Fortuna do criador do Labubu despenca após queda nas vendas

Wang Ning, fundador da Pop Mart, perdeu quase US$ 6 bilhões desde o final de agosto, após o lançamento da nova coleção Labubu 4.0, que não atendeu às expectativas dos consumidores chineses. A queda na procura pelos brinquedos afetou diretamente o valor das ações da empresa, que recuaram mais de 20% na Bolsa de Hong Kong. O movimento reacendeu o alerta entre investidores e reposicionou Ning no ranking de bilionários do país, após meses de ascensão impulsionada pelo sucesso da boneca viral.

Queda repentina após pico de sucesso

A série Labubu 4.0 chegou às lojas chinesas no fim de agosto, cercada por altas expectativas. A nova coleção trazia 28 variações do coelho em miniatura, cada um vendido por cerca de 79 yuans. Embora os modelos esgotassem em minutos nas primeiras edições, desta vez a demanda esfriou rapidamente. O preço médio de revenda caiu mais de 14%, segundo plataformas como a Dewu, frustrando colecionadores e acendendo o alerta no mercado.


Boneco Labubu (Foto: reprodução/Edward Berthelot/Getty Images Embed)


Ao perceberem a desaceleração, investidores correram para se desfazer das ações da Pop Mart. O resultado foi uma queda acumulada de mais de 20% em menos de um mês. Wang Ning, que chegou a superar Jack Ma na lista de bilionários, viu seu patrimônio desvalorizar para US$ 21,6 bilhões.

Analistas veem impacto de produção e saturação

Segundo especialistas, o recuo não é apenas reflexo de uma edição menos atraente. O aumento no volume de produção reduziu a exclusividade dos bonecos e, com isso, a atratividade dos colecionadores. A estratégia da empresa de tornar os produtos mais acessíveis para o público geral pode ter gerado efeito reverso: saturação e perda de valor percebido.

Além disso, a análise do JPMorgan reforçou o cenário cauteloso ao rebaixar a recomendação de compra das ações da Pop Mart. Para analistas em Hong Kong e Singapura, o ajuste nos preços pode durar meses, até que o mercado reencontre equilíbrio e a empresa revele novidades mais promissoras.

Apesar do revés, a Pop Mart ainda acumula alta expressiva no ano e mantém projeções ambiciosas. O futuro da marca, no entanto, depende da capacidade de renovar o entusiasmo dos consumidores, algo que nem sempre é simples em um mercado volátil e guiado por tendências digitais.

B3 faz parceria com bolsas de valores chinesas com objetivo de ampliar acesso a ETFs internacionais

A B3 publicou, na quinta-feira (27), que assinou Memorandos de Entendimento com bolsas de valores chinesas para trazer uma conexão de ETFs entre os dois países, com o programa ETF Connect. Esta ação serve como um grande passo no mercado de investimentos brasileiro e do resto do mundo, pois gera uma conexão com um mercado muito forte, sendo o da China.

A parceria

Nesta quinta-feira (27), a B3, uma bolsa de valores brasileira, divulgou que assinou MoUs (Memorandos de Entendimento) com duas bolsas de valores na China. Elas são a Shanghai Stock Exchange – SSE, de Xangai e a Shenzhen Stock Exchange – SZSE, de Shenzhen. Esta ação foi feita visando permitir uma conectividade de ETFs (Exchange-traded fund) entre as duas nações, e isso será feito por meio do programa ETF Connect. Essa nova possibilidade permitirá uma ampliação de oportunidades de investimento, através dos ETFs em conjunto do Brasil e a China.


Logo e nome da Shenzhen Stock Exchange, em seu prédio, na China (Foto: reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)


Essa modalidade foi viabilizada por meio dos memorandos, assinados no ano passado, entre a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a CSRC (Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China). A China possui 18 ETFs lançados em outras parcerias realizadas com outros países do mercado asiático, como Japão, Singapura e Hong Kong, portanto, o Brasil é o primeiro país de fora do continente a fazer esse acordo.

O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, ainda afirmou que o reforço da atuação de bolsa do Brasil, serve como uma ponte entre o mercado da América Latina e da Ásia, pois oferece alternativas de diversificação internacional, para investidores institucionais e pessoas físicas.


Celular com o indicador de estoque de Xangai (Foto: reprodução/Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


O que será feito

Para que a funcionalidade dos processos seja melhor, gestoras dos dois países irão trabalhar em conjunto para a fazer a listagem dos novos ETFs. Até agora, a Bradesco Asset Management e a Itaú Asset Management estão realizando negociações com suas contrapartes da China para viabilizar participação no programa.

Ricardo Eleuterio, diretor da Bradesco Asset Management, diz que esse projeto serve para aumentar a atratividade do mercado de capitais brasileiro e também para aumentar a presença internacional, abrindo espaço para novos investidores e negócios de longo prazo.

Vamos conectar investidores de dois países que ocupam papéis relevantes no cenário global e com mercados de capitais com características complementares”, adicionou Carlos Augusto Salamonde, head da Global Investment Management do Itaú Unibanco.

O ETF Connect também serviu para que o Brasil e a China pudessem ter uma maior cooperação em finanças, o que foi decidido pelos governos, segundo um comunicado emitido pelos presidentes de ambos os países, em 20 de novembro de 2024.

Disney mira crescimento de dois dígitos até 2027 com forte desempenho no entretenimento

No último trimestre, a Walt Disney alcançou lucros acima do esperado, impulsionada pelo sucesso dos seus serviços de streaming e pelos lançamentos de filmes desse ano. Com essas boas notícias para os próximos anos, o mercado ficou animado, levando as ações da empresa a subirem 10,2% nesta quinta-feira (14), alcançando a marca de US$ 113,17, o maior valor em seis meses.

Streaming e cinema lideram os ganhos

Os serviços de streaming da empresa, o Disney+, Hulu e ESPN tiveram um lucro juntos de US$ 321 milhões no trimestre, marcando o segundo período seguido que o streaming tem resultados positivos. Além disso, o número de assinantes também subiu 4%, mostrando como os streamings da Disney se tornaram uma das peças-chave da empresa. A receita da área de streaming aumentou 15%, alcançando US$ 5,783 bilhões e representando quase um quarto de todo o dinheiro que a Disney ganha.

No cinema, o cenário foi ainda mais animador. Eles saíram de um prejuízo de US$ 149 milhões no mesmo período do ano passado para um lucro de US$ 316 milhões. Filmes como Divertida Mente 2 e Deadpool & Wolverine foram grandes responsáveis para essa reviravolta, com bilheterias enormes e críticas favoráveis, e o lucro pode aumentar ainda mais com o lançamento próximo de Moana 2.

O CEO da Disney, Bob Iger, falou que esses resultados mostram os esforços da empresa para superar os problemas dos últimos anos, dizendo que a Disney está começando a entrar em uma fase de crescimento mais estável e que estão se alinhando com as tendências do mercado daqui para frente.

Projeções otimistas para os próximos anos

A Disney está bastante confiante sobre os próximos anos, o que deixou os investidores super animados. A empresa anunciou que planeja recomprar ações no valor de US$ 3 bilhões, uma estratégia que costuma aumentar o valor das ações que continuam no mercado.

Para 2025, a Disney espera que os lucros continuem crescendo, mesmo com os altos investimentos, que devem chegar a US$ 8 bilhões. Para os anos seguintes, 2026 e 2027, a empresa aguarda um crescimento ainda maior, com os lucros subindo em dois dígitos. Isso deve acontecer por conta de projetos em parques temáticos, cruzeiros e pela expansão das plataformas de streaming.


O sucesso estrondoso de “Divertida Mente 2” e “Deadpool e Wolverine” impulsionou o lucro da empresa (Foto: reprodução/Disney)

Dificuldades nos parques e na TV tradicional

Nem todos os segmentos da Disney apresentaram resultados tão positivos. A divisão de parques internacionais registrou uma queda de 32% no lucro operacional, afetada pelos altos custos de construção e pela concorrência de eventos como as Olimpíadas de Paris. Nos Estados Unidos, no entanto, os parques conseguiram manter relativa estabilidade, graças a iniciativas para modernizar atrações e melhorar a experiência dos visitantes.

A televisão tradicional foi outro ponto de pressão, com uma queda de 38% no lucro operacional, prejudicada por custos elevados e pela redução da audiência. Apesar disso, os esforços para transformar o modelo de negócios, com maior foco no digital, têm ajudado a reduzir as perdas.

Recepção do mercado

Os resultados divulgados e a perspectiva otimista até 2027 foram bem recebidos por investidores e analistas. O relatório foi apontado como uma demonstração de que a Disney está consolidando um modelo de negócios mais previsível e menos dependente das redes de televisão a cabo.

A empresa segue reforçando sua posição como líder no mercado global de entretenimento, apesar de dificuldades pontuais, como alguns fracassos de bilheteria anteriores. Os avanços no streaming, cinema e parques temáticos indicam que a Disney está preparada para enfrentar os desafios do setor e continuar entregando valor aos acionistas nos próximos anos.

Investimentos no exterior: Como aproveitar a queda de juros nos EUA

A recente queda de juros nos Estados Unidos, que reduziu as taxas em 0,5 ponto percentual, trouxe um novo cenário para o mercado financeiro internacional. Com a taxa agora variando entre 4,75% e 5% ao ano, especialistas apontam que esse movimento pode impulsionar o crescimento econômico e criar novas oportunidades de investimento, principalmente no exterior.

Mas quais são os setores e ativos mais promissores nesse novo contexto? A renda variável, especialmente ações nas áreas de logística e tecnologia, tendem a ganhar força, enquanto os títulos de renda fixa ainda mantêm atratividade para investidores mais conservadores e cautelosos.

Melhores investimentos no exterior

Com a recente queda na taxa Selic, os investidores brasileiros estão buscando alternativas mais rentáveis para proteger e aumentar seu patrimônio. O corte dos juros afeta diretamente o rendimento dos investimentos tradicionais de renda fixa no Brasil, como o Tesouro Direto e os CDBs, o que está levando muitos brasileiros a olharem para o mercado internacional em busca de oportunidades mais atrativas. Entre as opções mais recomendadas, a diversificação em ações, ETFs (Fundo Negociado em Bolsa) e títulos estrangeiros tem ganhado destaque, especialmente em mercados maduros e estáveis como o dos Estados Unidos.

Na renda variável, empresas dos setores de tecnologia e transporte estão entre as mais recomendadas. Ações de gigantes como Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (Google), Nvidia e empresas de logística como Union Pacific e CSX Corporation são alternativas de grande potencial de crescimento. Além disso, ETFs que englobam uma variedade de empresas e setores, como o iShares SP500 (IVV) e o Vanguard Real Estate (VNQ), que investe em imóveis comerciais, também são opções que proporcionam exposição a múltiplos ativos com menores riscos individuais.

Para quem prefere a renda fixa, os títulos públicos norte-americanos, como os Treasury Bonds, são uma escolha segura, oferecendo retornos que podem chegar a 3,97% ao ano para títulos com vencimento em 12 meses. Já para investidores que buscam exposição à dívida corporativa, o ETF LQD é uma excelente opção, investindo em títulos de grandes corporações. Outras opções de ETFs de renda fixa incluem o ETF TLT, que investe em títulos de longo prazo da dívida pública dos EUA.


Maioria dos brasileiros tem dúvidas sobre como investir (Foto: reprodução/Halfpoint Images/Getty Images Embed)


Dúvidas dos brasileiros sobre investir no exterior

Apesar das oportunidades, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre como investir no exterior e quais são os melhores caminhos para começar. Um dos pontos mais levantados é o valor mínimo necessário para iniciar esse tipo de investimento. A boa notícia é que, ao contrário do que muitos pensam, não há um valor mínimo fixo. Ações podem ser adquiridas em frações, e para títulos públicos, os valores variam entre US$ 1.000 e US$ 5.000.

Outro ponto de questionamento é a escolha da plataforma correta para realizar esses investimentos. No Brasil, existem várias corretoras que facilitam o acesso ao mercado americano, como Avenue, Nomad, Inter, C6 e Webull Brasil. Essas plataformas oferecem a facilidade de operar em dólares e permitem que o investidor diversifique sua carteira com ativos internacionais de forma simples e prática.

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também surgem como uma alternativa para quem não quer sair da B3. Esses recibos simulam o desempenho de ações estrangeiras na bolsa brasileira, permitindo que o investidor participe de mercados internacionais sem precisar abrir uma conta fora do país.

Uma questão recorrente é: por que investir em dólar? A resposta é simples. O dólar é uma moeda estável e globalmente valorizada, além de ser uma forma eficaz de proteção contra a desvalorização do real e a volatilidade econômica do Brasil. Além disso, investir em ativos internacionais traz uma importante diversificação geográfica, protegendo o patrimônio contra riscos locais e permitindo uma exposição a mercados que, muitas vezes, apresentam maior estabilidade e crescimento.

Finalmente, a diversificação é uma das principais recomendações dos especialistas. Alocar recursos em diferentes ativos e mercados ajuda a diluir riscos e protege o patrimônio contra as flutuações econômicas locais. Seja através de ações, títulos ou ETFs, investir no exterior não só oferece rentabilidade potencialmente maior, como também proporciona uma proteção cambial e inflacionária, importante para o investidor brasileiro que busca preservar e aumentar seus rendimentos.

Magazine Luiza supera prejuízo e registra lucro de R$ 23,6 Milhões no 2º Trimestre

Nesta quinta-feira (8), a Magazine Luiza, uma das maiores varejistas do Brasil, divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 23,6 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 301,7 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

Desempenho financeiro

Este é o terceiro trimestre consecutivo em que a empresa apresenta lucro, refletindo uma forte recuperação em sua performance financeira. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado para o período foi de R$ 710,7 milhões, marcando um notável aumento de 61,6% em relação ao ano passado. Sem ajustes, o Ebitda subiu ainda mais, atingindo R$ 655 milhões, o que representa um crescimento impressionante de 130,7%.

A margem Ebitda também mostrou uma melhora significativa, atingindo 7,9%, com um aumento de 2,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Esses números destacam a capacidade da empresa em melhorar sua eficiência operacional e aumentar a rentabilidade.


Estoque da Magazine Luiza (Foto: Reprodução/Magazine Luiza)

Aumento das vendas

As vendas totais da companhia, que incluem tanto lojas físicas quanto e-commerce, cresceram 4% em relação ao ano passado, totalizando R$ 15 bilhões. Esse aumento é impulsionado por um crescimento de 14,2% nas lojas físicas e uma leve alta de 0,9% nas vendas online. Além disso, a receita líquida da empresa atingiu R$ 9,01 bilhões, representando um crescimento de 5,1% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

A Magazine Luiza também destacou uma geração de caixa operacional sólida, com um total de R$ 2,2 bilhões nos últimos 12 meses. A empresa terminou o trimestre com um saldo de caixa líquido de R$ 2 bilhões, o que reforça sua posição financeira robusta e sua capacidade de investimento para o futuro.

Pedro Serra, da Ativa Research, atribui a melhoria no lucro líquido da companhia à diluição das despesas financeiras. Segundo Serra, o desempenho das lojas físicas foi superior nas vendas, enquanto o e-commerce ainda enfrenta desafios devido à alta concorrência.

Observamos que, embora haja um avanço, a qualidade desse crescimento é questionável. O melhor desempenho está nos serviços, enquanto a venda de mercadorias continua pressionada pela competição”, afirma ele.

Nubank se torna o banco mais valioso da América Latina e desbanca o Itaú

Nesta terça-feira (28), o Nubank (ROXO34) fechou o pregão como o banco mais valioso da América Latina, com uma capitalização de mercado de US$ 58 bilhões, equivalente a R$ 299,2 bilhões pela cotação atual. A instituição desbancou o Itaú Unibanco (ITUB4), que encerrou o dia avaliado em US$ 56 bilhões, cerca de R$ 288,6 bilhões. Este marco representa a primeira vez em dois anos que o Nubank ultrapassa o Itaú no fechamento do mercado.

A valorização do Nubank reflete um aumento de 3,8% em suas ações, contrastando com a queda de 0,54% nas ações do Itaú. A fintech, que é negociada na Bolsa de Nova York (NYSE) e possui recibos de ações (BDRs) na B3, está em uma trajetória ascendente desde o início do ano passado.

Crescimento acelerado

A liderança do Nubank foi impulsionada por uma recuperação significativa desde o início do ano passado. Em março deste ano, já havia superado a Vale em valor de mercado na B3. A valorização das ações na Bolsa de Nova York, no entanto, foi o principal motor dessa ascensão. Em 2024, as ações da fintech acumularam uma alta de quase 47%, enquanto os BDRs registraram uma valorização de 51,45%.

O desempenho do Itaú, por outro lado, não acompanhou o mesmo ritmo. As ações do banco tradicional sofreram uma queda de pouco mais de 3% no acumulado do ano, apesar de lucros recordes. Essa diferença de desempenho destaca a volatilidade e o potencial de crescimento das fintechs em comparação com os bancos tradicionais.


Agência do Itaú (Representação/investnews)

Conquista histórica

Esta não é a primeira vez que o Nubank ultrapassa o Itaú em valor de mercado neste mês. Na última sexta-feira, já havia superado o Itaú durante o pregão, mas fechou o dia ligeiramente abaixo do rival. A última vez que o Nubank manteve a liderança ao final do pregão foi no início de 2022, pouco depois de seu IPO.

O mercado financeiro observa essa competição de perto, especialmente considerando que, no início de abril, as avaliações das instituições estavam quase empatadas. Analistas do BTG previam que o Nubank poderia se tornar o banco mais valioso da América Latina devido ao desempenho positivo de suas ações e as perspectivas de crescimento, especialmente no México.

Perspectivas futuras

A disputa entre Nubank e Itaú ilustra a crescente importância das fintechs no setor bancário. O Nubank, com sua abordagem digital e expansiva, atraiu uma base de clientes robusta e diversificada na América Latina. O banco adicionou 5,5 milhões de clientes no último trimestre, alcançando uma receita de US$ 2,7 bilhões. Com mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, o Nubank se tornou um nome proeminente nos mercados emergentes.


Prédio da Nubank (Representação/sejacriativo)

No entanto, os analistas alertam para a volatilidade das ações do Nubank. Embora o banco digital tenha mostrado um crescimento impressionante, suas ações tendem a ser mais voláteis em comparação com as dos bancos tradicionais. A XP Investimentos destaca que, apesar do crescimento acelerado e das novas verticais de negócio, as ações do Itaú ainda são consideradas um investimento mais seguro e previsível.

No longo prazo, o desempenho do Nubank dependerá de sua capacidade de manter a qualidade do crédito e expandir suas operações sem aumentar significativamente os riscos. A competição com os bancos tradicionais, que continuam a adaptar suas estratégias, será um fator crucial na definição do futuro do setor bancário na América Latina.

Hoje (29), as ações da Nubank (ROXO34) tiveram uma queda de 3,35%, e as ações do Itaú (ITUB4) tiveram uma queda de 0,70%.

Dona da Bolsa de NY multada em US$ 10 milhões por falha em reportar invasão

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) anunciou nesta quarta-feira (22) uma multa de US$ 10 milhões para a Intercontinental Exchange (ICE), operadora de bolsas, por falha em relatar uma invasão de sistema.

Alegações da SEC

SEC alega que a ICE teria feito suas nove empresas subordinadas, incluindo a principal bolsa de Nova York (NYSE), não informarem apropriadamente uma invasão cibernética que ocorreu em abril de 2021.

É provável que a ICE tenha sido avisada sobre a intrusão por terceiros, e mesmo com o risco potencial de um ataque cibernético à VPN (Rede Privada Virtual), ainda assim não notificou a regulação .Essa versão dos fatos foi divulgada por meio de investigações da SEC.

Versão da ICE

A empresa reconheceu que um dos agentes acessou remotamente sua rede corporativa através do VPN da multinacional.

No entanto, o colaborador postergou a informação por dias, e informou tardiamente, fazendo com que as empresas subsidiárias (ou na linguagem popular, os “braços” da ICE) não ficassem em conformidade com todas as regras e regulamentos estabelecidos pela empresa matriz, e que não avaliassem corretamente a invasão, deixando de notificar imediatamente ao órgão regulador, a SEC.


ICE aceitou a multa em comum acordo com a SEC (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


A empresa matriz e as subsidiárias concordaram em pagar a multa sem maiores questionamentos, assumindo a problemática do ocorrido.

Entre os “braços” da ICE, estão grandes empresas como Archipelago Trading Services, New York Stock Exchange, NYSE American, NYSE Arca, ICE Clear Credit ICE Clear Europe, NYSE Chicago, NYSE National, e a Securities Industry Automation Corporation.

A omissão poderia resultar em riscos de segurança para os dados e informações sensíveis das empresas e dos investidores. Em caso de uma invasão real, poderia permitir que os invasores continuassem a acessar e comprometer os sistemas da empresa, potencialmente causando danos adicionais e aumentando os custos de recuperação.

Além disso, a falta de transparência pode prejudicar a capacidade da SEC de proteger os interesses dos investidores e manter a estabilidade e confiança do mercado.