Um comitê da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira (2) mais de 30 mil páginas enviadas pelo Departamento de Justiça sobre o caso de Jeffrey Epstein, condenado por exploração sexual e facilitação à exploração de menores, e de sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell. A divulgação dos arquivos secretos foi promessa de campanha de Donald Trump e voltou à tona em junho deste ano, após Elon Musk mencionar que o nome do presidente constava nas investigações.
Imagens e entrevistas do caso Epstein
Morto em 2019, Jeffrey Epstein foi um bilionário financista que administrava grandes fortunas em Wall Street, conhecido por ser próximo de poderosos como o presidente americano, Donald Trump, o príncipe britânico, Andrew, e o empresário Bill Gates. Em 2008, Epstein foi condenado por exploração sexual e facilitação à exploração de menores. Após um acordo polêmico, cumpriu 13 meses de prisão e recebeu imunidade contra acusações federais.
Em 2019, Jeffrey foi novamente acusado e preso por tráfico sexual. Um mês depois da prisão, aos 66 anos, ele foi encontrado morto com sinais de suicídio. O agressor aguardava novo julgamento.
Protesto na Times Square, NY, com outdoor com a frase: “Trump, por que você não divulga os arquivos do Epstein?” em julho deste ano
(Foto: reprodução/Adam Gray/Getty Images Embed)
Os arquivos divulgados pelo Congresso Americano incluem centenas de imagens, vídeos com entrevistas das vítimas com o rosto à mostra e 33 mil páginas de processos antigos relacionados a Epstein e sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell. A oposição, como o deputado democrata Robert Garcia, da Califórnia, criticam o ato por ter liberado grande parte dos documentos que já eram públicos.
Ligação com Trump
Entre os anos de 1990 e 2000, o agressor sexual manteve relações de amizade com o presidente dos EUA, Donald Trump. O presidente nunca foi investigado pelo caso e, segundo ele, se afastou de Jeffrey após o conhecimento das denúncias. Na sua campanha presidencial de 2024, Trump prometeu que, sendo eleito, tornaria público os arquivos dos documentos secretos da investigação do caso e questionou a ausência de uma lista de clientes de Epstein.
Registro de Donald Trump em festa com Jeffrey Epstein em 1992
(Vídeo: reprodução/YouTube/CNBC television)
Em junho deste ano, durante briga com Trump, o bilionário Elon Musk publicou no X que o nome do presidente aparecia nos arquivos da investigação, o que fez com que o caso voltasse à mídia. Musk apagou a postagem e pediu desculpas. Um mês depois, o Departamento de Justiça americano afirmou que Epstein cometeu suicídio e que não havia uma “lista de clientes”.
