Jade Williams, mulher de 31 anos de Basingstoke na Inglaterra, sofria de menstruações intensas e procurou um hospital que não conseguiu explicar a ela o que estava acontecendo, até que ela troca de hospital e por meio de um dos exames descobre um segundo útero.
Primeiros sintomas
“Depois que tive minha primeira filha, passei a ter sangramentos intensos e quase não conseguia sair de casa. Precisava sobrepor calcinhas, absorventes, leggings e calças e, ainda sim, eu precisava voltar para a casa e me trocar“, relata Jade a SWNS, uma agência de notícias.
Mãe que usou 30 absorventes por dia descobre que tem dois úteros
(Vídeo: reprodução/YouTube/SWNS)
No início, a gerente de uma das unidades do McDonald’s acreditava que se tratava do retorno de seu câncer que havia sido diagnosticado durante o parto da sua filha e, chegou a pensar, inclusive, que poderia ser uma endometriose. Ela ainda admite que chegava a usar mais de 30 absorventes por dia, mas durante uma biópsia realizada em 2023, foi observado a presença de dois úteros em seu ventre.
Williams relata que os médicos disseram a ele que as chances de isso acontecerem eram extremamente baixas e que, essa condição medica pode levar a partos prematuros. “Todos os meus bebês nasceram prematuros, então faz sentido”, disse Jade.
Ao descobrir o quanto o sangramento excessivo impactou sua vida, Williams acredita que deveriam existir mais informações a respeito da condição.
O que é o útero didelfo?
A palavra didelfo vem do grego didelphys e significa duas vias, escolha de nome apropriado já que o útero didelfo é uma malformação que acontece durante a formação do embrião no útero durante as primeiras nove a dez semanas de gestação.
O termo serve para descrever condições no qual há dois úteros, dois tubos, duas cérvices e em alguns casos, duas vaginas. No geral, pessoas com útero didelfos podem não possuir sintomas durante anos, o que pode tornar o diagnóstico mais difícil.
Uma das principais consequências dessa condição é a infertilidade, mas ela pode ser acompanhada de cólicas mais intensas do que o comum durante o período menstrual ou de dor durante a penetração devido à duplicação do colo uterino e parte do canal vaginal.
Além disso, o útero didelfo pode acarretar o aparecimento de quadros emocionais como depressão e ansiedade, resultantes principalmente das consequências psicossociais das dores da cólica e durante a penetração.