Halloween nas passarelas: coleções se inspiram no cinema de horror

Na contagem regressiva para o Halloween, o terror voltou a dominar não só a tela, mas também as passarelas. Filmes do gênero sempre foram fonte fértil para estilistas: o medo, o mistério e o sobrenatural oferecem imagens fortes, noivas ensanguentadas, bandagens, silhuetas espectrais, que viram tecido, corte e ornamento. A seguir, relembre 10 coleções que beberam diretamente das telas do cinema de horror e transformaram pesadelos em moda.

O cinema de horror fornece arquétipos visuais que os designers reconfiguram para a moda. A partir da cena, do figurino icônico ou da atmosfera onírica, surgem peças que oscilam entre o grotesco e o sublime. Miuccia Prada explora deslocamentos sutis do familiar; Alexander McQueen fez do macabro uma assinatura; curadores como Maya Rijubini e espaços como a Artemis Gallery aproximam moda, arte e horror em projetos conceituais.

10 coleções inspiradas pelo cinema de horror

McQueen transformou imagens de morte e renascimento em alta-costura: silhuetas dramáticas, manipulação do corpo e adereços que remetem a filmes góticos. O resultado é uma estética onde horror e elegância coexistem. A teatralidade vinha tanto do vestuário quanto da encenação. McQueen reunia cenografia, iluminação, trilha sonora e performance para compor narrativas visuais intensas; modelos deixavam de ser apenas manequins para encarnar personagens, noivas traumáticas, sacerdotisas modernas, figuras híbridas entre homem e animal.


Coleção de outubro de Alexander McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@alenxandermcqueen)

A proposta de Miuccia é emocionalmente complexa. Suas peças não apenas cobrem o corpo; elas o interrogam. Ao deslocar o familiar, Prada nos convida a repensar o conforto estético, revelando que a moda pode ser um dispositivo para sentir a inquietação


Coleção da Miu Miu Fall 2023 por Miuccia Prada (Vídeo: reprodução/Instagram/@miumiu)

A coleção Spring 2023 de Versace revisitou o gótico Y2K com uma paleta escura pontuada por roxos e fúcsias, correntes, couro e muito brilho. Entre as imagens mais memoráveis esteve a “goth bride”: peças que misturavam tiaras e véus com couro, studs e metal mesh, criando uma noiva subversiva. Ao mesmo tempo, glamourosa e ameaçadora, que sintetiza a mistura de diva pop e atitude rock presente na visão de Donatella.


Coleção Versace Spring 2023 (Foto: reprodução/Instagram/@nickverreos)

Rodarte tem um jeito único de transformar conto de fadas em pesadelo delicado. As rendas finas, camadas de tule e bordados minuciosos parecem saídos de um armário feminino antigo, mas algo sempre está fora do lugar: manchas quase imperceptíveis, franjas que lembram tecido rasgado e aplicações que sugerem pequenas cicatrizes.


Coleção Rodarte 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@rodarte)

O resultado é profundamente cinematográfico, cada vestido parece uma cena suspensa, como se tivesse acabado de interromper uma história triste. Há uma doçura artesanal ali, porém sempre atravessada por melancolia; a beleza não afasta o desconforto, pelo contrário, o faz reverberar. É essa ambivalência, ser ao mesmo tempo, frágil e inquietante, que torna o trabalho do Rodarte tão comovente e humano.


Coleção Rodarte 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@rodarte)

Riccardo Tisci para Givenchy consolidou um romantismo gótico onde a devoção e a transgressão se encontram. As coleções trazem rendas intrincadas, saias volumosas e texturas ricamente bordadas, mas sempre temperadas por uma sensibilidade sombria, crucifixos reinterpretados como joalheria conceitual, véus estilizados que cobrem e revelam ao mesmo tempo, e cortes que evocam hábito religioso ou traje funerário.

Tisci joga com iconografia sagrada e profana, criando figurinos que poderiam muito bem existir nas telas de um épico de terror gótico: personagens que habitam igrejas decadentes, capelas vazias e corredores iluminados por velas. O resultado é uma elegância ameaçadora, onde a estética romântica se contamina pelo mistério e pela tensão dramática.


Givenchy por Riccardo Tisci 2005-2017 (Foto: reprodução/Instagram/@fftymag)

A Maison Margiela faz da desconstrução uma linguagem quase visceral: bandagens, sobreposições e tecidos remendados que lembram curativos e pele costurada. Em vez de só mostrar técnica, as roupas parecem ter vida própria, peças desmontadas e remontadas deixam costuras, forros e camadas expostas como se revelassem a história de um corpo.


Maison Margiela Artisanal 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@maisonmargiela)

A paleta contida e os volumes inesperados criam uma sensação de fragilidade íntima, como quem carrega cicatrizes traduzidas em tecido. Há beleza nessa imperfeição: a roupa vira uma pele alternativa que guarda memórias, feridas e resistências, e a passarela se transforma num lugar onde laboratórios, asilos e filmes sombrios encontram uma expressão humana e comovente.


Coleção O corpo como campo de batalha (Foto: reprodução/Instagram/@gastt_fashion)

Robert Wun vem trabalhando o terror como forma de storytelling visual, seja em peças couture inspiradas em noivas pós-apocalípticas, seja em coleções que empregam máscaras, maquiagem dramática e silhuetas deliberadamente corrompidas. Sua moda não busca apenas chocar, ela constrói personagens. Máscaras que ocultam expressões, tecidos manchados e cortes assimétricos compõem figuras que parecem saídas de filmes de monstros psicológicos, onde a ameaça é tanto externa quanto íntima.


Alta-costura de Robert Wun (Foto: reprodução/Instagram/@robertwun)

A teatralidade das passarelas de Wun (iluminação, styling e apresentação) reforça esse clima: cada look é um quadro que narra trauma, transformação ou sobrevivência. Assim, o horror vira linguagem narrativa, e o desfile funciona como curta-metragem de moda onde imagem, som e roupa contam uma mesma história inquietante.


Alta-costura de Robert Wun (Vídeo: reprodução/Instagram/@robertwun)


A coleção de Karl Lagerfeld para Chanel Spring 2017 transformou o Grand Palais num gigantesco “data centre”: cabos, monitores e estética high-tech serviram de cenário para looks que mesclavam o clássico tweed da maison com um humor robótico. Modelos com maquiagem metálica, elementos LED e silhuetas que lembravam androides levaram a noção de futurismo íntimo às passarelas, traduzindo a era digital numa versão luxuosa e performática da feminilidade Chanel.


Chanel Spring 2017 (Foto: reprodução/Instagram/@chanelfrenchboy)

Projetos curatoriais e colaborações entre galerias e estilistas elevam figurinos inspirados no cinema de horror a instalações, aproximando moda, performance e arte contemporânea. As colaborações também abrem espaço para experimentos técnicos e conceituais. Estilistas são convidados a pensar peça a peça como escultura, artistas visuais exploram costura, bordado e materialidade, performers habitam as roupas e prolongam sua história.


Anitta usando a marca brasileira Artemis (Foto: reprodução/Instagram/@styleofanitta)

A coleção Haute Couture outono 2007 da Dior, assinada por John Galliano, foi uma ode teatral ao universo rococó e à figura de Marie Antoinette. Apresentada com grande pompa nas celebrações do aniversário da maison, a passarela trouxe vestidos exuberantes com crinolinas e paniers exagerados, bordados barrocos, rendas, brocados e paleta de pastéis e dourados.


Haute Couture outono 2007 da Dior (Foto:reprodução/Instagram/@thefashionql)

Por que a aposta funciona

O horror traz uma iconografia imediata e emocional. Transformar sangue, sombra e cicatriz em textura, cor e volume cria peças que evocam reação (fascínio ou repulsa) e, por isso, se prestam a narrativas de marca, editoriais e performances. A moda usa o terror tanto para chocar quanto para provocar reflexão sobre corpo, identidade e tabus.


Coleções inspiradas em contos de horror (Foto: reprodução/Instagram/@karmapositivo)

Do minimalismo inquietante de Prada às encenações teatrais de McQueen, o cinema de horror provou ser uma mina estética para a moda. Neste Halloween, as passarelas e vitrines celebram essa relação: não apenas por gosto pelo macabro, mas pela capacidade do horror de revelar camadas ocultas do comportamento humano e claro, de transformar pesadelos em imagens memoráveis.

Alex Consani surge em nova campanha de Outono 2025 da marca Alexander McQueen

A marca britânica, Alexander McQueen publicou em suas redes sociais, nesta última terça-feira (19), a sua nova campanha de outono 2025, apresentando a modelo e influenciadora Alex Consani como o novo rosto da grife. A maison se inspirou no gótico vitoriano e em ícones da literatura e da arte do século XIX. A proposta explora a tensão entre o clássico e o moderno.

McQueen aposta no gótico vitoriano

A nova campanha da grife, imersa no estilo literário inglês, remetendo obras como as das irmãs Brontë. Abordando uma pegada mais minimalista e com cores sóbrias, com destaque para o cinza, cria um contraste que valoriza ainda mais os detalhes das peças. O resultado da combinação é a entrega de roupas que transmitem drama, elegância e uma estética sofisticada.

A escolha da modelo britânica, para ser a cara da nova coleção da marca, traz uma abordagem moderna, mesmo com as roupas mais tradicionais. Os modelos usados por ela surgem com rendas pretas e brancas, botas afiadas em renda e cabelos soltos ao vento. Os demais modelos seguem com visuais na mesma linha, trazendo algumas peças volumosas, cores neutras e com pelugem.

Toda essa composição reforça o caráter poético da coleção, que transita entre delicadeza e força. A coleção sugere personagens literários em meio a uma espécie de “tempestade” que pode ser de ideias, emoções e ou angústias. A maison buscou referências em personalidades históricas e de grande notoriedade. Nomes como Oscar Wilde e Romaine Brooks foram de grande referência para Alexander McQueen.


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Nova coleção de outono de 2025 da marca Alexander McQueen tendo como destaque a modelo Alex Consani (Vídeo: reprodução/Instagram/@alexandermcqueen)


Tradição encontra modernidade

As roupas da coleção se conectam com uma mistura de tecidos como: alfaiataria precisa com tecidos leves e como georgette de seda. A junção desses componentes, de formas estruturadas e elementos fluidos, realça ainda mais o conceito da marca, que aborda intensidade e contraste. O resultado é um equilíbrio entre rigidez e liberdade criativa. Além disso, a marca consegue transitar entre sua essência, se desenvolvendo para cativar uma geração jovial.


Modelo exibe a nova coleção de outono 2025 da Alexander McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@alexandermcqueen)


A nova coleção contou com o trabalho de styling da estilista Sarah Richardson, que já atuou em diversas colaborações com a grife. A parceria garantiu consistência estética, que é um ponto forte na carreira da designer de moda, e reforçou o tom poético da narrativa visual representada pela marca..


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Vídeo de divulgação da coleção de outono da Alexander McQueen, apresentada por Alex Consani (Vídeo: reprodução/Instagram/@alexandermcqueen)


De acordo com maison, a coleção é guiada pela autoexpressão e pela busca por autenticidade. Mais do que roupas, a campanha traduz uma mensagem de resistência e reinvenção. É uma moda que dialoga tanto com a tradição quanto com as inquietações atuais sobre gênero, caráter e liberdade.

Oscar 2025: confira onde e quando assistir a premiação

Neste domingo (02), acontece a maior e mais aguardada premiação do cinema internacional: o Oscar 2025. Hoje conheceremos o grandes nomes que serão imortalizados pela estatueta dourada. No entanto, onde conferir a premiação ainda desperta dúvidas. Será possível assistir ao evento tanto online, pelo streaming da Max e Globoplay. Nos canais pagos, a exibição acontecerá pela TNT. Na TV aberta fica a cargo da Rede Globo transmitir a premiação. 

Horários de transmissão 

  • TV Globo: 21h55;
  • Globoplay: 21h;
  • TNT e Max: 19h30. 

Lembrando que a divergência de horários acontece porque algumas transmissões exibirão o famoso tapete vermelho. Durante este momento, celebridades marcam presença, além disso, concedem entrevistas marcantes. O Oscar 2025 tem início previsto para às 22h, no horário de Brasília. 

De olho na Fernanda Torres 

Sem fingir surpresa, sabemos que ao falar de Oscar 2025 o nome que realmente retém nosso interesse é o dela, a gigante, Fernanda Torres, que vêm entregando uma campanha magnífica ao lado da equipe de “Ainda Estou Aqui”. 

Fernanda conquistou uma indicação na categoria de Melhor Atriz, ganhando cada vez mais destaque por seu talento e dedicação. Sua atuação de estreia no longa evidencia a crueldade do período da Ditadura Militar, reforçando seu reconhecimento no cinema.

Além de sua incontestável habilidade como atriz, os olhares também se voltam para a incrível narrativa fora das telas que Torres e sua equipe de imagem vem trazendo aos eventos prévios a premiação. Sempre apostando em tons sóbrios e escuros em sua vestimenta, acrescentando a seriedade e o sentimento de luto pela história trágica e cruel forçada à família Paiva pelos criminosos ditatoriais. 


Fernanda Torres veste design exclusivo Dior, no BAFTA 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@fernandatorresoficial)

História fora das telas 

Surpreendendo os fãs, Fernanda, no último sábado (01), usou pela primeira vez em toda a sua trajetória de campanha, uma peça em tom ameno: um vestido branco. A peça, carregada de significado, conseguiu comunicar-se com o público em tamanha sutileza que repercutiu nas redes. 

O uso da peça transmite claramente a mensagem de que a jornada está chegando ao fim. Agora, Eunice Paiva e Fernanda Torres existem de forma independente. Fernanda já carregou o legado de Eunice, compartilhou sua história e demonstrou sua força com garra. Agora, ela pode finalmente descansar sua imagem.


Fernanda Torres usa branco pela primeira vez com design de Alexander McQueen 2025
(Foto: reprodução/Instagram/@fernandatorresoficial)

Eunice expressa uma mensagem poderosa: ela finalmente se faz ouvir após anos de gritos sufocados. Além disso, demonstra força ao sustentar sua família, que a crueldade daquele período deixou à margem.

Fernanda contou a história de Eunice como ela não pôde e agora caminha para o fim dessa trajetória de sucesso. 

“Ainda Estou Aqui”

O longa-metragem sobre a história da família Paiva durante a Ditadura Militar recebeu indicações em três categorias no Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Torres no papel principal.

“Ainda Estou Aqui” conta com as críticas favoráveis, além, claro, da legião de fãs que coleciona pelo mundo inteiro. 

Sarah Burton assume a direção criativa da Givenchy 

Conhecida mundialmente pela sua trajetória dentro da Alexander McQueen — primeiramente como braço direito do estilista e, depois, por assumir o comando após sua morte — trazendo um aspecto mais artesanal e menos subversivo para a grife, a britânica Sarah Burton acaba de ser nomeada como a mais nova diretora criativa da “maison” francesa Givenchy. 

O anúncio aconteceu na manhã desta segunda-feira (09), após um ano da saída de Burton da McQueen. Com esse acontecimento, ela marca seu nome na história mais uma vez, sendo a primeira mulher a assumir esse cargo na história da marca pertencente ao grupo LVMH. 


Sarah Burton é a nova diretora criativa da Givenchy (Foto: reprodução/Givenchy)

Caminhando em sentido oposto ao estilo tradicional da marca francesa, a estilista, conhecida por suas criações destemidas, costuma brincar em sua forma de criar com contrastes de cortes, formas e texturas. Em comunicado, ela afirmou: “É uma grande honra me juntar a esta magnífica maison que é a Givenchy, uma verdadeira joia. Estou muito entusiasmada com a ideia de escrever o próximo capítulo desta emblemática maison e de levar a minha própria visão, a minha sensibilidade e as minhas convicções para a Givenchy.”  

No anúncio, a equipe de comunicação da Givenchy prontificou que a estilista estará sob o comando da direção criativa das coleções femininas e masculinas das “maison”. O nome de Sarah era muito especulado para o posto, depois da breve, e pouco elogiada, passagem de Matthew Williamson, graças a sua capacidade de inovar com elegância e requinte.


Coleção masculina “Pompa e circunstância”, criada por Sarah Burton para Alexander McQueen, em 2023 (Foto: reprodução/Harper’s Bazaar Brasil) 

A estreia de Burton no comando da casa está marcada para março do próximo ano, 2025, quando apresentará sua coleção outono/inverno na Paris Fashion Week.

Um pouco mais sobre Sarah Burton

A designer britânica iniciou sua carreira com o pé direito: um ano antes de se formar na Central Saint Martins College of Art and Design, em 1997, Sarah Burton já era estagiária de Alexander McQueen, que fundou sua marca homônima em 1992. Rapidamente se firmou no centro jovem e revolucionário da marca e, posteriormente, ganhou o posto de assistente e braço direito do estilista, se tornando uma peça fundamental nas criações de vestuário feminino da grife.


Sarah Burton e Alexander McQueen (Foto: reprodução/ELLE Brasil)

Quando McQueen faleceu subitamente em 2010, Burton ficou encarregada de tocar em frente e honrar o nome do estilista. No cargo de diretora criativa, Sarah permaneceu durante 14 anos, e sempre foi vangloriada pela imprensa e amantes da moda por seguir o caráter revolucionário e subversivo do de McQueen, mas sem nunca tentar copiá-lo, mantendo sua veia pessoal de criação mais sofisticada e menos bruta. Uma mudança na gestão de sua primeira casa acabou por acelerar o processo de saída de Sarah. 

A estilista é notória em sua precisão de cortes e construções, enquanto abusa de sua criatividade sem limites, sendo um encaixe perfeito para esse novo capítulo que a Givenchy parece desejar.

Dança das cadeiras na Givenchy

Além da mudança na cadeira de diretores criativos, a maison francesa também passou por uma importante mudança nos últimos tempos: a chegada do novo CEO, Alessandro Valenti. O novo comandante também celebrou a contratação de Burton: “A chegada de Sarah Burton como chefe do nosso design criativo é um momento muito emocionante para a Givenchy. Sua carreira notável e visão criativa já lhe renderam uma vasta base de fãs, e temos certeza de que, sob sua direção, a Givenchy continuará a inovar e cativar um amplo público em todo o cenário mundial. Antecipo ansiosamente a nova energia criativa que Sarah trará enquanto trabalha ao lado de nossas excelentes equipes“. 

A nova dupla marca a chegada de novos ares para a Givenchy, após uma perda notável de relevância que enfrentou nos últimos anos.

Manifesto Surrealista comemora centenário com presença marcante no universo fashion

No período entre as duas grandes guerras, o escritor francês André Breton, comovido pelo terror da Primeira Guerra Mundial, e igualmente convencido de que a racionalidade do universo masculino gerava tantos horrores, procurou uma alternativa “irracional”, baseada nas grandes descobertas feitas durante a época nos campos do subconsciente e da psicanálise. Assim, junto de Yvan Goll, Marcel Alland e Guillaume Apollinaire (criador da denominação), trouxe ao mundo o Manifesto Surrealista.


Capa da revista “Minotaure”, de caráter surrealista, do pintor Salvador Dali (Foto: reprodução/Elle)

O movimento começou limitado ao universo artístico, mas graças a seu caráter fantasioso, seu recorrente uso de jogos visuais e sua inteligente subjetividade, indagou criadores de outros campos de atuação a produzirem, com o propósito de questionar o mundo ao seu redor. A estética surrealista, em pouco tempo, dominou o mundo do cinema, da fotografia e, principalmente, da moda. 

Quando se lê a frase: “Neste verão as rosas serão azuis e a madeira é de vidro”, presente no Manifesto, fica mais compreensível o tamanho do apelo que a vanguarda gerou no universo fashion. 

O Surrealismo fantasioso de Schiaparelli 

Elsa Schiaparelli talvez seja o nome com mais relevância quando o tópico é a moda surrealista, e em plena efervescência desse universo no início do século XX, a estilista italiana abusou da estética irracional de maneira elegante e acentuada.


Traje desenhado por Elsa, no começo dos anos 30, com design chamativo para época (Foto: reprodução/Instagram/@schiaparelli)

Entre as marcas registradas da grife italiana, se destaca a técnica “trompe l’oeil” (metodologia artística que abusa da ilusão de ótica), e a criação de acessórios de formatos irreverentes, como luvas com unhas pintadas, sapatos com saltos em formato de patas de animais e o destaque para a anatomia do corpo humano, com peças, em tamanho exagerado, que replicaram bocas e orelhas.


Acessórios desenhados por Elsa Schiaparelli (Foto: reprodução/Instagram/@schiaparelli)

O DNA surrealista se fez tão forte durante os anos de história da casa, que até hoje, sob o comando do diretor criativo Daniel Roseberry, o espanto ao estranho e a surpresa com o novo são características presentes nos lançamentos durante as principais semanas de moda do calendário internacional. 

O universo onírico de Alexander McQueen

Em meio às turbulências e dúvidas da embaçada década de 90, o icônico estilista inglês Alexander McQueen chocava o universo da moda com suas criações absurdas e muitas vezes arrepiantes, de maneira que inquietava os telespectadores e trazia novamente a tona o princípio surrealista.

Coleção “Dante”, de Alexander McQueen, no ano de 1996, com inspiração no universo do catolicismo (Foto: reprodução/Nick Knight/Dazed)

Com coleções criadas para uma das principais grifes do mercado, a Givenchy, e, posteriormente, sua própria casa homônima, McQueen abusa de elementos irreais e desejava que o público espectador adentrasse nas maravilhas e medos de seus sonhos e pesadelos através de suas criações. Desafiava também o conceito de belo do universo da moda, enquanto frequentemente aproveitava-se do impossível.

A alta-costura desconstruída de Viktor & Rolf

A dupla holandesa é uma das principais figuras no cenário atual quando o assunto é surrealismo na moda. De maneira inovadora e provocativa, a alta-costura da casa sempre questiona padrões estéticos e de construção das peças, garantindo a cada coleção e desfile um espetáculo conceitual.


Coleção de Viktor & Rolf de 2009, primavera/verão (Foto: reprodução/Marie Claire)

De forma divertida e contemporânea, a marca brinca com medidas e posições dos elementos que compõem vestidos, que construídos de maneira tradicional, se enquadrariam no que se já é esperado em uma semana de moda de alta-costura. Essa a linha tênue que a dupla gosta de caminhar sobre, a recriação, de maneira irracional e subversiva, de conceitos esteticamente tradicionais no universo da moda. 

Outros nomes também marcam a presença surrealista no mundo fashion. Desde da dramática Thom Browne, a tecnológica Iris Van Herpen e a divertida Moschino, o Manifesto elaborado em 1924 nunca deixou de estar presente, de diversas maneiras, nesses 100 anos desde seu nascimento.

Raffaele Petruzzelli, ex-Fendi, é o novo diretor criativo da Animale ORO

Animale talvez seja um dos nomes mais conceituados no cenário da moda nacional. Fundada no início dos anos 90, a etiqueta carrega os significados de luxo, força e autenticidade em suas peças, e em 2019, com o intuito de aumentar seu alcance, depois de 28 anos de excelência no mercado, foi lançada a Animale ORO, a linha de jóias da marca. 


Coleção For You da Animale ORO (Foto: reprodução/Facebook/Animale)


Essa, desde do começo deste ano, passa por um processo de renovação com o surgimento de uma necessidade de atrair um público mais jovem, e a resposta para esse problema foi anunciada em março: a contratação para diretor criativo do designer de jóias italiano Raffaele Petruzzelli.

Carreira marcada por grandes sucessos

A trajetória profissional de Raffaele Petruzzelli é marcada por muitos nomes de peso para quem acompanha o mercado: de Fendi, trabalhando lado a lado com Karl Lagerfeld, até Alexander McQueen e Chloè, o italiano alavancou seu nome pelo bom gosto e inovação de um criador que começou sua paixão pela joalheria ainda quando criança. 


Raffaele Petruzzelli, novo diretor criativo da Animale ORO (Foto: reprodução/Vogue Brasil)

Em constante busca por novidades, o italiano iniciou sua carreira como arquiteto e só depois cursou joalheria no “Istituto Europeo di Design” (IED). Após o fim de sua caminhada acadêmica, trabalhou com Lagerfeld na criação de jóias para os desfiles da Fendi, apenas aos 24 anos. 

Em 2011, se mudou pela primeira vez para o Brasil, quando também teve seu primeiro contato com Claudia Jatahy, sócia fundadora da Animale. A parceria durou até 2017, quando Raffaele voltou para a Itália, passando por grifes como Alexander McQueen e Chloè.

De volta a terras tropicais

O período afastado do solo brasileiro não durou muito. No início deste ano, o italiano foi convidado novamente pela Animale para assumir o braço da marca no ramo da joalheria. “Quero triplicar as vendas da Animale ORO. E também conhecer a Gisele Bündchen, quem sabe? (risos)”, disse Rafaelle quando perguntado sobre seu futuro nesse novo cargo. 

Como primeira cartada para o sucesso, Raffaele resolveu apostar em uma tendência já conhecida pelas jovens europeias: pulseiras soldadas. Os acessórios serão fabricados em uma máquina originalmente italiana, trazida diretamente para a realização do processo. A marca, em concordância com o designer, está em busca de um grupo de consumidores mais fresh, por isso irá continuar apostando em joias mais minimalistas.


Pulseira Infinita, lançamento Animale ORO (Foto: reprodução/Vogue Brasil)

Os lançamentos das peças estão previstos para agosto no Rio de Janeiro, e no mês seguinte, setembro, em São Paulo.

Lana Del Rey encanta no tapete vermelho do Met Gala 2024

Na última segunda-feira (06), aconteceu o Met Gala, um dos mais importantes e aguardados eventos do mundo da moda, que chama atenção pelos looks belíssimos e glamurosos usados pelos artistas convidados. Um dos destaques da noite foi Lana Del Rey. A cantora encantou a todos no tapete vermelho ao trazer uma interpretação melancólica e soturna do tema da edição deste ano.

Tema e Dress Code

O dress code desta edição foi “The Garden of Time”, em português “Jardim do Tempo”, em conjunto com o tema da exposição “Sleeping Beauties: Reawakening Fashion”, em tradução livre “Belas Adormecidas: Redespertando a Moda”.

O tema da exposição corresponde à ideia de peças de roupa, tecidos, ou adornos que são muito frágeis e por isso deixaram de ser usados, tornando-os “Belas Adormecidas”, e agora terão a oportunidade de serem acordados. Enquanto o dress code foi inspirado em um conto de J.G. Ballard, que conta a história de um casal que possui um jardim maravilhoso e mágico com flores de cristal que possuem o poder de voltar no tempo, mas que uma vez arrancadas, não nascem outra vez. 

A união das duas temáticas procura explorar a natureza, usando-a como metáfora para o aspecto frágil e transitório da moda, mostrando como ambas são cíclicas e passam pelos estágios de destruição, renascimento e renovação.

Detalhes do look de Lana Del Rey

A cantora foi uma das belezas mais marcantes do tapete vermelho do Met Gala 2024, tendo apresentado um visual nude e delicado que trouxe uma silhueta melancólica e soturna, beirando o sombrio com elegância.


Lana Del rey no Met Gala 2024 (Foto: reprodução/ Gotham/ Getty Images Embed)


Lana Del Rey usou um vestido Alexander McQueen criado por Seán McGirr, que teve como inspiração o escultor suíço Alberto Giacometti, conhecido por suas esculturas e pinturas surrealistas e expressionistas. Sem dúvida, esses aspectos se refletiram com maestria no look da artista.


Lana Del Rey e Seán McGirr no Met Gala 2024 (Foto: reprodução/ Marleen Moise/ Getty Images Embed)


Com relação aos detalhes, o vestido é composto por seda, tule, georgette e um espartilho contendo galhos bordados à mão que subiam desde a saia até a cabeça. O véu usado por Lana deu um toque especial para o visual, bem como a rosa vermelha que ela carregava.


Detalhes do vestido de Lana Del Rey usado no Met Gala 2024 (Foto: reprodução/Marleen Moise/Jeff Kravitz/John Shearer/Getty Images Embed)


Seán McGirr explicou, durante entrevista no tapete vermelho, que a ideia do visual era trazer uma mãe natureza com traços um pouco mais sinistros. Além disso, a cantora mencionou que tanto ela quanto Seán queriam que o look lembrasse McQueen, por isso o formato do vestido e toda a estrutura e arranjo que o envolvem foram fundamentais.


Lana Del Rey no Met Gala 2024 (Foto: reprodução/ Angela Weiss/ Getty Images Embed)


Certamente, Lana Del Rey cativou não só tapete vermelho do Met Gala mas todo o seu público.

Simples e elegante: Rihanna aposta em look de Alexander McQueen para novo lançamento

Na última sexta-feira (26), a cantora e proprietária da marca bilionária de maquiagem Fenty Beauty, Rihanna, apareceu vestida de Alexander McQueen na festa de lançamento da base “Soft’lit Naturally Luminous Longwear Foundation”. O evento aconteceu em Los Angeles, na Califórnia, com a presença de muitas figuras importantes, entre elas algumas brasileiras, como Camilla de Lucas e Giovanna Ewbank. 

Festa de lançamento

A última aparição de Riri foi há pouco tempo, no lançamento da Fenty com a Puma em Londres, dia 17 de abril. Lá, Rihanna apareceu com o cabelo mega loiro e de franja, adicionando mais uma figurinha para o seu álbum de visuais capilares, afinal, não é segredo para ninguém que se tem uma coisa que a cantora gosta de fazer, é brincar e ousar com seu estilo diverso. 

A prova disso é que, nessa ocasião de Londres, Rihanna, além de um loiro tom oito, utilizou camisa e conjunto de blazer e calça na modelagem oversized, escondendo as curvas do corpo, e um batom vermelho como destaque do look, na proposta streetwear que o evento pedia. 



Mas, na sexta-feira, na Califórnia, o seu visual foi completamente diferente. O evento de lançamento da sua marca exigia uma proposta diferente do evento anterior, a qual Rihanna atendeu perfeitamente. Apareceu usando um look simples, mas elegante. 

Estilizada pelo seu fiel escudeiro, Jahleel Weaver, a cantora utilizou dos mesmos fios loiros da semana anterior, mas com a franja na lateral, deixando o rosto a mostra, maquiagem clean, um vestido Alexander McQueen midi bem colado ao corpo, em um tom muito semelhante ao do seu cabelo, e sandálias nudes, seguindo o tema do evento: Golden Hour.



Presença brasileira no evento

E se você pensa que o evento foi ilustre para os gringos californianos, então está muito enganado. A convite da Sephora, Camilla de Lucas, ex-BBB 21, fez presença e ainda teve a chance de conversar um pouquinho com a dona do evento.


“Na hora de tirar foto, poucos conseguiram, inclusive, eu passei mal porque ela segurou a minha mão”.

Camilla de Lucas


Mas não para por aí, a atriz e apresentadora, Giovanna Ewbank, também conseguiu bater um papo com Riri e ainda teve a oportunidade de pedir para cantora mandar um recado para sua filha Titi, de 10 anos, a qual é super fã de Rihanna. 



A Base

O novo lançamento de Fenty Beauty chega para, novamente, para abalar o mercado. Desde a primeira base lançada, a “Pro Filt’r Soft Matte Longwear Foundation”, em 2017, Rihanna revolucionou o mundo da maquiagem ao apresentar mais de 50 tons do produto. 

Ao longo desses sete anos, novas bases foram lançadas pela marca, mas a única com proposta de longa duração era essa primeira, que trazia um acabamento matte e aveludado para a pele, o que era febre no ano de 2017. Contudo, as tendências mudaram e, para atendê-las, a marca percebeu que precisava se reinventar. 

Para isso foi criada a nova base de longa duração “Soft’lit Naturally Luminous”, que promete ter a mesma eficiência na longevidade durante o uso, mas com um acabamento glow e natural. 


Rihanna ensinando como usar a nova base da marca. (Vídeo: Reprodução/Fenty Beauty/YouTube.com)

A base acabou de chegar ao Brasil, e pode ser encontrada no site da Sephora pelo valor de R$269. 

‘Baby bangs’: micro franja faz sucesso entre celebridades e nas passarelas

O uso de cortes com franja  sempre foi bastante popular e em 2024 não tem sido diferente. Não há como negar que a micro franja, conhecida como baby bangs, tem sido uma grande aposta desde 2023 e neste ano aparece ainda mais forte não só no universo da moda mas também entre as celebridades.

Sobre a micro franja, baby bangs

Trata-se de uma franja reta, usada acima das sobrancelhas, cortada com precisão, trazendo um cabelo moderno com ar futurista. 

Ainda que não pareça, é um visual muito versátil, podendo ser utilizado de várias maneiras, seja reta, desfiada, bagunçada ou de lado, a franja baby bangs é um sucesso.

Baby Bangs nas passarelas

Nos desfiles de primavera/verão de 2024, a micro franja marcou presença. Marcas como Alexander McQueen e Givenchy apostaram na tendência para compor os visuais das passarelas.


Fotos de visuais com a micro franja, baby bangs, nos desfiles de Alexander McQueen e Givenchy de 2024 (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Baby Bangs entre as celebridades

Claro que a micro franja, ou baby bangs, não poderia ficar de fora no mundo das celebridades e apareceu em visuais belíssimos. Veja a seguir:


Luísa Sonza para o Woman In Music 2024 (Foto: reprodução/Instagram/ @luisasonza)

A cantora Luísa Sonza apostou no visual versátil e moderno da franja super curtinha para comparecer na premiação da Billboard, Women In Music 2024.


Zendaya na Schiaparelli Haute Couture 2024 (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Zendaya também não ficou de fora da tendência, adotando-a junto de um cabelo longo e liso, promovendo um visual futurista e marcante, na Paris Couture Week 2024.


Kristen Stewart na festa após o Festival de Cinema de Sundance em 2024. (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Para a festa após o Festival de Cinema de Sundance, em 2024, a atriz Kristen Stewart trouxe a baby bangs bagunçada e acompanhada de um coque despojado.


Olivia Rodrigo no Met Gala 2023 (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)

Como já dito, desde 2023 a micro franja tem sido usada por diversas celebridades, dentre elas a cantora Olivia Rodrigo. Ela optou pela franja levemente penteada para o lado, o que proporcionou um visual vintage e delicado.