Médica fala sobre as possíveis causas para a retirada dos silicones nas mamas

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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Embora a colocação de próteses nas mamas tenha sido bastante popularizada nos anos 2000 e continue sendo o procedimento estético mais realizado do país, em 2023 a tendência nos consultórios é o movimento oposto, de retirada das próteses de silicone em busca de um visual mais natural.

“Algumas pacientes ficam insatisfeitas ao longo do tempo com o tamanho das próteses e, em alguns casos, também há o medo de desenvolver outras doenças associadas ao silicone”, afirma a médica radiologista especialista em saúde da mulher, Dra. Vivian Milani, da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI).

Com o passar dos anos, os implantes podem apresentar roturas (rompimento de alguma estrutura anatômica), contratura (rejeição) ou até uma mudança do eixo da prótese (rotação). Por isso, é essencial o acompanhamento pós-operatório por meio de exames de rotina como ultrassom e mamografia e até mesmo ressonância magnética, alerta a médica.

Embora as próteses de mamas sejam seguras em geral, algumas mulheres podem apresentar a chamada “doença do silicone”. Descrita pela primeira vez em 2011, é uma condição provocada pelo contato com um antígeno, ou seja, algo que o organismo reconhece como estranho. “Trata-se de uma síndrome rara, autoimune, provocada pelo contato da paciente com a prótese mamária, por exemplo”, esclarece a especialista.

A retirada do silicone

O explante, ou retirada das próteses, é bastante simples. O procedimento pode utilizar a mesma cicatriz da implantação. Alguns especialistas indicam também a suspensão das mamas uma vez que, com o aumento do tamanho, a pele fica esticada e flácida após a retirada das próteses.

A paciente recebe anestesia geral e a operação normalmente não dura mais do que 30 minutos. Para a recuperação, é recomendado o repouso de 15 a 30 dias antes de retomar as atividades diárias.

Foto Destaque: Reprodução

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