Quando o esporte vira resistência: atletas que desafiam o racismo

A relação entre esporte e ativismo racial está longe de ser superficial: ela atravessa décadas e contextos geográficos distintos, mostrando que os gramados, ringues, pistas e torcedores podem servir como arenas poderosas para reivindicar igualdade. Para marcar o Dia da Consciência Negra, é fundamental revisitar trajetórias de esportistas que desafiaram preconceitos não apenas com talento, mas com coragem política.

Desde os primórdios do atletismo até os tempos modernos, esses atletas provaram que vencer uma prova ou erguer um troféu é apenas parte de sua missão, o gesto, a mensagem e a repercussão social que acompanham o sucesso também importam. Muitos deles foram pioneiros, abrindo espaço para vozes negras e colocando em xeque estruturas preconceituosas dentro e fora do esporte.

Lutando no pódio e nos bastidores

Um dos episódios mais emblemáticos de protesto racial no esporte ocorreu durante as Olimpíadas de 1968, quando Tommie Smith e John Carlos ergueram o punho fechado no pódio. Descalços e usando símbolos que denunciavam a opressão, eles transformaram seu momento de glória em ato político, e, mesmo após a expulsão dos Jogos, seu gesto se tornou parte indelével do movimento pelos direitos civis.

Na Fórmula 1, Lewis Hamilton quebrou barreiras ao se tornar o primeiro piloto negro na categoria. Mas sua voz vai além das pistas: ele ajoelha antes das corridas, veste camisetas antirracistas e luta por diversidade institucional na própria competição que conquistou tantas vezes. Seu ativismo mostra que vencer após a bandeirada também pode significar avançar na luta por justiça social.

Resistência e identidade no ringue e nas quadras

No boxe, Muhammad Ali se destacou não apenas por sua técnica inflamável, mas por se recusar a lutar na Guerra do Vietnã por motivos de consciência, denunciando a desigualdade que sofria a população negra nos Estados Unidos. Sua carreira ficou marcada pela fusão entre esportividade e ativismo, ele não aceitava ser apenas um campeão, mas um símbolo vivo de mudança.

Já Serena Williams, no tênis, enfrentou uma barreira dupla: o racismo e o sexismo. Ela tornou público o que muitos tentavam esconder, denunciando episódios de discriminação dentro e fora das quadras. Sua postura firme e seus sucessos avassaladores ajudaram a inspirar uma nova geração de mulheres negras no esporte, mostrando que talento e resistência caminham lado a lado.


Eric Faria comenta sobre casos de racismo com o jogador Vini Jr. (Foto: reprodução/X/@futebol_info)


Vozes contemporâneas e desafios ainda presentes

O ativismo negro no esporte não é coisa do passado, ele se renova em figuras modernas. O quarterback Colin Kaepernick ficou mundialmente conhecido ao se ajoelhar durante o hino nacional dos EUA, em protesto contra a violência policial e o racismo sistêmico. O gesto custou caro à sua carreira na NFL, mas seu impacto reverbera até hoje como símbolo de luta pacífica e corajosa.

No futebol, o brasileiro Vinícius Júnior vem enfrentando ataques racistas desde que chegou à Europa. Ele tem denunciado publicamente essas agressões, provocando debates sobre a posição de clubes, ligas e governos diante do preconceito. A visibilidade e a recusa em se calar fazem dele uma referência contemporânea na luta contra o racismo no esporte.

No Brasil, a trajetória de Reinaldo, ídolo do Atlético-MG durante a ditadura militar, também merece destaque. Ele celebrava gols com o punho cerrado, gesto que remetia à luta dos Panteras Negras, uma provocação simbólica que deixava claro que sua arte no campo também era um protesto político.

Por fim, Aída dos Santos, atleta de salto em altura, superou insultos racistas, falta de estrutura e desigualdade para se tornar a primeira mulher negra do Brasil a disputar uma final olímpica. Sua perseverança evidenciou as barreiras históricas enfrentadas por mulheres negras no esporte e reafirmou a importância do acesso e da representatividade.

Joeliton e Bruno Guimarãs vivem momento tenso em avião

A Seleção Brasileira enfrentou um incidente inesperado durante o voo que levava parte do grupo para a Coreia do Sul, adiando sua chegada ao país asiático. Os atletas Joeliton e Bruno Guimarãs, que atuam no Newcastle passaram por momentos de tensão dentro da aeronave, o que obrigou a equipe técnica e a comissão de voo a alterar cronogramas e garantir segurança total antes de prosseguir. O episódio gerou apreensão em ambos.

O incidente a bordo

Fontes próximas confirmam que, enquanto ainda estavam em voo, os jogadores sentiram instabilidade e houve necessidade de comunicação imediata com a tripulação. A situação resultou em rota de contingência e ajustes no plano de voo, provocando atraso no desembarque programado. Apesar do susto, nem Joelitou nem Bruno Guimarães apresentaram ferimentos ou complicações médicas. Após o pouso, eles foram avaliados por médicos da comissão do time para assegurar que estivessem em boas condições físicas para os compromissos que se aproximam.

A mudança repentina resultou em transtornos para a logística da delegação. Equipamentos, cronogramas de treinos e recepção local precisaram ser adaptados para recepcioná-los num horário diferente do previsto. A comissão técnica, por sua vez, destacou que a prioridade foi sempre preservar a integridade dos atletas e tomar decisões com cautela diante do imprevisto.


Se preparando para amistosos, Brasil sofre problemas com avião (Foto: reprodução/Rafael Ribeiro/CBF)

Consequências e foco no jogo

Em meio ao imprevisto, o foco da Seleção agora retorna ao futebol. A chegada atrasada à Coreia dois dois atletas pode alterar o tempo de adaptação dos jogadores ao clima, ao fuso e aos gramados locais, fatores que já representam desafios em um amistoso internacional. O adversário aguarda com atenção, e qualquer desgaste extra pode influenciar no rendimento.

A expectativa é que, mesmo com o atraso, o time esteja preparado para competir e cumprir o planejamento técnico que já vinha sendo desenhado. Os atletas devem retomar treinos táticos e físicos assim que acomodados, com ênfase na recuperação física e na mentalização para enfrentar a partida.

Embora o episódio tenha gerado apreensão, ele também reforça que a rotina de seleções em deslocamentos internacionais está sujeita a imponderáveis. A capacidade de reagir com equilíbrio diante de imprevistos faz parte dos bastidores do futebol de alto nível e o Brasil terá que mostrar que está pronto para superar esse pequeno contratempo e seguir com foco total no confronto vindouro.

Neymar e atletas brasileiros exigem fim dos gramados sintéticos

O assunto dos gramados sintéticos em alguns estádios brasileiros rendeu mais um capítulo. Nesta terça-feira (18), vários atletas foram às redes sociais para protestar contra esse tipo de solo, que é cada vez mais utilizado no país.

Jogadores como Neymar, Thiago Silva, Bruno Henrique, Philippe Coutinho, Gabigol, entre outros foram os primeiros a compartilhar o texto nas redes sociais, expressando sua preocupação com a qualidade do futebol no Brasil, por conta da utilização dos gramados sintéticos, que comprometem a integridade física dos jogadores.

Na postagem, os atletas criticam o caminho que o futebol brasileiro está seguindo e pedem que os jogadores sejam mais ouvidos em decisões que afetam o esporte. A publicação destaca a frase: “Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético“, reforçando o apelo para se preservar as condições ideais para a prática do esporte.


Jogadores pedem o fim do gramado sintético no Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@neymarjr)

Regra permite uso do gramado sintético

Embora os atletas se mostrem contra os campos sintéticos, o regulamento da CBF permite o uso desse tipo de gramado no Brasil. No ano passado, os clubes aprovaram algumas mudanças nas regras de utilização da grama sintética.

Agora, as equipes que jogam em estádios com campos artificiais são obrigadas a permitir que o time visitante realize um treino no local, caso eles queiram, um dia antes da partida, medida que se aplica apenas ao Campeonato Brasileiro, e não a outras competições organizadas pela CBF. 

Atualmente, diversos estádios de grande nome no país, como o Allianz Parque, do Palmeiras, o Nilton Santos, do Botafogo, a Arena MRV, do Atlético-MG, além do Pacaembu, estádio municipal em São Paulo, aderiram ao sintético. 

Manifestações fora do virtual

Além das manifestações nas redes sociais, o movimento contra os gramados artificiais ganhou mais visibilidade no último fim de semana, quando Lucas Moura e Oscar, ambos titulares do São Paulo e grandes defensores da causa, pediram para não atuar no clássico contra o Palmeiras devido ao gramado sintético do Allianz Parque. No confronto, ambos entraram apenas no segundo tempo e jogaram por apenas alguns minutos, como forma de protesto contra o terreno artificial.

Velório coletivo das vítimas de acidente na BR-376 acontece nesta terça em Pelotas

O velório coletivo das nove vítimas do acidente ocorrido na BR-376, em Guaratuba–PR, será realizado nesta terça-feira (22) em Pelotas, na Região Sul do Rio Grande do Sul. O acidente, que tirou a vida de sete jovens atletas, o coordenador da equipe e o motorista da van, aconteceu na noite de domingo (20). A cerimônia de despedida será no clube Centro Português 1º dezembro, mas o horário ainda não foi confirmado.

Corpos serão transportados pela FAB

A Força Aérea Brasileira (FAB), em conjunto com o Ministério do Esporte, organizou o transporte dos corpos. Um avião C-105 Amazonas, do Esquadrão Arara, será utilizado para o traslado e deve pousar em Pelotas no início da tarde. O grupo retornava de São Paulo, onde participou de uma competição de remo, quando o acidente aconteceu.

As vítimas faziam parte do projeto “Remar para o Futuro”, uma iniciativa que incentivava o esporte na cidade de Pelotas. O projeto era realizado em parceria com o clube Centro Português e a Academia de Remo Tissot, contando com o apoio da Prefeitura de Pelotas e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).


Vítimas do acidente (Foto: reprodução/Paraná Urgente)

Sobreviventes e investigações

Duas pessoas sobreviveram ao acidente: o atleta João Pedro Milgarejo, de 17 anos, e o motorista do caminhão envolvido na colisão. Ambos já receberam alta hospitalar. A Polícia Civil do Paraná investiga a possibilidade de falha nos freios do caminhão que tombou sobre a van. O motorista do caminhão, um homem de 30 anos, será ouvido nos próximos dias.

Manifestações de pesar

Diversas autoridades lamentaram o ocorrido, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Eduardo Leite e a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, que decretou luto oficial de sete dias. Além deles, o ministro do Esporte, André Fufuca, destacou que quatro das vítimas eram beneficiárias do programa Bolsa Atleta.

Embaixada da França nega que triatletas ficaram doentes após nadarem no rio Sena

Depois de relatos sobre triatletas que supostamente adoeceram após nadar no rio Sena, a Embaixada da França no Brasil recorreu às redes sociais para desmentir qualquer vínculo entre as doenças e o contato com a água.

No último domingo (4), a CNN Internacional relatou que a Bélgica decidiu não participar da prova de triatlo de revezamento misto nas Olimpíadas de Paris, depois que a atleta Claire Michel adoeceu após nadar no Sena. Além do relato de Claire, o triatleta suíço Adrien Brifford também ficou de fora da competição após contrair uma infecção gastrointestinal.

Pronunciamento da embaixada Francesa

“Hoje de manhã, a própria triatleta belga Claire Michel desmentiu em suas redes sociais a informação de que ela teria sido infectada pela bactéria E. Coli.

Seus exames de sangue revelaram que ela foi vítima de um vírus, desmentindo assim os rumores de que a água do Sena teria sido a causa de sua doença.

Além disso, o Comitê Olímpico e Interfederal da Bélgica emitiu um comunicado à imprensa esclarecendo o estado de saúde da atleta Claire Michel, e corrigindo informações errôneas publicadas anteriormente na imprensa e nas redes sociais. A decisão de manter as provas de triatlo em 31 de julho foi tomada após o aval da federação internacional de triatlo, World Triathlon, que emitiu seu parecer com base nos testes de verificação da qualidade da água, cujos resultados foram considerados conformes.

As análises mostraram níveis de E.Coli bem abaixo do limite estabelecido pelas federações esportivas (entre 192 e 308 UFC/ml vs. 1.000 UFC/ml)”, publicou a embaixada Francesa em suas redes sociais.

O caso de Claire


Foto da triatleta Claire Michael. (Foto: reprodução/ Instagram/@clairemicheltri)

O ocorrido chamou a atenção principalmente devido às proporções. Ela havia nadado no Rio Sena poucos dias antes de ficar doente, e a qualidade da água do rio tem sido motivo de discussão desde antes dos Jogos. A prefeita de Paris chegou a nadar no Sena como uma forma de demonstrar que a água estava em boas condições.

A Fazenda 16 mostra interesse em colocar atletas rivais na nova edição do reality

As expectativas para a nova edição de “A Fazenda” estão intensas como uma boa partida entre modalidades olímpicas. Com a data de estreia se aproximando, o programa continua mais incisivo quanto suas escolhas para o novo elenco e o foco da vez são atletas.

Atletas Olímpicos

Em ano de Olímpiada é quase impossível não ser altamente influenciado pela alegria e anseio que a competição acontecida em diversos esportes podem acarretar e isso não é diferente para realities shows, especialmente quando o interesse em conhecer mais de atletas se torna algo bastante querido pela população.

Essa foi uma expectativa percebida pela Record TV, que, de acordo com Fábia Oliveira do Metrópoles, está sondando alguns atletas para complementar o elenco da Fazenda 16. A ideia não chega ser bem uma novidade, considerando a participação da medalhista olímpica Márcia Fu na última edição. A possibilidade seria da emissora se dispor em colocar peões rivais para protagonizar a nova temporada, já acontecida em edições passadas.

Ainda segundo Fábia Oliveira, a Record está de olho no ginasta Ângelo Assumpção e ainda sonda outro atleta da mesma modalidade com a intenção de “colocar fogo no feno”. A segunda opção pode se tratar de Diego Hypólito, este que já teria passado por entrevista. Os dois atletas são ligados para além da ginástica e sim, por um acontecimento infeliz envolvendo outro ginasta. Hypólito é amigo de Arthur Nory, acusado de cometer racismo contra Ângelo Assumpção.

Recentemente nas redes sociais, Ângelo se pronunciou sobre Arthur Nory apesar de não citá-lo diretamente: “Recebo várias mensagens de vocês, que gostaria de me ver competindo nas Olimpíadas. Era um sonho que compartilhava com todos vocês, mas pessoa como eu ‘terá seu sonho ceifado’. Quem denuncia racismo, principalmente com uma instituição tão grande, será silenciado e desligado de quaisquer possibilidades de voltar a representar este país.”


Ginasta brasileiro Ângelo Assumpção (Foto: reprodução/ Esporte Clube Pinheiros)

Ângelo ainda declarou sua motivação para não acompanhar a atual Olimpíada: “Enquanto estiver uma pessoa na seleção masculina que me faz passar por um dos momentos mais difíceis publicamente, não irei torcer e muito menos acompanhar. É sobre preservar o mínimo da minha saúde mental, que quase acabou comigo anos atrás. Não gostaria de falar neste lugar de dor, mas infelizmente são minhas últimas experiências na ginástica.”

Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos estão acontecendo na cidade de Paris, na França. Em uma semana intensa e emocionante de jogos e combates, o Brasil já conquistou cerca de cinco medalhas sendo duas de Prata e três de Bronze.

A primeira medalha veio através do judô, com o judoca William Lima, vencedor da medalha de prata na categoria de até 66kg, após ser derrotado pelo japonês Abe Hifumi. O Brasil voltou a uma final do judô masculino pela primeira vez desde Sydney 2000. A segunda medalha, também no judô, veio por meio da judoca Larissa Pimenta que conquistou o bronze olímpico na categoria -52kg.

A terceira medalha conquista veio responsável por Rayssa Leal, a “fadinha” da população brasileira. Aos 16 anos, Rayssa consagrou a medalha de bronze e se tornou a segunda atleta a conquistar medalhas em edições consecutivas dos Jogos Olímpicos com menos de 24 anos. A quarta medalha foi conquistada pela ginástica artística, que, pela primeira vez, deu ao Brasil uma medalha na disputa por equipes. O time composto por Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira ficou com o bronze.

Finalizando a contagem de medalhas até então, a quinta medalha veio na madrugada desta quinta-feira (1), por meio da marcha atlética 20 km. Caio Bonfim foi responsável por trazer a segunda prata, medalha inédita para o Brasil nesta modalidade.

Brilho e pedrinhas se destacam na beleza das atletas brasileiras nas olimpíadas de Paris

As olimpíadas de Paris 2024 vem acontecendo desde a cerimônia de abertura na última sexta-feira (26). E as atletas brasileiras da ginástica artística são as que mais se destacam na probabilidade de trazer o ouro para o Brasil. Mas não somente saltos e manobras contam e se destacam na performance das atletas. Os looks e especificamente as maquiagens usadas pelas ginastas são um detalhe interessante que se destacam. E além dos uniformes cheios de pedrinhas, o glitter e pedrinhas brilhantes coladas na maquiagem também se sobressaem no visual das atletas brasileiras. Confira a seguir algumas das características da beleza das representantes da ginástica brasileira.

Muito brilho e strass

Um dos assuntos mais comentados em relação à maquiagem foi o característico delineado usando as cores da bandeira do Brasil que várias das atletas incluindo a medalhista em Tóquio Rebeca Andrade. Com a ajuda de delineadores de glitter, criando delineado duplo e vazado, fazendo um degradê entre dourado, verde e azul. As pedrinhas de strass coladas nos olhos também é um dos elementos de destaque para compor o visual das atletas. 


Maquiagem das atletas do Brasil chama a atenção pelo uso de glitter e brilho (Foto: reprodução/Instagram/@cbginastica)

Sem regras para a make

O esporte é um dos mais aguardados quando o assunto é maquiagem, tendo em vista que até mesmo de acordo com o regulamento, não existem regras para as makes das atletas ao competir, mesmo que existam diversas regras para outros aspectos do visual das atletas. De acordo com o livro de regras que foi criado pelo comitê americano de ginástica, as ginastas precisam somente se apresentar com o cabelo preso, sem cobrir o rosto para não obstruir a visão e também não podem usar esmaltes em cores fortes para não distrair os juízes. Piercings também não são permitidos, somente brincos (um em cada orelha). 

Brasil sofre baixa na estreia do vôlei masculino na Olimpíada de Paris

O início da campanha olímpica do vôlei masculino brasileiro nas Olimpíadas de Paris 2024 já começa com um desafio inesperado. O oposto Alan sofreu uma lesão na panturrilha esquerda e estará fora da estreia do Brasil contra a Itália, marcada para este sábado, 27 de julho, às 8h (horário de Brasília). Em seu lugar, o técnico Bernardinho convocou Honorato, o 13º jogador da lista inicial.

A notícia da lesão do atleta veio como um balde de água fria para a equipe, que vinha se preparando intensamente para a competição. O jogador, que é uma peça-chave no ataque brasileiro, será reavaliado ao longo do torneio, mas sua ausência inicial já representa uma perda significativa. A expectativa é que Honorato, apesar de menos experiente, consiga suprir essa lacuna e contribuir para um bom desempenho na estreia.


Alan foi substituído nas Olimpíadas de 2024 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/PABLO VERA)


Substituição de emergência e reavaliação médica

Alan, que já vinha sentindo dores durante a semana, foi poupado do treino da última quarta-feira. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) agiu rapidamente, enviando os exames do jogador para a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), permitindo a substituição emergencial por Honorato. Mesmo com essa mudança, o departamento médico da seleção brasileira mantém otimismo quanto à recuperação de Alan, descartando a possibilidade de cortá-lo definitivamente das Olimpíadas.

Honorato, que estava à disposição como o 13º jogador, agora terá a oportunidade de integrar a equipe principal. Ele se junta ao time para enfrentar a Itália, uma das seleções mais fortes do torneio.

Desafios adicionais e expectativas

Além da lesão de Alan, o ponteiro Leal também gerou preocupação ao sofrer uma torção no tornozelo durante uma sessão de treinos. Contudo, após ser avaliado e participar dos treinos subsequentes sem dores, Leal foi liberado e está confirmado para a estreia. A seleção brasileira, que já conquistou seis medalhas olímpicas no vôlei masculino, busca superar um desempenho abaixo do esperado na Liga das Nações e almeja adicionar mais uma medalha à sua coleção.

Com a ausência temporária de Alan e a incerteza inicial sobre Leal, o Brasil entrará em quadra contra a Itália para mostrar a determinação da equipe. A estreia marcará o início de mais uma jornada olímpica em busca do ouro, contando com o apoio e a torcida dos brasileiros.

Grindr: aplicativo para a comunidade LGBTQIAP+, bloqueia funções na Vila Olímpica

O começo desta semana foi marcado pela chegada dos atletas na Vila Olímpica em Paris, contudo, um acontecimento inusitado se mesclou com o episódio e chamou a atenção: o bloqueio de algumas funções do aplicativo Grindr, especialmente na área localizada aos arredores da Vila Olímpica.

Novo funcionamento do Grindr

No início desta semana, o relato de vários usuários do X, antigo Twitter, revelou que o aplicativo voltado para a comunidade LGBTQIAP+, Grindr, apresentou bloqueio e novas funções que causaram certa curiosidade e polêmica.


Postagem de um dos usuários do Grindr em outra rede social após a mudança do funcionamento do App (foto: reprodução/X/ @LouisPisano)


O aplicativo tornou indisponível a possibilidade de explorar a localização de outros usuários pelo mapa, principalmente na Vila Olímpica e seus arredores, além de bloquear a opção de ver quem está usando o aplicativo dentro do lugar. Fora estas alternativas, outros controles foram anunciados e disponibilizados para os usuários como o envio de mensagens ilimitadas que podem desaparecer ou ser canceladas após envio independente do plano do indivíduo. A desativação de capturas de tela para imagens de perfil, mídia e bate-papo também fazem parte das novas regras de funcionamento, além da também desativação de vídeos privados destinado à Vila. Recursos de denúncia de bate-papos recentes agora fazem parte das funções juntamente com outros recursos de segurança.

Justificativa da plataforma

Toda a nova estratégia de segurança se deu em prevenção a possíveis exposições criminosas para atletas e usuários comuns, especialmente após um famoso caso acontecido nas Olímpiadas do Rio em 2016, quando um jornalista britânico usou do aplicativo para escrever um artigo expondo os atletas homossexuais. Outras prevenções já tinham sido tomadas após o grande caso, como a desabilitação de recursos baseado em localização dentro da Vila Olímpica das Olimpíadas de Inverno de Pequim em 2022.

Em declaração no site, o Grindr justificou: “Se um atleta não for assumido ou vier de um país onde ser LGBTQ+ é perigoso ou ilegal, usar o Grindr pode colocá-lo em risco de ser exposto por indivíduos curiosos que podem tentar identificá-lo e expô-lo no aplicativo” .

Por mais que haja tais restrições, os atletas ainda podem usar o aplicativo normalmente, inclusive entrando em contato com outros usuários próximos. A plataforma ainda salientou que esta foi uma maneira segura de garantir que atletas da comunidade pudessem se conectar com outras pessoas de forma autêntica e sem se preocupar com olhares curiosos ou atenção indesejada.

Grindr bloqueia funções do aplicativo para atletas na Vila Olímpica

Juntamente a chegada de atletas na Vila Olímpica em Paris para os Jogos Olímpicos de 2024, veio também uma chuva de relatos de diversos usuários do Grindr, um aplicativo de relacionamento direcionada à comunidade LGBTQIA+, apresentava algumas funções bloqueadas, e isso chamou atenção de alguns usuários do X. 


Louis Pisano mostra o bloqueio do Grindr na Vila Olímpica em Paris (Foto: reprodução/g1/X/@louispisano)

O aplicativo conta com uma funcionalidade que permite que seus usuários explorem outros usuários do app por perto através de um mapa. Esse mapa é o que não está funcionando nas proximidades do alojamento dos atletas.

Posicionamento do Grindr

Em entrevista ao g1, a empresa confirmou a medida que causou muita discussão nas redes sociais e explicou em seu próprio site o porquê da medida tomada. Um dos principais motivos que o aplicativo deu ênfase é na privacidade dos atletas olímpicos. 

“Caso um atleta não seja assumido, ou ainda se ele pertencer a um país onde é ilegal ou perigoso ser LGBTQIA+, a utilização do aplicativo coloca o atleta em risco de ser exposto a seu país por indivíduos curiosos que pretendem identificar atletas e expô-los por estarem no Grindr” justificou a empresa.

Histórico de polêmicas

A medida tomada tem justificativa já que, em 2016, durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, um artigo escrito por um jornalista britânico expunha os atletas LGBTQIA+. Nico Hines é o jornalista responsável e ele se utilizou de aplicativos de encontros justamente para encontrar e identificar atletas da Vila Olímpica que não eram heterossexuais. 

Já em 2022, durante as Olimpíadas de Inverno em Pequim, o Grindr optou por desabilitar recursos do aplicativo baseados em localização para quem estivesse dentro da Vila Olímpica e demais locais esportivos onde as disputas seriam feitas. 


https://inmagazineig2.websiteseguro.com/wp-content/uploads/2024/07/gif-grindr.mp4
Usuário demonstra bloqueio de Grindr nas ferramentas de busca (Vídeo: reprodução/X)

Funcionalidades do aplicativo

Os recursos “Explorar” e “Roaming” do aplicativo estão desabilitados para quem está na Vila Olímpica, bem como a funcionalidade “mostrar distância”. Entretanto, ainda é possível para os usuários compartilhar sua distância aproximada caso decidam ativá-la. 

O Grindr incluiu para esses atletas mais controle de privacidade como: mensagens que aparecem, cancelamento do envio de mensagens, desativação de capturas de tela (prints) para as fotos de perfil e mídias no bate-papo, e acesso ao recurso de denúncia de um bate-papo recente.