XBB.1.5 O que se sabe da nova variante da Ômicron até agora

Gleicimara Dulterio Por Gleicimara Dulterio
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Saiba um pouco mais da nova variante da Ômicron, a nova ramificação gera uma preocupação nos Estados Unidos, pois, vêm circulando e se espalhando com certa rapidez, casos no Reino Unido já foram constatados. 

A subvariante é uma mutação da Ômicron, é resultado da fusão de BA.2.10.1 e BA.2.75, ela é responsável pelo aumento de 41% dos casos de confirmados da doença no país norte-americano, na semana das festas natalinas este percentual era de 21%, já no Reino Unido a cada 25 ocorrências, uma é decorrência da doença.

Sua transmissibilidade

De acordo com estudo preliminar a nova cepa da ômicron se comparada com outras subvariantes pode ser ainda mais transmissível. Entretanto, ainda não se sabe se o indivíduo contaminado terá sintomas diferentes dos habituais comumente observados anteriormente. Em detalhamento sobre a transmissão a diretora técnica da OMS Maria Van Kerkhove “É a subvariante mais transmissível detectada até o momento devido às mutações encontradas em seu interior, que ajudam a aderir às células e dão vantagem de crescimento” garantiu em entrevista coletiva.

Além da preocupação sobre a dessiminação, a variante tem uma habilidade de driblar o imunológico, ou seja, esta tem capacidade de driblar a proteção de anticorpos adquiridas por vacinação.

No dia 13/12, foi publicado um estudo na revista Cell onde demostra resultado do teste com plasma de pessoas infectadas por outras subvariantes da Ômicron o índice de anticorpos neutralizantes contra a XBB.1.5 foi bastante minimizado. O que de fato também ocorreu quando foram colocados à prova os anticorpos monoclonais,  os mesmo usados para tratamento de doenças graves, contra a variante, como aqueles usados para tratar doentes graves, contra a variante, explicitando um efeito muito abaixo do esperado.


Vacinação contra Covid-19 (Reprodução/Ministério da Saúde/Foto: Myke Sena/MS)


 1º caso da variante XBB.1.5 no Brasil é identificado em SP

Nesta quinta-feira (5) a Rede Integrada de Saúde, constatou o primeiro caso da variante no país.  No interior de São Paulo, na cidade de Indaiatuba foi realizado uma análise laboratorial  de uma paciente de 54 anos, a amostra que teria sido coletada em novembro do ano passado.

As vacinas em uso no Brasil protegem contra a nova cepa? De acordo com Helena Lage, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia e professora da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP. a a proteção de anticorpos é uma, mas não a única forma de defesa do sistema imune . 

“A vacina bivalente vai oferecer uma melhor proteção contra essa e outras variantes, mas outras formas de proteção como anticorpos que não sejam de neutralização e a própria imunidade celular também são importantes para proteger os pacientes de desenvolver a doença grave e morte” afirma.

Ainda cabe a Anvisa aprovar vacinas bivalentes e ofertar o quanto antes a população. “Como elas têm um componente das novas variantes elas protegem contra essas e outras que podem surgir.” garantiu. Julio Croda da Fundação Oswaldo Cruz, corrobora com  o entendimento de Helena Lage  “As bivalentes são superiores em relação às fórmulas tradicionais no que diz respeito à proteção de doença sintomática e também na duração dessa proteção. Então por mais que agora esteja em um momento de queda nos casos e de estabilidade na média móvel, não sabemos se é fluxo ainda do final do ano, mas, se essa variante vier a substituir a BQ.1, como ocorreu em outros lugares, precisamos das vacinas atualizadas.” afirma.

Formas de prevenção/ Barreira física:

  • Distanciamento físico;
  • Higienização frequente das mãos;
  • Boa ventilação em ambientes;
  • Vacinação e suas doses de reforço.

 

Foto destaque: Vírus covid-19 e sub variantes. Reprodução: Site: sindsaudesp.org.br

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