficarem em ambientes fechados e com pouca ventilação, facilitando a transmissão de doenças respiratórias. A Secretaria Municipal de Saúde já registrou aumento na procura por atendimento nas UPAs, principalmente em casos respiratórios. 


As doenças respiratórias ficam mais intensas no frio (Foto: Reprodução/Morsh)


A SRAG envolve diversos sintomas, sendo eles: febre, tosse seca, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade para respirar. Outras doenças respiratórias podem agravar o quadro de SRAG, como pneumonia, asma, gripe e a própria Covid-19.

O infectologista Alexandre Sampaio Moura, da Santa Casa de Belo Horizonte, alerta que viroses e resfriados podem ser ocultar os casos de Covid-19. “Não tem como diferenciar baseado nos sintomas. As pessoas precisam reforçar os cuidados neste período e, caso apresentem os sintomas, fazer o exame para confirmar se é ou não Covid-19’’, explica.

Os cuidados com as doenças respiratórias devem ser redobrados, principalmente na transição do outono para o inverno. “Nós já estamos acompanhando centros de saúde lotados. A Covid-19 passou a ser mais uma dessas viroses com as quais temos que tomar cuidado no inverno. É importante seguir mantendo distanciamento, lavar as mãos e usar máscara’’, avalia Moura.

A vacina segue sendo a maior aliada contra a Covid-19, e também é preciso cuidar da imunização contra a gripe.

Foto Destaque: Reprodução/Metrópole

 

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