Tudo o que você precisa saber sobre o AVC silencioso

Nathália Siqueira Por Nathália Siqueira
3 min de leitura

Estudos apontam que uma em cada três pessoas aparentemente saudáveis, com mais de 55 anos, já sofreram infartos cerebrais de menos de 5 milímetros de diâmetro, alguns maiores, que não causaram sintomas óbvios que alertassem para sua presença. Eles são chamados de AVCs silenciosos.

Esses tipos de lesões cerebrais, só foram descobertas na década de 70, com o advento da tomografia computadorizada, e melhor compreendidas na década de 1980 com o uso da ressonância magnética. Esse tipo de AVC, pode afetar qualquer região do cérebro e é até 10 vezes mais frequente do que um convencional, que apresenta sintomas completos.

De acordo com os estudos, pessoas que sofreram e/ou sofrem com AVCs silenciosos, podem ter sua agilidade física e capacidade de atenção, concentração, fluência de linguagem e memória, prejudicadas. Além disso, esses sintomas, em boa parte das vezes, ocorrem de maneira gradativa, razão para que os afetados não consigam detectar as mudanças sofridas em seu estado físico ou cognitivo. Este atraso no reconhecimento da doença, multiplica as chances de se desenvolver derrames, ataques cardíacos, demências e outras doenças cardiovasculares, em até cinco vezes.

Como prevenir o AVC silencioso?

Assim como em casos de outras doenças, como infartos do miocárdio, por exemplo, é possível diminuir consideravelmente as chances de se desencolver um AVC silencioso, colocando em prática, um estilo de vida saudável. 

Na alimentação, uma boa alternativa é incluir frutas, verduras e legumes e reduzir ao máximo o açúcar e as farinhas. Desta forma, já teremos dado o maior passo para uma alimentação saudável.


Ingestão de frutas, vegetais e legumes, diminuem as chances de um AVC (Reprodução/iStock)


Esse estilo de alimentação, foi comprovado por um estudo no Japão, que mostra que a ingestão de frutas, principalmente as ricas em flavonóides, como as cítricas, morangos e uvas, está associada a uma redução de 30% no risco de AVC. Seis outros estudos, sobre a ingestão de vegetais de folhas verdes e 185 estudos sobre vegetais com fibras mostraram que uma maior ingestão foi associada à redução do risco de AVC.

Os exercícios diários, principalmente a combinação de aeróbicos (esteira, bicicleta) e anaeróbicos (resistência, pesos), também se provaram grandes auxiliadores na diminuição das chances de se sofrer uma lesão cerebral. Conforme o estudo “Isquemia de Oslo”, pessoas entre 40 e 59 anos, que melhoraram sua condição física, tiveram uma redução de quase 70% no risco de AVC.

Por fim, a qualidade de sono também é uma grande aliada no combate ao AVC silencioso. Porém o exagero nas horas dormindo, pode agravar as chances, como mostram cerca de 14 estudos. Então, o ideal é dormir 8 horas por noite, procurando relaxar a mente antes de pegar no sono.

 

 

Foto destaque: Número de adultos com diagnóstico de AVC silencioso, cresce. Reprodução/Freepik

Deixe um comentário

Deixe um comentário