Uma bactéria do grupo das gram-negativas tem gerado um surto alarmante de infecções nos Estados Unidos. De acordo com informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), nesta terça-feira, dia 22, uma pessoa faleceu e outras dez apresentaram sintomas de enfermidade após consumirem o famoso hambúrguer Quarteirão, do McDonald’s, em dez estados americanos.
A bactéria E. coli faz parte da flora intestinal saudável em humanos. Entretanto, algumas cepas dessa bactéria podem provocar infecções graves em diversas partes do corpo, incluindo o intestino e o trato urinário, entre outras áreas.
Vale ressaltar que a E. coli foi responsável por um surto significativo que ocorreu no início da década de 90 nos Estados Unidos, quando quatro crianças faleceram após ingerirem hambúrgueres malpassados em restaurantes da cadeia Jack in the Box. A infecção no trato intestinal ocorre principalmente devido à ingestão de alimentos contaminados, alertando para a necessidade de cuidados na manipulação e preparo de alimentos.
Sintomas
As infecções no trato intestinal causadas pela bactéria E. coli podem levar a sintomas como vômitos, náuseas, cólicas abdominais e diarreia, que pode ser acompanhada de sangue. Em casos mais severos, a situação pode evoluir para um desfecho fatal.
Na maioria das situações, os sintomas tendem a desaparecer em um prazo de até oito dias. No entanto, em algumas circunstâncias, a infecção pode se agravar, levando a complicações mais sérias, como a síndrome hemolítica-urêmica. Essa doença é caracterizada por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e lesão renal aguda, ressaltando a importância de monitorar a evolução dos sintomas e buscar atendimento médico quando necessário.
Diagnóstico e o tratamento
O diagnóstico da infecção provocada pela bactéria E. coli é realizado por meio de uma avaliação clínica abrangente, além de exames laboratoriais específicos. Caso o resultado do diagnóstico seja positivo, o paciente será submetido a um tratamento com antibióticos e deverá manter repouso até que os sintomas se dissipem. Em situações mais graves, a pessoa pode necessitar de hidratação intravenosa e administração de medicação, garantindo assim um suporte adequado para a recuperação e monitoramento da evolução da infecção. A atenção médica é essencial para evitar complicações e promover a saúde do paciente durante esse período.
Prevenção
A prevenção da infecção provocada pela bactéria E. coli deve ser realizada com cuidados específicos, como evitar o consumo de alimentos de procedência duvidosa, além de evitar aqueles que estão crus ou malcozidos.
É essencial não ingerir leite não pasteurizado e garantir que as mãos sejam lavadas frequentemente com água corrente e sabão, especialmente antes de preparar ou consumir alimentos. Ademais, recomenda-se evitar a ingestão de água de fontes não tratadas, como piscinas, riachos, rios e lagos. Essas medidas são fundamentais para reduzir o risco de contaminação e garantir a segurança alimentar, contribuindo para a saúde e bem-estar da população.
Matéria por Érica Monique Antunes (Lorena – R7)