Esse tipo de tecnologia pode diagnosticar uma doença chamada glioblastoma, que até o momento é incurável, teve seu projeto apresentado pela Universidade de Notre Dame nos Estados Unidos e publicado pela revista científica Communications Biology.
Com um biochip que utiliza energia eletrocinética, pode detectar biomarcadores ou receptores ativos para o crescimento em certos tipos de câncer, nanopartículas secretadas por quase todas as células do organismo.
Depoimento da professora da Bayer
“Vesículas extracelulares ou exossomos são nanopartículas únicas secretadas por células. Elas são grandes — 10 a 50 vezes maiores que uma molécula — e têm uma carga fraca. Nossa tecnologia foi projetada especificamente para essas nanopartículas, usando suas características a nosso favor”, diz Hsueh-Chia Chang, professora da Bayer e de Engenharia Química e Biomolecular na Notre Dame e autora principal do estudo, em comunicado à imprensa.
Como é o funcionamento desse biochip
Do tamanho de uma esfera de caneta esferográfica, usando energia eletrocinética barata e pequena, o biochip é capaz de apresentar EGFRs ativos dos não ativos aumentando a seletividade nos diagnósticos.
“Nosso sensor eletrocinético nos permite fazer coisas que outros diagnósticos não conseguem”, podemos carregar sangue diretamente sem nenhum pré-tratamento para isolar as vesículas extracelulares porque nosso sensor não é afetado por outras partículas ou moléculas. Ele mostra baixo ruído e torna o nosso mais sensível para detecção de doenças do que outras tecnologias” afirma Satyajyoti Senapati, um professor associado de pesquisa de engenharia química e biomolecular em Notre Dame e coautor do estudo.
Cada biochip custa menos de 2 dólares (equivalente a 10 reais na cotação atual). De acordo com Chang, a equipe está explorando a tecnologia para diagnosticar câncer pancreático e potencialmente outros distúrbios, como doenças cardiovasculares, demência e epilepsia.