Tina Turner, mais conhecida como “A rainha do rock” morreu nesta quarta-feira (24), aos 83 anos. De acordo com declarações fornecidas pelo seu assessor, ela faleceu “após uma longa doença”, sem detalhes específicos sobre a causa. A cantora possuía um longo histórico de problemas de saúde, entre eles: derrame, estresse pós-traumático, câncer de intestino, além de hipertensão e insuficiência renal, razões pelas quais a mesma precisou de um transplante de rim.
Derrame
A artista sofreu um derrame em 2013. Em “My Love Story” (“Minha história de amor”, em tradução geral do inglês), sua biografia lançada em 2018, Tina relata o que passou e afirma que foi a partir desse momento que começou a sentir sua saúde mais debilitada. O AVC acometeu todo o lado direito de seu corpo e a cantora precisou aprender novamente a andar aos 73 anos de idade.
Estresse pós-traumático
No documentário “Tina”, lançado em 2021, a cantora revelou sofrer de estresse pós-traumático devido à violência doméstica que passou enquanto foi casada com o cantor e ex-marido Ike Turner. O casamento, que durou 18 anos, foi marcado por agressões e brigas.
Mesmo após o divórcio do ex-marido, que veio a falecer em 2007 em decorrência de uma overdose, Tina ainda tinha pesadelos constantes com ele. “Dói ter que relembrar aqueles momentos, mas, à certa altura, o perdão toma conta, perdoar não significa segurar”, afirma a cantora no documentário.
Câncer de intestino
Tina foi diagnosticada com câncer de intestino no ano de 2016, ainda em sua fase inicial- um carcinoma e diversos pólipos malignos. A cantora precisou passar por uma cirurgia para retirada de parte do intestino.
Hipertensão
A artista sofria com problemas de pressão alta desde 1985, quando começou a fazer uso de medicamentos para controle. Porém, o tratamento não foi adequado para a mesma. Após o AVC, ela descobriu que seus rins funcionavam com apenas 35% da capacidade, fazendo com que o nefrologista responsável prescrevesse mais remédios para controle da hipertensão.
Todavia, Tina não respondeu bem aos medicamentos e passou a fazer uso da homeopatia, o que fez com que sua pressão arterial ficasse descompensada e sobrecarregou seus rins e, também, o seu coração.
Tina Turner, a rainha do rock. Foto: Reprodução/ getty Images.
Problemas renais e transplante
Devido a seus problemas renais, a cantora chegou a cogitar um suicídio assistido- procedimento legalizado na Suíça, país onde se tornou cidadã, relata a artista em seu livro “My Love Story”.
“Não era minha ideia de vida, mas as toxinas em meu corpo começaram a assumir o controle. Eu não conseguia comer. (…) Eu estava sobrevivendo, mas não vivendo. Comecei a pensar na morte. (…) Quando é hora, é realmente hora”.
Em 2017, apesar de feito algumas sessões de diálise para tentar manejar os problemas renais, seus órgãos estavam funcionando com apenas 20% de sua capacidade. Apesar dos esforços, a cantora precisou ser submetida a um transplante de rim, que foi doado por seu marido, Erwin Bach.
Embora a artista tivesse diversos problemas de saúde divulgados, a causa da morte não veio a público. Ela será sempre lembrada por suas músicas que marcaram diversas gerações, além de ter, para sempre, o legado de “Rainha do Rock n’ Roll”.
Foto destaque: Cantora Tina Turner. Foto: Franziska Krug/ Getty Images.