A Clínica de Fisioterapia da Universidade da Amazônia, na Unidade Alcindo Cacela (UNAMA), desenvolveu o projeto “Pilates nas Escolas” com o objetivo de trabalhar a ansiedade e o estresse no corpo dos alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), uma das principais provas de acesso ao ensino superior público no Brasil. Este vestibular foi realizado nos dias 13 e 20 de novembro.
Sem fins lucrativos, o “Pilates nas Escolas” fez uso das redes sociais para o alcance de mais pessoas. De acordo com a equipe do projeto, a iniciativa surgiu de forma remota, durante a pandemia da Covid-19, e auxiliou os participantes a obterem mais controle de si e do próprio corpo.
Andrezza Coelho, coordenadora do curso de Fisioterapia da UNAMA e fundadora do programa, disse que os princípios de respiração, consciência corporal e fluidez são trabalhados na prática. “Isso faz com que a gente consiga com um treino respiratório manter essa concentração e essa consciência corporal. A gente começa a desacelerar desse mundo agitado em que vive de muita conexão, de muito trabalho. Imagine a carga de cobrança desses alunos que participam do Enem.”, contou ela.
“Agora a gente trabalha para aquele aluno que vai fazer uma prova de longo tempo, no qual eles ficam nessa tensão. Desacelera o coração, a respiração fica mais tranquila, vai receber o benefício e vai levar a técnica pra dentro da sala no momento em que esse aluno estiver fazendo a prova.”
Estudantes fazendo pilates (Reprodução/ Leia Já)
O pilates pode atuar na musculatura do corpo e no combate a ansiedade generalizada, além de auxiliar na reabilitação. Segunfo Andrezza, o treino constante desta atividade promove equilíbrio e tranquilidade e faz com que o corpo produza os conhecidos hormônios “do bem”.
A colaboradora do projeto Bianca Monte contou que o pilates trabalha o sistema cardiorrespiratório e o condicionamento físico – e como consequência, há a expansão pulmonar. “O pilates trabalha a concentração também, então a gente evita que forças externas atrapalhem a rotina, deixando o ambiente mais relaxado e tranquilo. Para fazer o pilates a gente não precisa de muito, a gente só precisa de princípios”, detalhou ela, que também é fisioterapeuta da UNAMA.
A estudante Aritza Bentes, de 17 anos, que tem problema na coluna e pratica yoga, elogia o pilates, que faz com que ela se sinta “menos estressada”. “O pilates, que ocupa a cabeça com exercícios que esticam o corpo e ajeitam a coluna] pode aliviar o coração acelerado da ansiedade, a dor de cabeça que surge, o suor que a gente tem. Eu tenho ansiedade e faço em função disso. E é extremamente importante pra sociedade reconhecer como exercício físico.”
A estudante Anna Elyse, de 17 anos, praticante do pilates por causa de um desvio na cervical, contou que sentiu melhora na postura e nos sintomas de ansiedade. “Me ajudou muito nas crises, deu uma amenizada na questão do cansaço mental. Então, quando eu fazia pilates eu tinha esse relaxamento por completo. Eu pretendo voltar no pós-Enem pra manter a estabilidade”, disse.
Foto destaque: Estudantes fazendo pilates (Repdoução/ Leia Já)