Desde o fim de maio, o Brasil está enfrentando uma nova onda de casos confirmados de Covid-19. De acordo com dados disponibilizados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média móvel de casos no país está marcando 31 mil novos diagnósticos por dia. No final do mês de abril, essa marca era de pouco mais de 12 mil.
Essa nova onda de Coronavírus, também pode estar por trás no aumento de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos hospitais e clínicas brasileiros, segundo o Boletim da InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz. A Covid-19 representa cerca de 59,6% das internações por alguma infecção nas vias aéreas registradas nas últimas semanas.
Essa nova piora pode ter algumas explicações como: a abolição do uso de máscaras em lugares fechados, semanas com dias marcando temperaturas muito baixas,, cobertura vacinal insuficiente e uma provável queda na imunidade das pessoas depois de muitos meses da aplicação da vacina.
Há algumas medidas que ainda precisam ser seguidas para assim haver a diminuição do risco de infecção e se desenvolver as formas graves da doença e também evitar a transmissão do vírus para outras pessoas, como: a vacinação em dia, pois mesmo sendo aplicadas todas as doses do imunizante, ela não impede do organismo se infectar com o vírus.
Contudo, com o sistema já vacinado, as chances de a doença se agravar são menores. Uma forma de conscientizar a população é mostrando que a situação do Brasil sem vacina era bem pior, com a marca de óbitos por dia era de 3 mil (abril de 2021) e com o aumento da campanha de vacinação, o número hoje (3 de junho) é de aproximadamente 109 mortes diárias.
Mulher usando máscara na rua (Reprodução: SESC-RS)
A vacinação deve seguir o seguinte protocolo feito pelo Ministério da Saúde:
Idosos com mais de 60 anos: aplicação de duas doses+ dose de reforço quatro meses depois da segunda aplicação+ aplicação da segunda dose de reforço, quatro meses após aplicação da primeira dose de reforço.
Adultos de 18 até 59 anos: aplicação de duas doses+ uma dose de reforço, quatro meses depois da segunda aplicação.
Adolescentes de 12 até 17 anos: aplicação das duas doses+ uma dose de reforço, quatro meses após a segunda aplicação.
Crianças de 5 até 11 anos: aplicação de duas doses.
Outra forma de prevenção é o uso de máscaras em ambientes fechados, lugares em que a pessoa terá um contato próximo ou prolongado com outros indivíduos, locais com pouca ventilação, como: lojas, shoppings e transportes públicos. As máscaras mais indicadas para esse uso são: a PFF2 e a N95. Lembre-se que a máscara deve cobrir todas as entradas e saídas de ar, nas bochechas, queixo e maçãs do rosto.
Também é bom saber quais sintomas da Covid-19 mais são sentidos. Eles são: Febre, Calafrios, Tosse, Fadiga, Dificuldade para respirar, Dores no corpo e na cabeça, Perda de olfato e paladar, Dor de garganta, Nariz entupido entre outros. Caso um deles esteja se manifestando, já evite ao máximo o contato com outras pessoas, para que o vírus não seja transmitido.
Fazer algum teste também conta como uma forma de prevenção, pois só assim a pessoa terá a certeza da infecção. Eles podem ser encontrados em farmácias, como testes rápidos de antígenos e podem ser feitos em casa. Tem os que são feitos em laboratórios, que podem ser tanto o teste de antígeno quanto o RT-PCR, que é mais confiável.
Caso o teste dê positivo, a primeira medida a se fazer é o isolamento, já que dessa forma o vírus não é espalhado para os outros ao seu redor. O indicado é estar de repouso de cinco até sete dias. Se neste período os sintomas piorarem é recomendada uma visita ao médico e se melhorarem vale fazer outro teste para ter a certeza que o vírus foi combatido. Esse autoisolamento além de ajudar na diminuição da transmissão entre as pessoas próximas, pode até melhorar a situação do país.
Foto Destaque: Médico analisando amostrar em laboratório. Reprodução: Governo de Santa Catarina/ Fabrício Escandiuzzi/ SES