Risco de infecção da variante Ômicron é consideravelmente menor

Raphael Klopper Por Raphael Klopper
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Em uma recente atualização científica sobre o ainda atuante mal da Covid-19, cientistas suíços vieram a descobrir que o potencial risco de infecção de Covid em um paciente pós vacinado, saudável, ou até mesmo manter a ‘covid-longa’ – sintomas que se mantêm por pelo menos 3 meses após fase aguda — foi comprovada ser muito menor após uma infecção da variante Ômicron. Enquanto outras cepas do vírus ainda mostram um nível considerado de risco, as diversas mutações da própria cepa junto da vacinação contra a covid-19 favoreceram o quadro onde essa probabilidade de baixa infecção da Ômicron se tornou realidade.

“A covid longa é um sério problema de saúde pública e, às vezes, é debilitante [para o paciente]“, disse um comunicado de Carol Strahm, uma das autoras do estudo, relatando sobre os riscos da covid-longa. E continua: “No entanto, a maioria dos dados que temos são de indivíduos que contraíram a covid-19 relativamente cedo na pandemia, antes do surgimento da variante Ômicron no final de 2021″.

Os sintomas mais comuns entre infectados da covid-longa que foram registrados na pesquisa são:

– Perda de olfato e/ou paladar;

– Cansaço e fraqueza;

– Esgotamento;

– Queda de cabelo.


Virus Covid-19 com variante Ômicron (Foto: Reprodução / Canal Tech)


Para chegar a conclusão do baixo risco da Ômicron, pesquisadores do Cantonal Hospital St Gallen, na Suíça, analisaram dados de mais de 1.200 profissionais de saúde, na faixa etária média de 43 anos foram analisados por pesquisadores do Cantonal Hospital St Gallen da Suíça para conseguirem chegar a essa conclusão. Cerca de 81% dos voluntários sendo composto pelo sexo feminino, junto de infectados registrados pelas variante mais antigas ou pela Ômicron que foram medicamente acompanhados no período entre junho de 2020 a junho de 2022.

Analisando como as variantes impactam o risco de sequelas em pacientes já infectados pela covid-19, a pesquisa identificou que por volta de 157 indivíduos que estiveram infectados desde o início do estudo (em 2020), apresentaram um risco de 67% de desenvolver a covid longa em comparação dos profissionais de saúde, por outro lado, o risco para casos prolongados de fadiga resultou em 45%.

Enquanto que das 429 pessoas infectadas pela variante Ômicron pesquisadas e observadas entre 2021 ou 2022 demonstraram ter um risco razoavelmente mais baixo de desenvolver as sequelas.

“Os participantes do nosso estudo eram principalmente mulheres saudáveis, jovens e vacinadas. Os resultados podem ser diferentes em uma população mais doente, idosa e/ou não vacinada”, disse a publicação de Carol Strahm, salientando que ainda é preciso haver cautela mesmo com os resultados promissores.

O estudo oficial e completo sobre o risco da covid longa após a Ômicron até agora não foi de fato analisada ou disponibilizada em nenhum forúm médico ou revista científica onde se analisam as pesquisas. O estudo porém teve uma apresentação já confirmada de sua pesquisa, que virá a ser realizada esse ano durante o Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (Eccmid) que anualmente ocorre em Copenhague. A data oficial é entre os dias 15 e 18 de abril.

 

Foto Destaque: Variante Ômicron (Reprodução / Hospital Presidente)

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