Tratamento preventivo contra a leptospirose começa no RS

Luiza Novaes Por Luiza Novaes
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Foto destaque: ruas alagadas no Rio Grande do Sul (Reprodução/Jefferson Bernardes/Getty Images embed)

As consequências das enchentes que devastam o Rio Grande do Sul estão em todos os âmbitos da sociedade e são a longo prazo. Além da perda de moradias e de bens materiais, surge também a preocupação sobre a saúde física e emociona das pessoas. No momento, a principal linha de frente é a prevenção com a leptospirose.

Sobre a doença

A leptospirose é uma doença infecciosa, febril, aguda, transmitida pela bactéria Leptospira, presente na urina de animais infectados através da água, solo e alimentos, principalmente dos ratos. A contaminação se dá pela mucosa e por pequenos ferimentos. Todas essas condições, infelizmente, presentes nas regiões afetadas do estado gaúcho.

Os sintomas da doença são febres altas, dor de cabeça, sangramentos, calafrios, vômitos e olhos vermelhos. Após o começo dos sintomas, é indicado um exame laboratorial de sangue, porém a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) recomenda o começo da quimioprofilaxia após alguns dos sintomas, como a dor na região lombar e na panturrilha, e após contato com essas áreas de risco trinta dias antes do começo dos sintomas, pois assim o sistema de saúde consegue atender um número maior de infectados na fase inicial. Os principais medicamentos para a doença são antibióticos, como doxiciclina e azitromicina, porém a profilaxia não garante que não haja contaminação, uma vez que ela precisa ser administrada por um período de pelo menos sete dias e sem novos contatos com áreas contaminadas, mas diminui as chances. Segundo a repórter Gabriela Plentz, da Gazeta Zero Hora, os medicamento citados já se encontram em falta na maioria das redes de farmácias gaúchas.



Orientações dos órgãos de saúde

Essa orientação se estende aos municípios não afetados, uma vez que muitos se hospedaram em casas de parentes e amigos e podem estar contaminados. O órgão governamental também pede ampla divulgação dos sintomas e quem teve contato com as águas e lama das enchentes procure uma unidade de saúde. Essas são orientadas a seguir com o procedimento não só para leptospirose, mas também diagnósticos diferenciais para doenças respiratórias, infecções de trato urinário, diarreias agudas, hepatites A e sepse.

O tratamento de profilaxia e também das doenças decorrentes das águas contaminadas, do cuidado com os feridos serão a longo prazo. Além das questões emocionais dessa grande tragédia não só natural, mas principalmente humanitária.

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