Ministério da Saúde lança campanha de prevenção contra a Aids entre jovens

Luísa Giraldo Por Luísa Giraldo
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O Ministério da Saúde iniciou, nesta quinta-feira (1°), uma campanha nacional para a prevenção do HIV/Aids voltada para o público jovem. O público alvo de 15 a 24 anos, entre a adolescência e o início da vida adulta, é, atualmente, a população mais afetada pela doença. O lançamento da ação foi realizado no Dia Mundial de Luta contra a Aids.

A campanha tem como principal objetivo a conscientização sobre as formas de proteção e prevenção contra a doença na população mais jovem. De acordo com o órgão, 960 mil pessoas convivem diariamente com o HIV no país. Além disso, neste último ano de 2021, quase 41 mil casos de HIV e 35,2 mil casos de Aids foram detectados. Do número total de infectados, 727 mil estão em tratamento no Brasil.

A secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Sandra Barros, disse que a sociedade precisa humanizar o tratamento dessas pessoas não apenas no SUS. “A gente não pode deixar que doenças como a Aids fiquem um pouco à margem diante de novas situações, como foi com a chegada da pandemia. Que agente possa gerar equidade em todo o mundo para o tratamento do HIV”, disse.

Segundo o boletim divulgado pelo ministério, há maior concentração dos casos de Aids em pessoas com idades de 25 a 39 anos. Na população masculina, 51,7% estão nessa faixa etária. Entre os casos das mulheres, o percentual aponta para 47,4% jovens infectadas.

“O Ministério da Saúde tem como prioridade a redução da mortalidade por Aids. Nesse sentido, foram elaboradas diversas estratégias para qualificação do cuidado e fortalecimento da rede de atenção e às pessoas com Aids Avançada, com a incorporação de novos insumos para detecção de infecções oportunistas”, explicou a pasta.


Laço vermelho simbolizando o Dia Mundial de Luta contra a Aids (Reprodução/UOL)


Menos casos em crianças

O boletim apontou ainda que, na última década, a taxa de detecção da Aids em crianças de até cinco anos decresceu. Ela passou de 3,4 casos a cada 100 mil habitantes, em 2011, para 1,2 casos a cada 100 mil dez anos depois, em 2021. Ou seja, houve uma redução de 66% dos casos entre a população.

No mesmo período, a taxa de detecção entre as gestantes aumentou 35%. De acordo com o Governo Federal, o ministério estaria investindo em qualificação do cuidado, o acompanhamento e detecção precoce da doença, com o objetivo da redução da transmissão vertical dela.

“A estratégia Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical fortalece as gestões locais do SUS para aprimorarem ações de vigilância, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes, além da capacitação de profissionais de saúde”, afirma.

Por fim, a distribuição de dolutegravir, um medicamento para crianças com mais de quatro semanas de vida infectadas com HIV/Aids, está prevista para janeiro do próximo ano.

 

Foto destaque: Teste de HIV. Reprodução/CNN

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