Na última segunda-feira (04), foi lançado o canal “Bússola Ame Sua Mente”. Essa ferramenta, que opera através do WhatsApp, foi criada com o objetivo de auxiliar profissionais da área da educação a disseminar mensagens de prevenção ao suicídio, abordando temas como a identificação de sintomas e a forma de buscar ajuda. Essas discussões ocorrem no contexto do Setembro Amarelo, um mês em que o tema é amplamente debatido no Brasil.
A temática é alvo de preocupação recorrente por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo o Brasil um dos líderes no número de ocorrências. De acordo com dados da empresa de tecnologia Arzos, entre 2014 e 2019, 12,4 mil pessoas tiraram a própria vida em território nacional, incluindo muitos jovens. Portanto, essa nova ferramenta surge como um auxílio que ajuda os professores a pensarem em formas de debaterem a pauta de maneira ampla e clara em sala de aula.
Engajamento multisetorial e papel de auxílio
O psiquiatra e líder de conteúdo da plataforma, Carlos Gustavo Costardi, alertou em entrevista à revista Veja que a temática da saúde mental deve estar presente no dia a dia das pessoas e envolver a participação de múltiplos setores, como representantes do sistema judiciário, político e influenciadores midiáticos, que podem ajudar a disseminar ainda mais o assunto. “Estamos começando a falar sobre estresse, burnout, depressão e ansiedade. Por isso, é importante conscientizar para que isso se torne parte de nossa cultura“, disse.
Apesar disso, ele alerta que o dispositivo não visa que os educadores se tornem profissionais habilitados a conduzir eventuais casos que venham a surgir nas escolas. A ideia é que eles tenham o olhar aprimorado para a detecção de possíveis casos e os conduzam para os meios indicados. No canal, eles conversam com um robô, que os encaminha para uma “árvore do conhecimento”, que traz as devidas orientações.
Formas de acesso
A iniciativa pode ser acessada de forma gratuita por meio do número (11) 99113-0019.
Foto destaque: Ferramenta é criada para ajudar jovens a combaterem ideias suicidas. Reprodução/Creative Commons/FreePik