Para começar, é importante entender que a taxa de transmissão do coronavírus no Brasil é chamada de “R”. Ela representa quantas pessoas um indivíduo infectado pode contaminar. O ideal é que essa taxa seja menor que 1, representando a diminuição da proliferação. Se R é igual a 3, por exemplo, então uma pessoa vai contaminar outras três. E de acordo com dados do Imperial College de Londres – instituição acadêmica inglesa que avalia dados da pandemia -, os números indicam que o R do Brasil apresentou aumento em relação a Junho deste ano.
No dia 22 de Junho de 2021, o R estava em 1,13 e depois foi abaixando até chegar na menor taxa (0,80) que foi registrada na semana passada. Nesta terça-feira (21), o Imperial College divulgou que a taxa de transmissão do Brasil era igual a 1,03 e a margem de erro variava entre 0,91 e 1,22. Isso revela um significativo aumento no contágio.
(Especialistas recomendam o uso da máscara mesmo após a vacinação/ Foto-reprodução: site O Globo)
Mas fica a dúvida: como que na semana passa a taxa era de 0,80 e agora subiu para 1,03? Bem, isso ocorre, em parte, devido a subnotificação dos casos e o relaxamento em relação às restrições. O Brasil já vacinou boa parte da população com ao menos a primeira dose e já é possível colher os frutos disso. A vacina não impede que a pessoa contraia a doença, mas evita o desenvolvimento da forma grave.
Sendo assim quando contaminadas, as pessoas podem ser assintomáticas ou só apresentar sintomas leves, fazendo com que estas não realizem a testagem e, por consequência, seus casos não são registrados no momento certo. Com o avanço da vacinação, os brasileiros acabam se descuidando e promovendo aglomerações e o mau uso da máscara, contribuindo para o contágio.
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Também graças à vacinação, a taxa de morte por covid-19 diminuiu bastante. A média móvel em uma semana despencou de 2000 para 550, aproximadamente. A pandemia ainda está longe de acabar e por isso é importante que as medidas de prevenção contra a proliferação do coronavírus sejam mantidas e respeitadas.
(Foto destaque: Reprodução/G1)