As recomendações são para que mesmo pessoas assintomáticas realizem testes ou autotestes para evitar a disseminação da nova cepa do coronavírus.
Segundo especialistas a nova subvariante da covid conhecida como BQ. 1 ÔMICRON, é uma ramificação da cepa BA. 5, possuindo uma maior capacidade de escape em relação a resposta imunológica do corpo, neutralizando assim a eficácia de remédios imunizantes e contato anterior com o vírus para evitar novas infecções.
O Brasil segue a tendência de países europeus e asiáticos apresentando uma alta nas taxas de transmissão, deixando profissionais da saúde atentos para uma possível nova onda, e reforçando a importância que a testagem tem como principal meio de conter o avanço da Covid.
O segmento de diagnóstico “in vitro” já se prepara para um aumento significativo na procura por suas produções de testes e autotestes para detectar a doença. Com acesso aos testes até mesmo as pessoas com sintomas leves de infecção podem conseguir seu diagnóstico, permitindo que elas se isolem e freiem o avanço da contaminação.
Médico realizando teste de Covid em paciente; as novas variantes são identificadas pelos produtos já presentes no mercado (Foto: Theromatic)
Josely Chiarella, farmacêutica e diretora técnica da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), afirma que os produtos disponíveis no mercado são eficientes em detectar as novas variantes do coronavírus, e que as fabricantes de autotestes e testes rápidos estão preparadas para o acréscimo na demanda pelos testes.
“Pessoas sintomáticas devem fazer autotestes ou testes rápidos para que possam tomar os cuidados corretos de isolamento e, se necessário, buscar tratamento para os sintomas. Além disso, devem fazer uso correto de máscaras para evitar o risco de contaminação de outras pessoas”, comentou Josely.
No Brasil a subvariante foi identificada pela primeira vez no dia 20 de outubro, quando a Fiocruz Amazonas a sequenciou em seu estado. Nessa quinta-feira (10), já somam cinco casos da nova cepa notificados pelo Ministério da Saúde no país.
A farmacêutica Josely explicou que além disso os testes servem como ferramenta importante na triagem dos pacientes. Para monitorar a evolução da doença no país, ela afirma que todos os testes positivos são obrigatoriamente encaminhados as autoridades.
Nessa terça-feira (8), em São Paulo foi registrada a primeira morte de uma paciente infectada pela variante BQ. 1 no Brasil. A mulher de 72 anos possuía comorbidades.
Foto destaque: Ilustração gráfica do vírus da Covid-19 Reprodução/Unsplash Fusion Medical Animation