Varíola do macaco é encontrado em sêmen, apontam pesquisadores

Bruno Gama Por Bruno Gama
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Na última segunda-feira (13), foram detectados fragmentos do vírus no sêmem de diversos pacientes na Itália, levando os especialistas a questionarem sobre a possibilidade de transmissão sexual da doença.

Até o momento, é entendido que o vírus se espalha pelo contato próximo com outra pessoa infectada. O contágio pode ocorrer por conta de lesões na pele ou por gotículas grandes que se espalham pelo sistema respiratório. Grande parte dos casos da varíola do macaco ocorreram entre parceiros sexuais que tiveram este tipo de contato.

Porém, casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como HIV/Aids, clamídia e sífilis são causados por agentes que passam de uma pessoa para outra, principalmente pelo sêmen, secreções vaginais e outros fluídos corporais.


Surto da doença preocupa autoridades de saúde (Foto: Divulgação/OMS)


O Instituto Spallanzani, hospital e centro de pesquisa localizado em Roma, descobriu evidências do vírus no sêmem de quatro pacientes na Itália, no dia 2 de junho. Desde então, seis de sete pacientes avaliados pelo instituto tiveram material genético da doença encotrada no sêmen. Foi sugerido também que o vírus encontrado em um dos pacientes era capaz de infectar e se replicar em outra pessoa.

Francesco Vaia, diretor-geral do instituto, em comunicado à Reuters, afirma que ainda não há provas de que as características biológicas do vírus tenham se modificado e evoluído seu modo de transmissão.

“No entanto… ter um vírus infeccioso no sêmen é um fator que faz a balança pender fortemente para o lado da hipótese e que a transmissão sexual pode ser uma das maneiras nas quais o vírus é transmitido’’, disse.

Casos no Brasil

Foram registrados, até o momento, três casos confirmados da doença em território brasileiro, dois diagnosticados em São Paulo e o último no Rio Grande do Sul. A confirmação foi feita pelo Ministério da Saúde. Após os exames e os cuidados necessários, o último paciente não apresenta mais risco de transmitir a doença para outras pessoas. Todos os três apresentam quadro clínico estável e seguem em observação pelas autoridades de saúde.

Foto Destaque: Reprodução/Estado de Minas

 

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