Instituto aponta tabagismo como influência de risco em casos de câncer de bexiga

Yngrid Horrana Por Yngrid Horrana
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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que cerca de 10 mil pessoas são, anualmente, diagnosticadas com câncer de bexiga no Brasil. Os dados apontam que homens brancos com idade avançada são os mais atingidos pela doença e revelam que o tabagismo é um fator que aumenta os riscos de desenvolvimento da doença.

De acordo com o Instituto, a média de pessoas positivadas para a doença que possuem vício em cigarros de tabaco, como em charutos ou cachimbos, é de 60%. Além de hábitos fumantes, é apontada como influência ao câncer de bexiga a exposição a substâncias químicas, não apenas como álcool e drogas, mas produtos industriais também.

A cura da doença, no entanto, chega a ser uma possibilidade principalmente para aqueles que detém o diagnóstico durante a fase precoce da doença. A importância da realização de exames médicos com periodicidade pode aumentar em 90% as chances de cura do câncer, segundo pesquisa do Inca.

Câncer de bexiga

A doença se inicia a partir da presença dos tumores em células que revestem a bexiga. O tabagismo tem a principal influência de liberar substâncias que se repelem na urina, mas que, aos poucos, acumulam-se na parede da bexiga. Esse fator influencia a formação maligna nas células que revestem o órgão.

“Os pacientes tabagistas são extremamente expostos ao risco do câncer. Existem outras situações onde a pessoa está exposta principalmente no seu ambiente de trabalho, como indústrias que trabalham com derivados de petróleo, aminas aromáticas, indústrias do tabaco, metais pesados, alguns agrotóxicos”, explica Fernando Leão, médico urologista e cirurgião robótico do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo e Goiânia.


Anualmente, o tabagismo é a causa do óbito de mais de oito milhões de pessoas nomundo, afirma a OMS(Foto:Reprodução/Pexels)


Além da exposição a produtos nocivos para a saúde, a falta de líquido no organismo, herança genética e consumo de medicamentos quimioterápicos também pode ser um agravante. 

Sintomas

O sinal mais perceptível da doença é a presença de sangue na urina. Embora essa característica se manifeste nas fases em que a doença já está em desenvolvimento, vale se atentar a quaisquer mínimos sinais que surgirem precocemente. 

Outros sintomas como urgência para urinar, ardor, cansaço, anemia, perda de peso e inchaço nas pernas surgem em um período em que a doença já está em evolução. 

Tratamento

Para tratar o câncer de bexiga, existem três opções de cirurgia, as quais são determinadas a partir de avaliação do estágio da doença: 

  • Ressecção transuretal endoscópica: se resume na retirada do tumor através de endoscopia.
  • Cistectomia parcial: neste caso, ocorre a retirada de parte da bexiga; sua proporção infere na profundidade e no local da bexiga em que o tumor está localizado.
  • Cistectomia radical: este procedimento é a via para quando a doença está em seu estágio avançado e o câncer tomou uma proporção invasiva o bastnate para a realização da retirada da bexiga.

 

Foto Destaque: Câncer de bexiga: Instituto aponta tabagismo como influência de risco. Reprodução/Pexels

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