Harry é inocentado em acusação de assédio em fundação na África

O príncipe Harry foi oficialmente inocentado, na terça-feira (5), das acusações de assédio e intimidação feitas por uma ex-presidente da Sentebale, instituição beneficente que ele criou em 2006, em Lesoto, para apoiar jovens afetados pelo HIV. A investigação foi conduzida pela Comissão Britânica de Caridade, que descartou qualquer evidência de comportamento inadequado do duque de Sussex.

A denúncia surgiu após uma crise interna na entidade, quando divergências entre membros da diretoria e a presidente Sophie Chandauka levaram a renúncias e acusações públicas. A situação ganhou repercussão depois que Chandauka afirmou que Harry teria pressionado sua saída com táticas de intimidação. As alegações, no entanto, não resistiram à análise do órgão regulador.

Disputa interna virou crise pública

O relatório da Comissão apontou que, apesar de não encontrarem indícios de assédio por parte de Harry, a forma como o conflito foi gerido dentro da Sentebale acabou expondo a instituição a danos reputacionais severos. A disputa, que poderia ter sido resolvida de maneira discreta, escalou para os noticiários internacionais, prejudicando a imagem da entidade.


Príncipe Harry na ONG Sentable (Foto: Reprodução/Pool/Getty Images Embed)


Os inspetores lamentaram que “questões administrativas internas tenham sido transformadas em uma disputa pública desnecessária”. O documento ainda recomendou que organizações similares adotem protocolos de mediação mais firmes para evitar situações semelhantes.

Harry lamenta episódio e reforça legado da mãe

Em comunicado, o príncipe Harry expressou alívio com a conclusão do caso e destacou que seu trabalho em causas sociais continuará, mesmo após sua saída formal da Sentebale. Ele ressaltou que a fundação, criada em homenagem à princesa Diana, sempre foi um símbolo de esperança para comunidades vulneráveis na África.

Apesar das tensões recentes, o príncipe reforçou sua dedicação a projetos que dão continuidade ao legado humanitário de sua mãe. Nos bastidores, aliados de Harry afirmam que ele encara o episódio como um aprendizado sobre a importância da gestão transparente em organizações filantrópicas, sobretudo em tempos de alta exposição pública.

Tragédia em Mokwa: enchentes deixam ao menos 115 mortos no centro da Nigéria

Uma tragédia de grandes proporções atingiu o centro da Nigéria após chuvas intensas provocarem enchentes repentinas que já deixaram pelo menos 115 mortos, de acordo com informações atualizadas por autoridades de resgate nesta sexta-feira. O número de vítimas, que anteriormente era de 88, aumentou à medida que mais corpos foram sendo encontrados ao longo do Rio Níger, arrastados pela força da água.

Ibrahim Audu Husseini, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) no estado do Níger, relatou que as equipes continuam realizando buscas. “Até agora, recuperamos 115 corpos, mas acreditamos que esse número ainda pode aumentar. A enchente veio de longe, arrastando tudo em seu caminho — pessoas, casas, animais. Corpos continuam sendo encontrados mais rio abaixo.”

Detalhes sobre a tragédia

A tragédia teve início na noite de quarta-feira, quando uma tempestade violenta atingiu a cidade de Mokwa, arrastando casas inteiras em poucos minutos. Moradores foram pegos de surpresa. Umar Jamil, comerciante da região, relatou com tristeza a rapidez com que tudo aconteceu. “Tentamos avisar os vizinhos, batendo de porta em porta, mas antes que eles pudessem sair, a água já havia tomado tudo. Vimos muitos corpos boiando, mas era impossível ajudar. Foi um pesadelo”, contou ele por telefone.


Cidade de Mokwa submersa (foto: reprodução/x/@g1)

A estação chuvosa na Nigéria, que vai de abril a outubro, costuma causar transtornos, mas os efeitos das mudanças climáticas têm tornado os eventos climáticos mais intensos e imprevisíveis. Em 2022, uma enchente histórica deixou mais de 600 mortos e mais de um milhão de desabrigados no país.

Segundo as autoridades

Apesar de as autoridades de Mokwa esperarem enchentes este ano, elas acreditavam que seriam restritas às regiões próximas aos rios. Mokwa, por não estar localizada às margens do rio, não estava no radar de risco elevado. No entanto, a realidade mostrou-se muito mais grave do que o previsto.

Moradores agora cobram respostas e medidas efetivas. “Há muito tempo havia sinais de que isso poderia acontecer aqui”, lamentou Jamil. “A dor que essa enchente causou ao nosso povo é imensurável. Estamos de luto, mas também exigimos que algo mude para que tragédias como essa não se repitam.”

Itália deve convidar o Brasil, Argentina e países africanos para a cúpula do G7

A Itália está planejando convidar para a próxima cúpula do G7 vários líderes de países da América do Sul e da África, estando confirmados Brasil, Argentina, Argélia, Egito, Tunísia, e Quênia, de acordo com uma fonte próxima ao evento. A reunião deverá ocorrer no período de 13 a 15 de junho, na Puglia.

Sei que se está trabalhando em nível de cerimonial, e ficaríamos muito felizes em acolher o presidente Lula na Itália,” afirmou Maria Tripodi, do Ministério das Relações Exteriores italiano, no Consulado-Geral em São Paulo.

Além da Itália, o Grupo dos Sete (G7) é integrado pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão, e Reino Unido. Dos países já confirmados, a Índia e a África do Sul também devem comparecer como outros membros do G20 (além do Brasil), e ainda há possibilidade de serem convidados líderes de outros países.


Líderes do G7 em 2022 (Foto:Reprodução/DPA)

Expansão do G7

Para fazer do grupo mais inclusivo do resto do mundo, além das sete potências, outros países tem sido convidados às cúpulas recentes, para estabelecer compromissos sobre pautas internacionais. Dessa vez, já foi confirmado o convite de Javier Milei, o presidente da Argentina, nesta quinta-feira (11).

A chanceler Diana Mondino recebeu o embaixador italiano na Argentina, Fabrizio Lucentini, que entregou um convite formal da presidente do Conselho de Ministros, Giorgia Meloni, dirigido ao presidente na nação, Javier Milei, para participar da cúpula do G7 que será celebrada no dia 15 de junho na Puglia,” afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Buenos Aires em publicação no X (antigo Twitter).

Já para o Brasil, será o segundo ano seguido como convidado à cupula do G7, tendo também participado em 2023, e deve manter relevância enquanto o atual presidente do G20.

Pautas Globais

Dessa vez, deverão ser integradas na reunião as pautas do momento, como os conflitos entre Rússia e Ucrânia, e Israel e Hamas. Desenvolvimentos tecnológicos e legislativos também devem trazer de novo a questão da inteligência artificial (IA), que tem sido especialmente discutida na União Europeia.

Além dessas, são esperadas também pautas recorrentes, como discussão sobre mudanças climáticas e o aquecimento global, ou o desenvolvimento econômico dos países africanos, os quais a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni aponta como um item central de discussão, especialmente com perspectivas de aumentar os laços econômicos e reduzir a imigração.