Nesta semana os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, descobriram um novo produto seguro e eficaz para combater o agente Aedes aegypti, transmissor das principais doenças como: dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Segundo os cientistas, a fórmula ‘alquilpoliglicosídeos’ foi comprovada; além de eliminar os insetos, ele não causa danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Vale ressaltar que, neste ano no Brasil, devido ao aumento de casos de dengue, à doença se tornou um problema de saúde pública e, de acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e a terceira semana de agosto, foram contabilizados 1,3 milhão de casos, preocupando por ser quase o triplo de infecções do mesmo período do ano passado. Além do aumento acentuado de casos no país de chikungunya e de zica.
Entenda o produto ‘alquilpoliglicosídeos’
Imagem ilustrativa de pesquisadores. (Foto: Reprodução/Pexels)
De acordo com a pesquisa, o alquilpoliglicosídeos são: surfactantes naturais captado de fontes renováveis – usado para obter o controle de larvas e mosquitos. Sendo assim, os cientistas conseguiram uma patente no final de outubro, aliada ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para o uso.
Os surfactantes escolhidos são divulgados como uma nova forma de controle de larvas aquáticas, igualmente aquelas que são resistentes aos inseticidas convencionais: “Os alquilpoliglicosídeos interferem no ambiente em que as larvas vivem por meio de alterações na tensão superficial da água, o que dificulta o posicionamento correto das larvas para a realização de trocas gasosas com a atmosfera”, explica os pesquisadores da (UFV).
Além disso, a ação é direcionada ao meio e não no metabolismo, dessa forma, a probabilidade é diminuída de riscos, diferente dos inseticidas comercializados. “Além de os produtos propostos na tecnologia não serem tóxicos a humanos, animais domésticos ou silvestres e insetos de modo geral, nas concentrações recomendadas, eles têm baixo custo, são biodegradáveis e fáceis de usar”, explica a publicação.
Por fim, a descoberta dos pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia e Biodiversidade para o Meio Ambiente, que é coordenado pelo professor Marcos Rogério Tótola, é capaz de transformar a forma como o mundo vem combatendo as doenças do mosquito Aedes aegypti. Sendo, uma nova opção dos inseticidas convencionais, para empresas e governos que buscam reduzir a proliferação.
Foto destaque: Mosquito Aedes aegypti. Reprodução/Pexels