OMS diz que nenhuma nova variante do coronavírus foi identificada na China

Caio Dutra Por Caio Dutra
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A China e a Organização Mundial da Saúde (OMS) tiveram uma reunião no dia 30 de dezembro sobre o aumento de casos de COVID-19 no país.

Para a busca de mais informações sobre a situação, especialistas da Comissão Nacional de Saúde da China e da Administração Nacional de Controle e Prevenção de Doenças estavam nesse encontro.

Nesta quarta (4), a OMS soltou um comunicado afirmando que nenhuma nova variante do coronavírus ou alguma mutação significativa foi observada nos dados de sequenciamento genético que foi disponibilizado pela China.

Existe uma variante que preocupa um pouco diante da possibilidade de impactos para a vacina em uso e para alguns testes de diagnósticos, aumento da transmissão do vírus e gravidade da doença.


Hospital chinês. (Foto: Reprodução/BBC News Brasil)


O Grupo Consultivo Técnico sobre a Evolução de Vírus (TAG-VE) se junta regularmente para rever as evidências científicas mais recentes sobre as variantes que circulam do SARS-CoV-2 e aconselha a OMS sobre a necessidade de uma mudança nas estratégias de saúde pública. O TAG-VE se reuniu nesta terça-feira (3) para discutir a situação da Doença na China.

Alguns cientistas do CDC da China apresentaram alguns dados genômicos do que eles descreveram como casos importados e aprendidos localmente de infecções pelo coronavírus. Para infeções tidas no local, os dados apresentados tiveram como base em mais de 2.000 genomas coletados e sequenciados a partir de primeiro de dezembro de 2022.

A análise do CDC da China mostrou uma linhagem de predominância da Ômicron BA. 5.2 e BF.7 entre as infecções adquiridas localmente. Juntas, as duas cepas representaram 97,5% de todas as infeções locais de acordo como sequenciamento genômico.

Algumas outras sublinháveis da Ômicron conhecidas também foram detectadas, mas com baixas porcentagens, segundo a OMS. Essas já são conhecidas e circulam em outros países e, no momento, nenhuma nova variante foi dita pelo CDC da China.

Até o dia 3 de janeiro, 773 sequências da China continental foram submetidas ao banco de dados internacionais Gisaid, com a maioria (564 sequências) coletada após primeiro de dezembro de 2022. Destas, apenas 95 são rotuladas como casos tidos localmente, 187 como casos importador e 261 não tem esta informação apurada.

Dos casos adquirimos localmente, 95% são da linha BA.5.2 ou BF.7. Segundo a OMS, os achados estão de acordo com os genomas de viajantes da China que foram enviados ao banco de dados Gisaid por outros países.

Foto Destaque: Paciente com covid-19 em uma maca na ala de emergência do Primeiro Hospital Afiliado da Universidade de Medicina de Chongqing. Reprodução/NOEL CELIS

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