Foi confirmado nesta semana o primeiro caso de varíola dos macacos aqui no Brasil. O doente é um homem de 41 anos de idade que esteve de viagem recentemente na Espanha, um dos locais hoje que é considerado um epicentro do atual surto da doença que começou a ser espalhada pela Europa, desde meados de maio.
O estado de saúde do paciente é bom. Ele se encontra internado para exames no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Com a internação, será realizados várias observações clínicas e também para evitar a disseminação do vírus, que foi encontrado pela primeira vez aqui no país.
O problema é que além deste caso confirmado, existem outras oito situações parecidas e que já estão sendo analisadas. Contudo, ainda não é necessário o susto, pois há um alto fluxo de viajantes entre o Brasil e os países que estão com surto da doença, sendo assim, há pelo menos três semanas que os especialistas estão esperando a confirmação de mais casos.
Foto: Homem com sintoma da varíola dos macacos/Reprodução: PORTAL 6
Essa doença conhecida por varíola dos macacos é causada por um vírus que já circula no mundo há décadas, mas da forma que se encontra é inédita. Antes era mais restrito ao continente africano, que sempre esteve em alerta, mas agora os casos começaram há mais de um mês no Reino Unido e as confirmações da doença já se aproxima de mil infectados.
Segundo a virologista do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Clarissa Damaso, essa varíola não será tão agressiva quanto foi a pandemia de Covid-19, porque esse vírus não é tão transmissível quanto o SARS-CoV-2. “O padrão de infecção é diferente, então eu queria dizer para a população não ter pânico porque temos armas para controlar a situação”, disse a especialista em entrevista para a equipe do site da CNN no dia 1° de junho.
Os sintomas da varíola dos macacos em humanos começam com eventos inespecíficos como: febre, dor de cabeça, dor de garganta e aumento nos gânglios até duas semanas depois do contágio. Outro sintoma é o surgimento de lesões na pele, tipo bolhas e que após se romperem, pode haver a suspeita da infecção pela doença. Vale lembrar que essas lesões podem aparecer pelo corpo todo, até nas regiões genitais e por isso podem ser confundidas como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Portanto, logo que surgirem essas bolhas, o doente deve procurar um serviço de saúde para ter o diagnóstico.
A transmissão do Monkeypox Vírus, acontece quando há o contato com a saliva ou com as lesões de pele entre uma pessoa saudável e uma doente. Por isso, o contato é chamado de transmissão por contato próximo. Esse contato pode ser por um beijo na boca, relações sexuais ou até mesmo dormir na mesma cama, por isso é recomendado evitar ao máximo o contato com quem apresentou os sintomas acima até antes do surgimento das bolhas.
Foto de Destaque: Vírus da varíola dos macacos/Reprodução: Metrô World News