Na noite desta terça-feira (30), o Atlético-MG recebeu o Juventude na Arena MRV pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro e não conseguiu transformar a superioridade em gols. O empate sem gols manteve o time alvinegro em uma situação intermediária na tabela, enquanto o adversário gaúcho segue lutando diretamente contra o rebaixamento.
Com o resultado, o Galo chegou aos 29 pontos e subiu provisoriamente para a 13ª colocação, ultrapassando o Corinthians. A equipe, no entanto, ainda se vê distante da briga por vagas no G-6 — são 11 pontos de diferença — e com apenas seis pontos de vantagem em relação à zona de rebaixamento. Já o Juventude permaneceu na 17ª posição, com 23 pontos, quatro atrás do Santos, primeiro time fora da zona, mas ainda pode ser ultrapassado por Vitória e Fortaleza no complemento da rodada.
Domínio atleticano, mas sem eficiência
O Atlético-MG iniciou a partida com forte ímpeto ofensivo. Logo no começo, Rony apareceu como protagonista e quase abriu o placar ao cabecear na trave após cobrança de falta de Gustavo Scarpa. O lance animou a torcida na Arena MRV, mas também mostrou o enredo da noite: pressão alvinegra e chances desperdiçadas.
A equipe mineira manteve a posse de bola e controlou o meio de campo, mas esbarrava na organização defensiva do Juventude. A única finalização da equipe gaúcha no primeiro tempo saiu dos pés de Ênio, em chute fraco que não levou perigo ao goleiro Gabriel Delfim.
O Galo, por sua vez, seguiu insistindo com Rony. Em uma tabela com Bernard, o atacante recebeu dentro da área, mas concluiu para fora. O atacante, que não balança as redes desde 1º de junho, ampliou o jejum para 22 partidas oficiais.
Na volta do intervalo, o cenário não mudou. Logo no início, Biel arrancou pela esquerda e cruzou para Rony, que pegou de primeira, de voleio, e acertou o travessão. Pouco depois, o atacante voltou a desperdiçar chance clara ao receber na área, girar sobre a marcação e chutar para fora.
Scarpa também levou perigo em cobrança de falta rente ao travessão, enquanto Caio Paulista quase marcou após assistência do meia, mas foi travado pela zaga.
Do outro lado, o Juventude pouco ameaçava. O time gaúcho se limitava a se defender e só voltou a finalizar em um cabeceio de Matheus Babi por cima do gol. Foi a última tentativa antes de se fechar ainda mais em busca de um ponto fora de casa.
Pressão até o fim e jejum que incomoda
Nos minutos finais, o Atlético-MG intensificou a pressão. Rony ainda teve outra oportunidade dentro da área, girando e finalizando cruzado, mas Jandrei fez boa defesa e garantiu o empate para o Juventude.
O apito final trouxe um misto de frustração e preocupação para a torcida atleticana. Embora o time tenha mostrado volume de jogo e criado diversas oportunidades, a falta de precisão nas conclusões voltou a ser um problema.
O atacante Rony, apesar de ser o mais acionado e de protagonizar os principais lances, acabou simbolizando o drama do Galo: muita entrega, presença ofensiva, mas nenhum gol. O jejum de 22 jogos começa a pesar não apenas nas estatísticas individuais, mas também no desempenho coletivo, já que o Atlético tem deixado escapar pontos preciosos em partidas nas quais é claramente superior.
Próximos compromissos
O Atlético-MG volta a campo no sábado (4), às 18h30, contra o Fluminense no Maracanã. O duelo promete ser complicado, já que o Tricolor carioca também busca recuperação no campeonato.
O Juventude, por sua vez, encara o Fortaleza no domingo (5), também às 18h30, no estádio Alfredo Jaconi. O confronto é direto na luta contra a queda, já que os gaúchos precisam desesperadamente somar pontos para evitar o retorno à Série B.
Com 12 rodadas ainda pela frente, o Galo tenta reencontrar o caminho das vitórias e mirar novamente o pelotão de cima, enquanto o Juventude segue em alerta máximo para escapar da zona de rebaixamento.
