O Liverpool anunciou, nesta sexta-feira (11), uma homenagem definitiva ao atacante Diogo Jota, que faleceu em um acidente de carro ao lado do irmão, André Silva. O clube decidiu estender a aposentadoria da camisa 20, usada por Jota desde sua chegada em 2020. A decisão, que antes se aplicava apenas ao time principal masculino, agora vale também para o futebol feminino e as categorias de base.
O comunicado foi divulgado às 20h20 do horário local (16h20 de Brasília), fazendo alusão ao número 20 que marcou a trajetória do jogador no clube. A ampliação da homenagem aconteceu após grande repercussão entre os torcedores e o reconhecimento do impacto que o atacante teve em Merseyside.
Como clube, estávamos todos cientes do sentimento dos nossos torcedores, e sentíamos exatamente a mesma coisa. Ao aposentar este número do esquadrão, estamos tornando-o eterno — e, portanto, nunca será esquecido. O Diogo chegou a nós em 2020, ganhou-nos o número 20 e vestiu com honra, distinção e carinho o número 20. No que diz respeito ao Liverpool, ele será para sempre o nosso número 20
declarou Michael Edwards, CEO de Futebol da FSG, empresa responsável pela gestão do clube.
Camisa 20 será eternizada em todas as esferas do clube
Inicialmente, o Liverpool havia anunciado a retirada do número apenas no time profissional masculino. No entanto, após reavaliar a situação e ouvir a comunidade de torcedores, o clube decidiu ampliar a medida. Assim, nenhuma equipe do Liverpool — incluindo o futebol feminino e as divisões de base — poderá utilizar a camisa 20 em partidas oficiais.
Essa ação reforça a intenção da diretoria em preservar o legado do jogador. Diogo Jota chegou ao Liverpool em 2020, vindo do Wolverhampton. Desde então, acumulou atuações decisivas, conquistou títulos e se consolidou como uma peça importante no esquema tático do clube.
Além disso, o português foi campeão da Premier League com os Reds e da UEFA Nations League com a Seleção de Portugal. Ele vivia uma de suas melhores fases no futebol europeu.
Acidente fatal ocorreu na Espanha
Diogo Jota e André Silva estavam a caminho de Santander, na Espanha. Eles pretendiam pegar uma balsa até o Reino Unido, onde Jota se reapresentaria ao Liverpool para a pré-temporada. No entanto, a viagem foi interrompida de forma trágica.
Segundo a imprensa europeia, durante uma tentativa de ultrapassagem, o pneu da Lamborghini em que estavam furou. O carro perdeu o controle, colidiu com violência e pegou fogo. Ambos morreram na hora.
Enquanto Diogo Jota vivia o auge da carreira no futebol inglês, André Silva defendia o Penafiel, clube da segunda divisão de Portugal. A morte dos dois provocou uma forte comoção entre colegas, torcedores e clubes europeus.
Legado e comoção
Desde o anúncio do acidente, o Liverpool e outros clubes emitiram notas de pesar. Além disso, jogadores de várias partes do mundo publicaram mensagens de apoio às famílias.
Em Anfield, torcedores deixaram flores, camisas e mensagens nas grades do estádio. Em Portugal, a Federação decretou um minuto de silêncio em todas as partidas do fim de semana. No Penafiel, a torcida organizou uma homenagem a André Silva, com velas e faixas em frente ao estádio.
Por outro lado, a decisão do Liverpool de retirar a camisa 20 de todas as suas categorias reforçam o vínculo entre o clube e seus atletas. Para muitos, a medida simboliza o respeito à trajetória de Jota e o desejo de manter viva sua memória.
Por fim, a camisa 20, que antes representava talento e dedicação em campo, agora se torna um símbolo de eternidade. A história de Diogo Jota será lembrada não apenas pelos títulos, mas também pela marca emocional que deixou no clube e na torcida.
