Segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (13) pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, duas doses das vacinas da Pfizer/BioNTech e AstraZeneca produzem níveis mais baixos de anticorpos no organismo ao combater a nova variante do Coronavírus, a Ômicron. A pesquisa ainda não possui parecer de outros cientistas.
Na última semana, a farmacêutica Pfizer e a firma alemã BioNTech já haviam veiculado na mídia que duas doses de sua vacina induzem uma menor taxa de anticorpos neutralizantes, muito embora uma terceira dose seja capaz de aumentar as células de defesa em até 25 vezes.
Os pesquisadores da Universidade de Oxford também ratificaram o estudo clínico que mostra uma maior efetividade dos imunizantes após uma terceira dose.
“Esses dados são importantes, mas são apenas uma parte. Eles só examinam os anticorpos neutralizantes após a segunda dose, mas não nos falam sobre a imunidade celular, e isso também será testado”, advertiu o coautor do estudo, Matthew Snape.
Anticorpos atacando o Coronavírus. (Foto: Reprodução/The Scientist).
Os relatórios da pesquisa informam a capacidade da nova cepa viral em criar uma nova onda de infecções –– até mesmo para aqueles já completamente imunizados ––, entretanto, os especialistas enfatizam que há não qualquer evidência sobre a possibilidade da variante aumentar os índices de infecções graves da doença, internações ou ainda óbitos em cidadãos já vacinados.
“A vacinação induz muitas partes do nosso sistema imunológico, incluindo anticorpos neutralizantes e células T. Os dados de eficácia do mundo real nos mostraram que as vacinas continuam a proteger contra doenças graves com variantes anteriores. A melhor maneira de nos proteger nesta pandemia é com a vacinação”, complementa a autora do estudo proveniente de Oxford, Teresa Lambe.
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Para realizar as pesquisas, foram coletadas amostras de sangue de participantes do estudo Com-COV2 os quais receberam doses da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca.
Foto de destaque: Reprodução/Jeremy Bezanger.