Shenzhou-20, primeira espaçonave da China, retorna vazia após falhas técnicas

A Shenzhou-20, primeira espaçonave chinesa, considerada incapaz de retornar astronautas à Terra, deve voltar vazia após os tripulantes identificarem uma rachadura em uma de suas janelas, de acordo com informações divulgadas pela emissora CCTV nesta segunda-feira (1).

Programada para retornar com os tripulantes após estadia de 6 meses na estação espacial Tiangong em 5 de novembro, a cápsula demonstrou uma falha técnica, o que levou a China a recorrer ao adiantamento da missão de retorno dos astronautas.

Danos causados a espaçonave

De acordo com a CMSA (Agência Espacial Tripulada da China), há suspeita de que os danos foram causados por minúsculos detritos espaciais à Shenzhou-20. De acordo com Jia Qiming, porta-voz da CMSA, foi analisado que o pedaço de detrito espacial tinha menos de 1 milímetro, mas estava viajando em uma velocidade considerada muito rápida, o que causou o dano à janela da cápsula.

Diante do risco de que a rachadura na janela poderia se espalhar, quebrando o isolamento térmico e causando a despressurização da cabine, a CMSA decidiu por atrasar a missão de retorno da Shenzhou-20, retornando somente os tripulantes em outra espaçonave. Caso esse cenário ocorresse, as consequências poderiam ser fatais para os astronautas.

Qiming também disse à CCTV que a espaçonave deve retornar, portanto, sem a tripulação, e que após sua volta, a agência chinesa deve estudar e analisar a espaçonave.

Resgate dos tripulantes

Nove dias depois da data em que a Shenzhou-20 deveria retornar com os astronautas à Terra, uma outra espaçonave foi enviada pela China para realizar o resgate dos mesmos. De acordo com a CMSA, os três astronautas chineses Wang Jie, Chen Dong e Chen Zhongrui pousaram em uma cápsula em Dongfeng, na região da Mongólia Interior, no norte da China, às 5h40 (horário de Brasília).


Tripulantes retornam à Terra em 14 de novembro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/STR)


A tripulação foi enviada ao espaço no dia 24 de abril de 2025, e permaneceu em órbita por 204 dias, estabelecendo um novo recorde de permanência de astronautas chineses na órbita, segundo a CMSA.

Missão Crew – 11 da Nasa tem lançamento adiado devido ao mau tempo

O lançamento da missão Crew -11 é adiado pela Nasa, por causa do mau tempo, nesta quinta-feira (31), no Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida, nos EUA O foguete da Spacex, que vai levar a tripulação para a Estação Espacial Internacional ISS, tem previsão de decolagem neste dia primeiro de agosto, no início da tarde.

Os astronautas

A missão Crew 11 da Nasa, em parceria com a Spacex, tem o objetivo de levar uma nova tripulação para a Estação Espacial Internacional (ISS). Sendo quatro cientistas para o Laboratório orbital.

O novo lançamento, agendado para este dia primeiro de agosto, está previsto para o início da tarde e as transmiso~es são estão nas redes sociais, no Streaming da Nasa, além da Netflix e Amazon Prime.
Os cientistas que se prepararam para a missão à Estação Espacial Internacional (ISS) são Zena Cardman e Mike Fincke, da NASA; Kimiya Yui, da JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial); e o cosmonauta Oleg Platonov, da Roscosmos.

Os astronautas iniciaram o período de preparação no dia 17 de julho, no Centro Espacial Johnson, da própria NASA, em Houston.

Nessa etapa, o contato com outras pessoas é limitado, e a maioria das interações é feita remotamente, como parte do protocolo de quarentena pré-lançamento conhecido como health stabilization program.


Astronautas da Crew -11,em preparação para chegar a Estação Espacial Internacional (Foto: reprodução/Instagram/@SpaceX

A missão

Esta é a 12ª missão tripulada da SpaceX, empresa fundada pelo bilionário Elon Musk, como parte do programa de rotatividade de tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS).

A previsão é que os astronautas retornem à Terra em fevereiro de 2026, após cerca de 180 dias em órbita.
A nave Crew Dragon, fruto da parceria entre a NASA e a SpaceX, transporta não apenas os cientistas, mas também cargas de ida e volta entre a Terra e a ISS.

Aliás, a SpaceX tem se consolidado como uma das principais empresas de transporte espacial, com múltiplas missões bem-sucedidas e avanços tecnológicos significativos.


Nova missão da Nasa levará astronautas à Lua novamente

A primeira e única vez em que um homem pisou na Lua foi em 1972, e até hoje é considerada um dos eventos mais gloriosos e importantes da humanidade. Séculos após o programa Apollo, responsável por realizar a primeira missão à Lua, a Nasa irá realizar outro programa com destino ao satélite. Chamado de programa Artemis, a missão representa o retorno do ser humano à Lua. 

Com previsão de lançamento para 2027, o projeto envolve uma série de missões preparatórias, com diferentes etapas para garantir o sucesso da jornada dos astronautas ao satélite terrestre. Após encerrar as viagens à Lua na década de 70, devido aos custos, a Nasa retoma os esforços de exploração com essa nova missão, focando não somente no retorno, mas também em criar a possibilidade de presença contínua do ser humano em seu solo. 

Missões e astronautas

O programa foi dividido em sete missões, com objetivo de retornar à Lua e a estudar. O programa não deve acontecer rapidamente, sendo necessário várias missões para alcançar o objetivo final, estabelecendo a presença humana no solo a longo prazo. Vale ressaltar que a primeira missão ocorreu em 2022, quando a Nasa enviou um voo sem tripulantes somente para sobrevoar a Lua. Já a segunda missão, denominada Artemis II, está programada para ser o primeiro voo com tripulantes, para testar a nave usada. Novamente, a nave somente irá sobrevoar o satélite, sem realizar pouso e tem previsão para ocorrer em abril de 2026, após ser adiada duas vezes em 2024 e 2025.

Na terceira missão, os tripulantes finalmente poderão pousar no solo da Lua. Vai ser a primeira missão do programa em que o ser humano irá retornar à superfície do corpo celeste após 50 anos. O pouso está previsto para acontecer na região polo sul lunar e a data está marcada para 2027. A quarta missão está marcada para ser o segundo pouso dos astronautas na Lua e como o início da montagem da construção da primeira estação espacial no satélite, e deve acontecer em 2028.

A quarta missão tem como previsão 2030 e deve levar novos astronautas para realizarem pesquisas. Na penúltima missão, a sexta, irá ocorrer a configuração da câmara de ar para o uso dos tripulantes e cientificamente. Já a sétima e última missão, está prevista para transportar um rover de habitação lunar até a superfície do satélite. Esse será um passo essencial para o início da construção da base permanente. 

Os quatro astronautas a participarem da segunda missão do programa Artemis são: Reid Wiseman (comandante da missão); Victor Glover (piloto da missão); Christina Koch (primeira especialista da missão); e Jeremy Hansen (segundo especialista da missão). Christina Koch vai ser a primeira mulher a sobrevoar a Lua, enquanto Jeremy Hansen será o primeiro canadense a viajar para fora da órbita terrestre. 

Primeira viagem à Lua

A primeira viagem do ser humano à Lua foi, e ainda é, considerado o evento mais importante da humanidade nos estudos espaciais. A missão Apollo ocorreu entre 1969 e 1972, com o primeiro pouso em 1969. Ao todo, foram realizados seis pousos tripulados, com destaque para o Apollo 11, que foi a primeira missão com sucesso onde humanos pisaram na Lua. 


Um dos últimos homens a pisar na Lua, Eugene Cernan, posando junto a bandeira americana (Foto: reprodução/Heritage Images/Getty Images Embed)


 A última missão realizada foi a Apollo 17, onde os astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt foram os últimos humanos a pisarem no nosso satélite. O cancelamento repentino do programa Apollo, após essa última expedição, ocorreu devido a altos custos e mudanças de prioridades da Nasa, já que o objetivo principal – que era pousar na Lua – havia se concretizado. Após décadas sem humanos pisarem na Lua, o programa Artemis surge como uma nova possibilidade, com novas tecnologias avançadas e colaboração entre países.

Missão Ax-4 retorna à Terra com astronautas de quatro países

A missão Axiom 4 (Ax-4) retorna à Terra nesta terça-feira (15), com previsão de chegada às 6h30 (horário de Brasília), na costa da Califórnia. A nave espacial denominada Dragon, da SpaceX, traz de volta quatro astronautas de diferentes países. A missão foi conduzida pela empresa Axiom Space, que irá transmitir a amerissagem, além do YouTube da Nasa.

Após 18 dias acoplados à Estação Espacial Internacional (ISS), os quatro astronautas – entre eles, uma americana, um indiano, um polonês e um húngaro – encerram sua missão focada em experimentos científicos. A conexão entre a iniciativa privada e a pesquisa demonstram um passo importante no avanço da exploração espacial.

Os astronautas da missão Ax-4

A tripulação da nave espacial é composta por quatro profissionais de diferentes países: a veterana Peggy Whitson (EUA), o piloto Shubhanshu Shukla (índia), e os especialistas Sławosz Uznański‑Wiśniewski (Polônia) e Tibor Kapu (Hungria). Eles passaram mais de duas semanas na ISS, onde produziram cerca de 60 experimentos, que envolviam desde biologia do câncer e pesquisa celular até fisiologia humana e cultivo de plantas. 


Astronautas se preparam para embarcar na nave em 24 de junho (Foto: reprodução/Giorgio Viera/Getty Images Embed)


Entre os estudos realizados, estão incluídas iniciativas fundamentais para a saúde do ser humano no espaço, como avanços no monitoramento e tratamento de diabetes. Essa missão trouxe o retorno da Índia, Polônio e Hungria em missões espaciais patrocinadas pos seus governos, respectivamente.

Objetivo da empresa Axiom Space

A Axiom Space, responsável pela missão, tem como objetivo construir a Axiom Station, primeira estação espacial comercial mundial. A cápsula Dragon, desenvolvida pela SpaceX – empresa fundada e comandada por Elon Musk -, demonstra uma parceria entre empresas privadas e a NASA em um novo modelo de exploração espacial.

Com o sucesso da Ax-4, a Axiom Space avança em sua meta de criar um laboratório e ampliar a presença comercial no espaço. A estrutura do laboratório permanece em fase de desenvolvimento, com a data prevista de lançamento ainda não definida pela empresa.

NASA pretende recuperar Starliner, em parceria com a Boeing

Com o retorno dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams à Terra na última terça-feira (18), a Nasa informou que pretende reabilitar a cápsula Starliner fabricada pela empresa Boeing. No entanto, não houve informações sobre a divisão dos custos dos testes e qual a contribuição da Boeing nesta reabilitação. 

De acordo com o gerente de programa da Nasa, Steve Stich, as duas empresas estão “trabalhando lado a lado para colocar a espaçonave em operação”. Ainda, segundo informações, já há programação para voo teste. O valor estimado para esta operação gira em torno de U$$ 400 milhões. 

Primeiramente, será feito um voo não tripulado e, ocorrendo tudo dentro do previsto, as empresas pretendem realizar novos voos tripulados dando continuidade ao Programa Comercial de Tripulação.


Publicação sobre a reabilitação da Starliner (Foto: reprodução/X/@AviationWeek)

Procurada, a Boeing não quis dar declarações sobre o assunto e nem esclarecer maiores detalhes sobre os planos para recuperar a Starliner.

Problemas técnicos no último voo

A Starliner transportou os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams para o espaço em 05 de junho de 2024. O voo, com duração de 25 horas, partiu de Cabo Canaveral, na Flórida e estava previsto para durar oito dias.


Astronautas, Butch Wilmore e Suni Williams, embarcando em na Starliner – junho de 2024 (Foto: Reprodução/ MIGUEL J. RODRIGUEZ CARRILLO/ Getty Images Embed)


No entanto, devido a problemas técnicos na espaçonave Starliner, a viagem durou 286 dias, fazendo com que os astronautas ficassem presos no Espaço sem a possibilidade de retorno imediato.

Ajuda da SpaceX

O retorno dos astronautas para os EUA só foi possível mediante uma parceria entre a Nasa, a Boeing e a SpaceX, empresa de Elon Musk, na cápsula Dragon. O retorno ocorreu na última terça-feira (18), sendo amplamente comemorado e divulgado nas redes sociais. 


Publicação sobre o retorno dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams à Terra (Foto: reprodução/X/@NASA_Johnson)

Recuperação dos astronautas 

De acordo com informações fornecidas pelos especialistas do programa de Força, Condicionamento e Reabilitação de Astronautas (ASCR), Butch e Suni terão que fazer recondicionamento físico para se adaptar às condições de vida na Terra. 

Entre as atividades, estão inclusos exercícios para aumentar a densidade óssea, além do fortalecimento dos músculos, inclusive dos músculos cardíacos, através de exercícios cardiovasculares. 

Cada astronauta é acompanhado individualmente para ser respeitado o progresso e as necessidades de cada um.  

Astronautas da NASA enfrentam seis meses presos na Estação Espacial Internacional

Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams enfrentam uma situação desafiadora na Estação Espacial Internacional (ISS). Eles haviam sido escalados para uma missão de apenas oito dias, mas já completaram seis meses no espaço por conta de falhas na cápsula Starliner, da Boeing. A missão era um marco no Programa da Tripulação Comercial da NASA, mas devido às falhas, trouxe à tona discussões sobre a segurança das viagens espaciais e os limites da resistência humana.

Problemas técnicos e impactos

A cápsula Starliner, projetada para transportar astronautas em voos comerciais, no entanto, apresentou falhas no sistema de propulsão e nos processos de certificação impediram que a operação acontecesse de forma segura.

A NASA precisou manter os astronautas na ISS enquanto os protocolos são revisados e novas alternativas são consideradas, incluindo o uso de veículos da SpaceX para o resgate de Sunita e Barry. Enquanto isso, a equipe participa de atividades regulares na estação, mas enfrenta os desafios físicos e psicológicos associados à estadia.


Butch Wilmore e Suni Williams posam para um retrato dentro do vestíbulo entre o porto dianteiro no módulo Harmony da ISS e a nave Starliner da Boeing (Foto: Reprodução/Instagram/@iss)

Impactos na saúde e na missão

A exposição prolongada à microgravidade pode levar a perda óssea, atrofia muscular e riscos cardiovasculares, enquanto a radiação espacial aumenta a probabilidade de câncer a longo prazo. Apesar de serem treinados para lidar com esses fatores, os impactos acumulados preocupam especialistas em relação à saúde dos astronautas.

A NASA afirmou que o retorno dos astronautas ocorrerá somente em 2025, dependendo da viabilidade técnica da Starliner ou de outra solução alternativa. Essa situação ressalta a complexidade das missões espaciais e a importância de avanços robustos em tecnologia e protocolos, não apenas para explorar novos horizontes, mas também para garantir a segurança das equipes envolvidas.

Astronautas da NASA possuem o direito de votar diretamente do espaço

Astronautas da NASA podem votar nas eleições presidenciais dos EUA enquanto estão no espaço, graças a uma legislação do Texas de 1997. Eles utilizam um sistema de votação eletrônico, com cédulas criptografadas enviadas da Terra para a Estação Espacial Internacional. Este sistema, iniciado com o astronauta David Wolf, garante que eles possam votar sem comprometer a segurança ou a confidencialidade do voto.

Em 2020, a astronauta Kate Rubins cumpriu seu dever cívico a partir do espaço, na Estação Espacial Internacional, a 400 quilômetros acima da superfície da Terra. Na ocasião, a NASA detalhou como ocorreu a transmissão dos votos e como foi realizada através da infraestrutura de Comunicações e Navegação Espacial (SCaN) da agência. Depois que Rubins preencheu sua cédula eletrônica especialmente projetada a bordo do laboratório em órbita, o documento fluiu através de um satélite de rastreamento e retransmissão de dados para uma antena terrestre no Complexo White Sands em Las Cruces, Novo México.

Do Novo México, a NASA transfere a cédula para o Centro de Controle da Missão no Centro Espacial Johnson da NASA em Houston e depois para o secretário do condado responsável por emitir a cédula. A cédula é criptografada e acessível apenas ao astronauta e ao escrivão para preservar a integridade da votação.


Legislação do Texas de 1997 permite que astronautas da NASA votem (Foto: reprodução/
GREGG NEWTON/ Getty Images Embed)


Resultado das eleições americanas

Donald Trump, do Partido Republicano, venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos e conquistou seu segundo mandato como presidente. Ele obteve 277 delegados no Colégio Eleitoral, superando a democrata Kamala Harris, conforme as projeções de diversos meios de comunicação. A vitória foi garantida após Trump conquistar o estado de Wisconsin.

Apesar da derrota, Kamala liderou em estados como Nova York, Califórnia, Illinois (onde fica Chicago) e pequenos estados do nordeste do país, como Massachussets, Nova Jersey e Maryland. Além de vencer também na Virgínia.

Modelo americano de votação

A eleição presidencial dos Estados Unidos é indireta, realizada por meio do Colégio Eleitoral. Os eleitores não votam diretamente no presidente, mas escolhem delegados, que são responsáveis por eleger o presidente. Cada estado tem um número de delegados proporcional à sua população, e o candidato que obtiver a maioria desses delegados vence. Para garantir a eleição, é necessário atingir 270 votos eleitorais. Esse sistema foi estabelecido para equilibrar o poder entre estados grandes e pequenos.