Na última terça (1), a Pfizer mudou a previsão de receita anual com a vacina da COVID-19 para US$ 34 bilhões. Antes, esse número estava em US$ 32 bilhões. O motivo foi o aumento da demanda por doses de reforço contra a variante Ômicron.
O lucro líquido da Pfizer no terceiro trimestre deste ano foi 6% maior que no mesmo período de 2021. Um total de US$ 8,6 bilhões. Apesar disso, o valor em vendas de vacinas diminuiu em 66%, chegando a US$ 4,4 bilhões. A receita da farmacêutica caiu em 6% em comparação com o mesmo trimestre em 2021. Esse ano atingiu US$ 22,6 bilhões. A previsão para o fim de dezembro é de, no mínimo, US$ 102 bilhões de receita.
Foto: Vacina. Reprodução/IStock
A diminuição das vendas da vacina e a futura perda de patentes preocupam o mercado. O planejamento da empresa para manter a geração de receita é quadruplicar o preço e passar a atender o mercado privado. “Nossas franquias voltadas à Covid-19 continuarão sendo geradoras de receita multibilionária no futuro próximo, o que deve servir como amortecedor para desafios imprevistos com outros produtos”, afirmou o diretor-executivo, Albert Bourla. O preço da vacina quase dobrou desde o seu lançamento. Atualmente é vendida a US$ 110.
Recentemente, a farmacêutica adquiriu outras duas empresas. A Global Blood Therapeutics, por 5,4 bilhões de dólares, e a Biohaven, por 11,6 bilhões de dólares. O objetivo é aumentar a oferta de produtos.
A Pfizer revelou, também nesta terça, que sua vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) alcançou resultados positivos em bebês. O imunizante que evita a contração de bronquiolite tem eficácia de 82% contra casos graves nos três primeiros meses e de 69% nos seis primeiros.
Foto destaque: Vacina da Pfizer. Reprodução/Robyn Beck/AFP