Na última quarta-feira (15), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, decidiu que a Monkeypox ou Mpox, também conhecida no Brasil como Varíola dos Macacos, deve manter o mesmo status de emergência de saúde pública internacional, o mesmo que foi concedido em 23 de julho do ano passado. Com isso, o combate da doença começa a ser agregado nos programas de vigilância.
A decisão da OMS foi seguida de um relatório favorável à manutenção da emergência pelo Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional, que se reuniu no último dia 9 de fevereiro para deliberar sobre o assunto. A organização declarou que o grupo reconheceu o progresso feito na resposta global à doença, porém preferiu considerar que o status deve ser mantido enquanto os esforços começam a ser integrados aos programas nacionais de vigilância e controle dos países acerca do assunto.
Sintomas da varíola do macaco (Foto: Reprodução/Uol)
“Portanto, o Comitê considerou várias opções para manter a atenção e os recursos para controlar o surto e aconselhou a manutenção da Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (PHEIC), enquanto começa a considerar planos para integrar a prevenção, preparação e resposta à mpox nos programas nacionais de vigilância e controle, inclusive para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis”, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em nota.
De acordo com especialistas, a varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma doença de zoonose viral, quando o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais. A doença possui sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, apesar de ser clinicamente menos grave. O período de incubação da monkeypox é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.
Foto destaque: Diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a reunião fazendo a declaração sobre a varíola dos macacos/Reprodução: O Globo