O Primeiro-Ministro japonês Fumio Kishida anunciou, junto a profissionais de saúde, a reclassificação da covid-19 nas unidades de saúde do Japão. Ele também informou sobre o fim das medidas de prevenção muito rígidas que, até o momento, permanecem em vigência no país.
A covid, que até então era classificada como uma doença viral de atenção, será adicionada às mesmas categorias de gripes sazonais. Atualmente, ela é comparada à tuberculose devido aos níveis de sintomas respiratórios. O premiê também anunciou o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras. Ele informou que, “em relação ao uso de máscaras, tanto em locais fechados quanto abertos, a decisão dependerá de cada pessoa”. A nova ordem passa a valer no dia 8 de maio, de acordo com o cronograma das autoridades japonesas.
“Tomaremos outras decisões sobre ‘a vida com o coronavírus’ e vamos voltar gradualmente à normalidade”, disse Kishida.
Sob a óticas das autoridades japonesas, a flexibilização das medidas de prevenção à covid servem também para resgatar o âmbito que movimenta a economia no país. A fim de debater o tema e elaborar novas soluções financeiras, as autoridades de saúde do Japão se reunirão no próximo mês. Estarão presentes representantes dos ministérios da Saúde, Trabalho e do Bem-Estar Social.
País reduz a gravdade da covid: gripe sazonal. (Foto: Reprodução/Getty)
Fim da política “Covid zero”
No início de janeiro, o líder chinês Xi Jin-ping também flexibilizou as medidas de prevenção da covid no país. O número de visitantes no país ultrapassou 1 milhão, após quase três anos da proibição do tráfego aéreo. No caso da China, a medida foi tomada após uma série de protestos pelo fim do regime. As antigas regras não se tratavam apenas do controle da doença, mas, de acordo com a população do país, a situação possuía traços fortes de repressão e falta de liberdade.
Desde o dia 8 de janeiro, não é obrigatória a realização de testes no aeroporto ou da permanência em quarentena durante o período de viagem ou estadia permanente.
Foto Destaque: Covid-19 no Japão. Reprodução/Reuters.