Desde o final de novembro, a cidade do Rio de Janeiro registra queda nos casos de covid-19 e mantém menos de 300 novos casos por dia na média móvel desde o Natal, tornando a cidade propícia as festividades de Ano Novo.
O Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, diz que que o cenário internacional é propício, mesmo com o aumento de casos registrados na China nas últimas semanas.
“A gente está vendo o que está acontecendo na China, eles não fizeram a dose de reforço, que é essencial para manter o nível de proteção. É um momento em que as pessoas se encontram mais, é um momento festivo e as pessoas vacinadas e protegidas tem muito menos chance de ser internadas por covid-19 ou ter qualquer tipo de situação mais grave”, relatou Soranz.
De acordo com o secretário, em janeiro deste ano, o pico chegou a 20 mil casos por dia na cidade, porém não deve se repetir agora devido a vacinação, que também foi determinante para a redução do número de mortos pela doença.
“Hoje a gente tem um cenário epidemiológico muito diferente de todos os outros períodos. No ano de 2022, tivemos três ondas, uma no início do ano com a variante Ômicron e depois outras duas ondas menores [em junho e em novembro]. Neste momento, a gente tem menos de 30 pessoas internadas com covid-19 na cidade e o cenário epidemiológico é muito favorável. Mas isso não significa que podemos relaxar, a vacina protege, a vacina evita casos graves”, disse Daniel.
Vacina de covid-19 (Foto: Reprodução/ Jota)
Soranz também lembrou que a proteção da vacina diminui com o tempo e, por isso, há conversas em curso para que seja realizada uma campanha de vacinação para a covid-19 assim como existe para gripe.
“A nova ministra, presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, fez parte, junto comigo, do governo de transição, e a nossa expectativa é conseguir, logo no início do ano, vacinar as pessoas com a vacina bivalente e, principalmente, ampliar a faixa de cobertura nas crianças menores de 5 anos que. infelizmente, hoje não temos vacina disponível para elas. A expectativa é vacinar as pessoas que tomaram a quarta dose há mais de 12 meses. Esperamos que a vacina da covid entre para o calendário junto com a vacina da gripe.”
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, o Rio de Janeiro não cumpriu com a meta de vacinação este ano para doenças como sarampo, caxumba, rubéola, tétano e outras. Por isso, Daniel alerta para a importância de que os pais levem as crianças para completar o calendário básico de vacinação, para que as doenças erradicadas não voltem, como foi o caso da poliomielite, no Brasil.
Foto destaque: Réveillon em copacabana. Reprodução/ Prefeitura do Rio