Em até 1 hora nova tecnologia pode detectar câncer cerebral, entenda mais:

Nos Estados Unidos, na Universidade de Notre Dame, pesquisadores desenvolvem tecnologia que torna mais fácil detectar uma doença no cérebro

Diego Barcellos Por Diego Barcellos
2 min de leitura
Cérebro Humano (foto:reprodução/olhardigital/Luiz Nogueira)

Esse tipo de tecnologia pode diagnosticar uma doença chamada glioblastoma, que até o momento é incurável, teve seu projeto apresentado pela Universidade de Notre Dame nos Estados Unidos e publicado pela revista científica Communications Biology.

Com um biochip que utiliza energia eletrocinética, pode detectar biomarcadores ou receptores ativos para o crescimento em certos tipos de câncer, nanopartículas secretadas por quase todas as células do organismo.


Pesquisadores descobrem nova tecnologia no auxílio contra o câncer (Foto: reprodução/Instagram/@metropole)

Depoimento da professora da Bayer

“Vesículas extracelulares ou exossomos são nanopartículas únicas secretadas por células. Elas são grandes — 10 a 50 vezes maiores que uma molécula — e têm uma carga fraca. Nossa tecnologia foi projetada especificamente para essas nanopartículas, usando suas características a nosso favor”, diz Hsueh-Chia Chang, professora da Bayer e de Engenharia Química e Biomolecular na Notre Dame e autora principal do estudo, em comunicado à imprensa.

Como é o funcionamento desse biochip

Do tamanho de uma esfera de caneta esferográfica, usando energia eletrocinética barata e pequena, o biochip é capaz de apresentar EGFRs ativos dos não ativos aumentando a seletividade nos diagnósticos.

“Nosso sensor eletrocinético nos permite fazer coisas que outros diagnósticos não conseguem”, podemos carregar sangue diretamente sem nenhum pré-tratamento para isolar as vesículas extracelulares porque nosso sensor não é afetado por outras partículas ou moléculas. Ele mostra baixo ruído e torna o nosso mais sensível para detecção de doenças do que outras tecnologias” afirma Satyajyoti Senapati, um professor associado de pesquisa de engenharia química e biomolecular em Notre Dame e coautor do estudo.

Cada biochip custa menos de 2 dólares (equivalente a 10 reais na cotação atual). De acordo com Chang, a equipe está explorando a tecnologia para diagnosticar câncer pancreático e potencialmente outros distúrbios, como doenças cardiovasculares, demência e epilepsia.

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