Foi detectada pelo Instituto Butantan a primeira pessoa a ser infectada com a sublinhagem BN.1, variante Ômicron, no Brasil. O caso foi descoberto em São Paulo, em uma mulher de 38 anos que reside na cidade.
Até o momento, os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que a sublinhagem não apresenta grandes riscos no atual contexto do país e “não deve causar grande impacto”. Sendo assim, também não é foco de monitoramento dos pesquisadores.
Assim como a BN.1, há outras variantes de baixa preocupação que circulam pelo estado de São Paulo, afirmam os profissionais. A única variante que permanece sob olhar dos cientistas é a BQ.1.1, a causadora do primeiro óbito em 17 de outubro deste ano.
A detecção de casos da sublinhagem ainda é recente não apenas no Brasil, como em outras partes do mundo. O primeiro caso foi identificado no final de julho, na Índia. E hoje já somam 11% dos casos globais.
Estado de São Paulo concentra a maior variação de sublinhagens do coronavirus, apontam especialistas (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
Atualmente, sabe-se que a Europa é o continente que concentra a maior disseminação dos casos, com 15% dos positivados no Reino Unido e mais 14% na Áustria. Os Estados Unidos, em contrapartida, é o único país que já soma 16% das detecções de infectados pela subvarinte BN.1. E a Austrália, na Oceania, contabiliza 14% das infecções.
De acordo com os especialistas, algumas subvariantes, como é o caso da BQ.1.1, são mais combativas à vacina. Na última segunda-feira (21), portanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária liberou o uso de dois medicamentos para o tratamento da Covid: Remdesivir e Paxlovid.
O consumo do Remdesivir foi liberado para fins pediátricos. Crianças com pelo menos 28 dias de vida e que pesam a partir de 3 kg podem fazer uso do medicamento mediante o auxílio de oxigênios suplementares. As crianças de massa superior ou igual a 40 kg estão liberadas para fazer o uso do medicamento sem a necessidade de suplementos de refrigeração.
No caso do Paxlovid, indicado para adultos, o consumo só é permitido mediante uma receita médica. Ele será abastecido no Sistema Único de Saúde (SUS) e tem validade de até 18 meses.
Foto Destaque: Instituto Butantan detecta primeiro caso da variante BN.1 no Brasil. Reprodução/Agência Brasil