Política de vistos no Brasil muda para cidadãos de EUA, Canadá e Austrália

A partir de meia-noite desta quinta-feira (10) estrangeiros vindos do Canadá, Estados Unidos e Austrália precisarão apresentar visto de turismo para entrar no Brasil.

Em maio, o governo brasileiro já tinha tomado a decisão, mas o Itamaraty pediu um prazo para definições de regras.

Agora, o Ministério das Relações Exteriores informa que a medida entra em vigor, fundamentada no princípio da reciprocidade. Já que turistas brasileiros também precisam apresentar visto para entrar nesses países.

Ministro do Turismo fala em diálogo

Embora tenha tomado a decisão, o governo brasileiro disse que trabalha nas negociações de acordos de isenção de vistos, baseados no princípio da reciprocidade, com os países mencionados.

Em uma publicação no X, antes mesmo da decisão final do Itamaraty, o ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou que o ministério continua empenhado em dialogar com os Estados Unidos e Austrália para eliminar a exigência de visto para brasileiros.


Ministro do Turismo, Celso Sabino, fala em diálogo e pede reciprocidade dos países citados (Foto: reprodução/X/@celsosabinoofc)

Consequências no turismo

Com a exigência de visto, muitos turistas vindos destes países podem optar por destinos que não possuem essa barreira, como México, Argentina e outros países da América Latina.

Além disso, o processo para ter o visto pode ser considerado burocrático e caro. A taxa de aproximadamente R$ 479 e o tempo necessário para a emissão podem desestimular turistas a passar pelo Brasil.

Turismo no Brasil em 2024

Enquanto isso, dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) revelam que o Brasil recebeu 728.537 turistas vindos dos Estados Unidos, só em 2024. Esse é o segundo maior número registrado na série histórica iniciada em 1990.

Além do destaque americano, o Brasil registrou a chegada de 96.540 canadenses, o maior número em quase três décadas. E da Austrália, vieram 52.888 visitantes durante o ano passado.

Senado se opõe a essa decisão

O Ministério das Relações Exteriores decidiu manter a exigência de vistos, mas o Senado Federal aprovou, em março deste ano, um projeto de lei para suspendê-la para cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão.

Em 2024, o governo já havia optado por adiar a isenção de vistos por um ano, uma vez que o governo Lula tem enfrentado resistência para aprovação de projetos no Congresso.

Decreto de Trump entra em vigor; tarifa de 25% é imposta sobre aço e alumínio

Taxas de 25% sobre a importação de aço e alumínio nos Estados Unidos começam a ser cobradas nesta quarta-feira (12), um mês depois do presidente Donald Trump assinar decreto. Setores siderúrgicos de importantes parceiros comerciais dos EUA, como o Canadá, México e o Brasil, sendo o segundo maior fornecedor de aço do país, serão impactados.

De acordo com especialistas ouvidos pelo g1, o principal efeito da medida será a redução das exportações para os Estados Unidos. Haverá também desafios para o setor siderúrgico, que precisará redirecionar suas parcerias comerciais ou reduzir futuramente a produção.

No Brasil, empresas com maior atuação no mercado de exportação podem sair prejudicadas com a diminuição do volume exportado. Já as companhias que exportam menos, serão menos impactadas, mas sofrerão com desafios relacionados à mudança do mercado interno, já que possivelmente haverá aumento da oferta de produtos no país, o que estimula a redução dos preços e das margens das empresas.

Impactos nacionais

Conforme o Departamento de Comércio norte-americano, o Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos e vendeu  4,1 milhões de toneladas para o país em 2024. O país fica atrás apenas do Canadá, responsável por 6 milhões de toneladas, e está na frente do México, que enviou 3,2 milhões.

Cerca de 25% do aço e 50% do alumínio utilizado nos EUA é importado. O especialista em comércio internacional e diretor da BMJ Consultoria, José Luiz Pimenta, conta que no cenário internacional, os Estados Unidos são grandes consumidores dos produtos, essenciais para produção de automóveis, eletrodomésticos, eletrônicos, construção civil e outros setores.

“Brasil e Canadá serão os países mais afetados em termos de exportação. O que tende a ocorrer é um efeito de diminuição de importações [pelos EUA] desses países, sobretudo de aço, no curto e no médio prazo”, explica.

De acordo com Pimenta, o cenário exigirá que o Brasil busque mercados em outros países, o que pode ser difícil, já que a China é a principal concorrente. A venda do excedente no mercado interno também é uma opção. “Ainda precisamos entender como a indústria nacional vai se comportar e se conseguirá realmente absorver todo esse aço que outrora era exportado para os EUA”, diz.

A pesquisadora associada da FGV Ibre e professora da UERJ, Lia Valls, crê que parte dos produtos podem ser importados pela China, apesar da concorrência. “A China prefere comprar produtos semifaturados [placas de aço e chapas de alumínio]. Ou seja, pode importar esses materiais para transformar em produto final”, conta. “Mas, em um primeiro momento, não está muito óbvio para onde as exportações brasileiras serão dirigidas.”, explica.

A incerteza do cenário ocorre diante da possibilidade de renegociação da aplicação das tarifas por Donald Trump. Valls menciona como exemplo as taxas sobre o México e o Canadá, que começaram a ser aplicadas na semana passada, mas foram suspensas por mais de um mês.

Além da pressão internacional, a indústria americana também se preocupa com a aplicação das taxas. CEOs de grandes empresas dos EUA também pressionam Trump pelo fim da guerra comercial. O interesse dos empresários se dá graças ao potencial da medida de aumentar os custos de produção e os preços ao consumidor final.

Isso é um desafio também para o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que age para conter a inflação no país. O aumento do preço dos produtos obriga o Fed a manter os juros dos Estados Unidos altos por mais tempo e gera uma tendência à valorização do dólar sobre moedas emergentes, como o real, de forma que a inflação no Brasil também é impactada.

Trump usa as tarifas como uma maneira de promover uma diminuição no déficit comercial com parceiros importantes e de negociar assuntos de interesse dos Estados Unidos, como o aumento da guarda nas fronteiras. Também é uma tentativa de estimular a produção nacional, com o consumo de itens locais.

O especialista em comércio internacional, Jackson Campos, explica que o cenário de queda de exportações para os EUA pode eventualmente atrapalhar o mercado de trabalho na indústria siderúrgica brasileira “Com menos demanda, as fábricas podem ter que diminuir sua produção, o que pode levar a cortes de empregos. Muitas pessoas que trabalham diretamente na produção de aço e alumínio, além de setores como transporte e mineração, podem ser afetadas”, diz. Além disso, setores como o da construção civil e da indústria automobilística podem ser prejudicados “Se os preços subirem ou houver falta desses materiais, as obras e a produção de carros podem ficar mais caras ou mais lentas”, conta. “Sem uma solução negociada, o Brasil pode enfrentar dificuldades para manter sua competitividade no mercado global.”

José Luiz Pimenta, diretor da BMJ Consultoria, esclarece que apesar de não haver impacto significativo na balança comercial do Brasil, a medida interfere em uma parcela importante do relacionamento com os EUA. Do total exportado pelo Brasil ao país em 2024, o aço simboliza 10% dessa parcela.

Impactos nas corporações

O Itaú BBA avaliou o impacto das taxas de Donald Trump nas empresas do Brasil. Segundo o banco, as empresas que devem sentir os impactos negativos das tarifas são as que representam mais de 80% das exportações de aço, que não são listadas na bolsa de valores brasileira. É o caso das multinacionais ArcelorMittal e Ternium. Perante as taxas, os fluxos de importação podem diminuir e afetar essas companhias. Em contrapartida, o relatório indica que siderúrgicas nacionais como  Gerdau, Usiminas e CSN não seriam tão prejudicadas, já que as exportações são menos relevantes para o funcionamento dessas companhias, de acordo com o analista do Itaú BBA para o setor de mineração e siderurgia Daniel Sasson.


ArcelorMittal é a maior produtora de aço no Brasil, além de líder mundial (Foto: reprodução/Valor Econômico – Globo)

O Instituto Aço Brasil, representante das siderúrgicas brasileiras, em nota, relatou ter recebido “com surpresa” a decisão do governo dos EUA. O instituto ainda disse estar confiante sobre a “abertura de diálogo entre os governos dos dois países, de forma a restabelecer o fluxo de produtos de aço para os EUA nas bases acordadas em 2018″, ano em que uma cota de exportação foi estabelecida.

Taxações de Trump

Desde que retornou a presidência, Trump tem anunciado várias taxas de importação. O republicano prometeu durante a corrida eleitoral tarifar diversos produtos de outros países, principalmente vindos do Canadá e México. Os Estados Unidos possuem déficit na balança comercial com os vizinhos, o que significa que gastam mais com importações do que lucram com exportações.

Na última semana, o presidente americano anunciou uma nova suspensão. A princípio, isentou carros importados e em seguida retirou as cobranças de taxas sobre outros produtos inseridos no acordo comercial da América do Norte. Em meio as suspensões de taxas do México e do Canadá, Trump manteve a tarifa de produtos chineses em 20%. 

O presidente assinou no dia 10 de fevereiro a medida que impõe taxas de 25% sobre as importações de aço e alumínio do país. A aplicação do decreto foi adiada para março, enquanto os EUA negociavam com o México e o Canadá, os principais parceiros comerciais dos EUA. As tarifas começaram a ser cobradas nesta quarta-feira (12).


Presidente americano assina decreto (Foto: reprodução/Jovem Pan)

A medida pretende priorizar e estimular a indústria americana. Trump espera que o aumento das taxas de importação resulte em uma maior procura e produção de materiais nacionais. “A nossa nação precisa que aço e alumínio sejam produzidos nos EUA, não em terras estrangeiras”, afirmou o presidente, ao assinar decreto que determinou a cobrança das tarifas.

EUA suspendem tarifas para México e Canadá após nova reviravolta de Trump

O presidente Donald Trump anunciou, nesta semana, que as tarifas sobre produtos do Canadá e do México só serão aplicadas a partir de 2 de abril, sendo esta a terceira alteração nas regras tarifárias feitas pela Casa Branca. Trump, desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, tem ameaçado impor taxas aos países parceiros, como o México e o Canadá, totalizando 25% sobre os produtos exportados desses países.

 No entanto, na quarta-feira (5), Washington anunciou ajustes no setor automobilístico, isentando as montadoras dessas tarifas. E nesta quinta-feira, a Casa Branca comunicou que todos os produtos incluídos no acordo de livre comércio terão a taxação temporariamente suspensa.

A guerra comercial

Nesta terça-feira, a China cancelou as licenças de importação de soja de três empresas dos EUA e interrompeu as importações de madeira serrada norte-americana, aprofundando a retaliação após os Estados Unidos aplicarem tarifas extras sobre produtos chineses.

Pela manhã, a China também anunciou a aplicação de tarifas de importação no total de US$21 bilhões sobre produtos agrícolas e alimentícios dos EUA, como soja, trigo, carne e algodão.


Presidente da China, Xi Jinping (Reprodução/Kevin Frayer/Getty Images Embed)


EUA vs Canadá


O Canadá também decidiu reagir às tarifas impostas pelos EUA. Segundo a ministra de Relações Exteriores, Mélanie Joly, o país está preparado para responder às tarifas dos EUA. “Temos US$ 155 bilhões em tarifas à disposição e já estamos prontos com a primeira parcela, no valor de US$ 30 bilhões“, afirmou Joly.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (3), após o pronunciamento de Donald Trump. No mês passado, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, revelou em uma coletiva que os canadenses devem priorizar produtos locais e viajar pelo próprio país, em vez de optar pelos EUA. Ele também anunciou tarifas de até 25% sobre produtos americanos. 

Todos os anos, o LCBO vende quase US$ 1 bilhão em vinhos, cervejas, destilados e seltzers americanos. Isso acabou“, Disse o ministro Doug Ford em suas redes sociais.

O primeiro-ministro de Ontário ordenou a remoção de bebidas alcoólicas americanas das prateleiras da Liquor Control Board of Ontario (LCBO), distribuidor exclusivo da província.



Exigência de visto brasileiro entra em vigor para EUA, Canadá e Austrália

Turistas norte-americanos, canadenses e australianos que visitarem o Brasil a partir de 10 de abril de 2025 devem apresentar visto para entrar no país. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou a decisão fundamentado no princípio de reciprocidade, levando em consideração que brasileiros que desejam visitar os Estados Unidos, o Canadá ou a Austrália precisam ter os vistos de entrada. 

Apesar do presidente Lula ter publicado um decreto em abril de 2024 prorrogando por mais um ano a isenção de vistos para os cidadãos desses três países, a partir do mês que vem eles não poderão mais entrar em território nacional sem a permissão. Não há nenhuma previsão de prorrogação até o momento.


Presidente Lula discursa na Organização das Nações Unidas – ONU (Foto: Reprodução/X/@revistaforum)

O governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrubou em março de 2019, unilateralmente, a necessidade de vistos para turistas oriundos dos três países. 


Débora Bergamasco: Brasil cogita rever isenção de visto de americanos (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Adiamentos seguidos estenderam isenção

A princípio, a exigência entraria em vigor em 1º de outubro de 2023. Entretanto, os três países fizeram pressão sobre o governo brasileiro, que adiou o novo prazo para janeiro de 2024. Dificuldades no atendimento aos respectivos turistas também foram um fator preponderante no adiamento. No dia 9 de abril de 2024, o governo publicou o Decreto nº 11.982, estendendo mais uma vez a exigência de visto para esses turistas até o dia 10 de abril de 2025, quando o documento passará a ser exigido efetivamente.

Em maio de 2023, a retomada dessa cobrança já havia sido planejada, quando na ocasião o governo brasileiro manteve a isenção para os cidadãos japoneses. Isso ocorreu porque o Japão liberou a entrada de brasileiros sem visto para viagens de até 90 dias. 

Ministério do Turismo é contra resolução

O Ministério do Turismo não concorda com a decisão, visto que ela poderá impactar o número de visitantes dos EUA, Canadá e Austrália ao Brasil. O ministério explica ainda que trabalha juntamente com o Ministério das Relações Exteriores, que tem competência para aplicar o princípio de reciprocidade. Além disso, ainda afirma que o governo brasileiro desenvolveu um sistema que permite aos turistas obter seus vistos em até 24 horas, otimizando todo o processo de emissão e favorecendo a entrada de um maior número de estrangeiros em território nacional. 

O Ministério de Relações Exteriores avisa aos brasileiros que também possuam a nacionalidade norte-americana, canadense ou australiana que não será mais possível entrar no Brasil portando o passaporte estrangeiro, portanto deverão apresentar seu passaporte brasileiro válido. Caso o documento tenha expirado, o cidadão deve buscar o consulado mais próximo e solicitar a renovação do documento. 

Em seu site oficial, a Embaixada dos EUA no Brasil alerta os seus cidadãos sobre a nova exigência e solicita que todos os norte-americanos compartilhem a informação com seus familiares, amigos e colegas que têm planos de visitar o país. É possível emitir o visto eletronicamente e, atualmente, a taxa custa US$ 80,90, com validade para 10 anos. Para esclarecer outras dúvidas sobre a solicitação, o cidadão norte-americano deve visitar o site autorizado pelo governo brasileiro.

Donald Trump corta fala de Premiê britânico Keir Starmer em pergunta sobre anexo do Canadá

O presidente americano, Donald Trump, interrompeu a fala do premiê do Reino Unido, Keir Starmer, durante coletiva de imprensa na Casa Branca, nesta quinta-feira (27). Starmer foi questionado sobre uma possível agregação do Canadá aos Estados Unidos.

No contexto da participação do Canadá na “Commonwealth”, que é uma organização de países e ex-colônias que possuem laços históricos com o Reino Unido, Starmer tentou se esquivar da pergunta e insinuou que o jornalista tentou criar uma diferença entre os dois líderes. “Eu acho que você está tentando encontrar uma divergência entre nós que não existe. Somos as nações mais próximas e tivemos ótimas discussões hoje, mas não falamos sobre o Canadá”, afirmou. Starmer, que é de partido de centro-esquerda, já afirmou anteriormente que trabalha de forma diferente de Trump

Em seguida, o presidente americano interrompeu a fala do premiê “Já basta, obrigado”. A Casa Branca afirmou que o presidente não teve a intenção de cortar a fala de Keir Starmer, que ficou visivelmente constrangido, e sim a repórter.


Keir Starmer e Trump (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Carl Court)


O anexo do Canadá

No começo de janeiro, Trump sugeriu o anexo do país aos Estados Unidos. O presidente afirmou que poderia usar “pressão econômica” para que o vizinho se se torna o 51º estado norte-americano.

Em fevereiro, o americano defendeu nas redes sociais novamente a ideia e afirmou que os EUA pagam bilhões de dólares para subsidiar o Canadá “Sem esse subsídio massivo, o Canadá deixa de existir como um país viável. É duro, mas verdade! Portanto, o Canadá deveria se tornar nosso estimado 51º estado. Impostos muito mais baixos, e proteção militar muito melhor para o povo canadense“, publicou.

Resposta canadense

As declarações de Trump ocasionaram em diversas reações negativas no Canadá. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, rejeitou fortemente a ideia do país virar parte dos EUA “nunca, jamais“. Trudeau ainda afirmou que seria mais fácil “uma bola de neve não derreter no inferno”.


Primeiro-ministro Justin Trudeau (Foto: reprodução/Manuel Balce Ceneta/AP)

Mais recentemente, a cantora Chantal Kreviazuk mudou a letra do hino canadense durante performance em um jogo de hóquei. “True patriot love in all of us command” (“Amor patriótico verdadeiro que comanda a todos nós”, em português), para “True patriot love that only us command” (“Amor patriótico verdadeiro que apenas nós comandamos”). A partida, era o jogo final do campeonato “4 Nations Face-Off” e foi uma disputa entre os Estados Unidos e o Canadá em que os canadenses derrotaram os americanos por 3 a 2.

Meghan Markle prestigia príncipe Harry e recebe elogios dele

Nesta quarta-feira (12/01), o príncipe Harry, de 40 anos, esteve presente no evento dos Jogos Invictus Games, realizado este ano na cidade de Vancouver, no Canadá. Para prestigiar a ocasião, sua esposa, a atriz Meghan Markle, de 43 anos, estava ao seu lado. O duque não poupou elogios à sua amada; segundo a People, ele disse que era incrível que ela o estivesse apoiando.

Os jogos tem um peso sentimental para Harry, já que foi idealizado por ele em 2014, para que houvesse algo de positivo, após militares ficarem com sequelas das batalhas. 

O que são os Jogos Invictus 

A criação do projeto aconteceu em 2014, pelo próprio príncipe, que durante muitos anos serviu a coroa como militar, e viu companheiros passarem por momentos difíceis, convivendo com as deficiências causadas por confrontos. O evento acontece a cada dois anos em sedes diferentes. Para a disputa, são 11 modalidades, sendo seis de inverno e cinco de verão.

São elas Snowboarding, esqui nórdico, biatlo, skeleton, curling em cadeira de rodas e esqui alpino  para quem gosta do frio, e já para os calorentos, rúgbi em cadeira de rodas, remo, vôlei sentado, basquete em cadeira de rodas e natação.

Essa é uma das poucas aparições do casal neste ano, que contou também com a volta de Meghan às redes sociai, após sete anos afastada.


Momentos dos Jogos Invictus (Filme: reprodução/YouTube/CBC News: The National)

Relação do casal com realeza

Não é segredo para ninguém que a relação entre Meghan e a família real não foi das mais tranquilas, desde sua entrada como membro ao se casar com o príncipe Harry em 2018. Segundo o casal em entrevista dada a Oprah, desde o início, a duquesa sofreu ataques por conta da sua origem e cor da pele e piorou com a chegada do primeiro filho.

Porém com a saída deles da coroa em 2020, o palácio de Buckingham se manifestou em poucas ocasiões, pois não gostou das falas, do livro e das ações do casal.

Devido às regras rígidas da coroa, a atriz deixou de fazer a maior parte se suas atividades e por isso as aparições agora em eventos são mais leves. Amigos próximos de Harry disseram à People, que ele estava super positivo e atencioso com as pessoas que o paravam.

Novas tarifas de Trump trará retaliações e pode prejudicar os EUA

As tarifas oficializadas pelos EUA irão atingir o México, Canadá e China, mas irão prejudicar os próprios estadunidenses. Embora as medidas sejam impostas como uma suposta forma de proteger a economia nacional, especialistas alertam que o chamado “efeito máquina de lavar” pode acabar pesando no bolso dos consumidores e das empresas dos EUA.

O presidente Donald Trump determinou a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, além de uma taxa de 10% para mercadorias chinesas. Segundo o governo, a imposição das tarifas é uma luta contra a ameaça de imigrantes ilegais e drogas.

Respostas dos outros países 


Retaliações de países atingidos pela decisão de Trump (Foto: reprodução/Instagram/@cnnpolitica)


A decisão de Trump gerou retaliações. Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, anunciou que devolverá as tarifas de 25% sobre os produtos vindos dos EUA. Trudeau afirmou que as tarifas irão afetar o país do mesmo jeito. Itens que vão sofrer com a decisão vão ser, por exemplo, bebidas alcoólicas, frutas, roupas e eletrodomésticos.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, se manifestou em revolta contra as alegações do governo americano. Em um comunicado oficial, ela anunciou que medidas econômicas também estão sendo preparadas como resposta. 

Rejeitamos categoricamente a calúnia que a Casa Branca faz contra o governo do México de ter alianças com organizações criminosas, bem como qualquer intenção intervencionista em nosso território.

Claudia Sheinbaum

O governo chinês declarou que pretende recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as tarifas impostas por Trump e afirmou que tomará medidas para defender os interesses e direitos de sua população.

Uma guerra comercial

A imposição dessas tarifas levanta muitas preocupações, pois podem levar a um novo conflito comercial. Essa disputa pode gerar impactos negativos não apenas para os países diretamente envolvidos, mas para uma economia global. Se esse cenário se intensificar, os próprios Estados Unidos poderão enfrentar dificuldades econômicas, especialmente pela retaliação de todos países que serão atingidos.

Primeiro-ministro do Canadá renuncia diante de crises

Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá desde 2015, anunciou, nesta segunda-feira (6), que renunciou ao cargo. Em seu pronunciamento ele anunciou que ficará na posição até que o partido escolha um substituto. A decisão vem acompanhada de crises internas e problemas de governabilidade enfrentados pelo Canadá. Trudeau, que faz parte do Partido Liberal do Canadá, também abriu mão da liderança do partido.

Crises internas

O Canadá é um país parlamentarista, sendo importante que os partidos tenham maioria para poderem governar eficientemente, não sendo este o caso do Partido Liberal, que depende do apoio de outros partidos para formar maioria.


Justin Trudeau anunciou que ficará no cargo até escolha de substituto (Foto: reprodução/X/@Frontieresmedia)

Trudeau possuía um grande apoio popular quando foi eleito, porém, o mandato perdeu força nos últimos anos com o aumento do preço de alimentos e habitação. Outra questão que gera grande debate no país é a forte imigração. Apesar do Canadá ter o segundo maior território do mundo, perdendo apenas para a Rússia, o país possui uma população inferior a do estado de São Paulo, incentivando o governo a apoiar a presença de imigrantes.

O posicionamento do governo canadense causou a perda de apoio popular e também o crescimento de outros partidos, que se tornaram maioria nas últimas eleições.

Efeito Donald Trump

Com a eleição de Donald Trump para o segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, o novo governo americano anunciou o aumento de tarifas para produtos e importações estrangeiras, incluindo do Canadá. Trump fez diversas declarações sobre o tema e, em uma delas, chegou a defender a anexação do território canadense ao dos Estados Unidos. Com a renúncia de Trudeau, Trump voltou a defender esse ponto em sua rede social, Truth Social.

Inicialmente Donald Trump afirmou que colocaria tarifas de 25% para o Canadá caso o país não controlasse a imigração e o fluxo de drogas na região, políticas onde o país vizinho tende a ter maior flexibilidade.

Próximos passos

Após a renúncia de Trudeau, o partido deve escolher um novo primeiro-ministro interino, que ficará no cargo até que seja realizada uma nova convenção onde será escolhido o nome do substituto definitivo.

Taylor Swift no Canadá: ingressos sem visão para o palco

A cantora americana Taylor Swift, de 34 anos, causou na internet após anúncio inusitado da venda de ingressos para os últimos shows da turnê “The Eras Tour”, no Canadá, com ingressos no valor de C$ 16,50, o equivalente a aproximadamente R$ 68,00 reais. 

A venda foi organizada pelo site da Ticketmaster e a oferta não durou muito tempo devido à alta demanda por entradas e atualmente não há mais bilhetes disponíveis.

Área inusitada

As apresentações acontecem em Vancouver, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, porém o que chamou a atenção foi o fato dos lugares disponíveis serem atrás do palco, ou seja, quem adquirir os ingressos apenas conseguirá ouvir o show ao vivo, mas se engana quem pensa que não há público. 


Valores dos ingressos e mapa das áreas (Foto: reprodução/siteticketmaster/sitepapelpop)

Recordista

Taylor Swift, que participou do último VMA e venceu na categoria principal da noite, como clipe do ano, com o hit “Fortnight”, fruto de sua parceria com o cantor Post Malone. Vale lembrar que esta é a terceira vez que a cantora ganha nesta categoria e, ao todo, é a sua quinta vitória. Os responsáveis da loirinha ter levado a premiação em outras edições foram: 

Bad Blood” no ano de 2015, “You Need to Calm Down” em 2019, “All Too Well” em 2022 e em 2023 com o hit “anti-herói”.

A cantora é recordista quando o assunto é cantora do ano, categoria criada pelo VMA no ano de 2017 e conquistada duas vezes por Taylor, tornando-a a única artista a vencer na categoria nesta colocação.  

A turnê

Considerada “A indústria musical”, Taylor está em turnê desde o ano de 2023, celebrando sua trajetória no mundo da música, passando inclusive aqui pelo Brasil em novembro do ano passado.

Apesar das polêmicas geradas no Rio de Janeiro, devido à morte da fã Ana Clara Benevides, de 23 anos, o incidente foi causado pelo calor excessivo, durante o primeiro show da cantora no país.

Na época, a cantora não se pronunciou sobre o assunto, e até chegou a receber a família de Benevides, dias após, no backstage de um show na cidade de São Paulo.

Autoridades do Canadá confirmam primeiro caso de nova cepa de Mpox

Recentemente, autoridades canadenses confirmaram o primeiro caso no país de uma nova forma do vírus Mpox, o Clado 1b, detectada pela primeira vez no leste do Congo. O paciente apresentou sintomas após viajar, está sendo tratado em Manitoba, onde reside. A Agência de Saúde Pública do Canadá afirmou que o risco para a população permanece baixo pois o paciente está em isolamento. 

O que é a Mpox e como ocorre sua transmissão 

A Mpox é uma doença viral, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Com sintomas semelhantes aos da varíola humana, a doença pode ser transmitida de animais para humanos ou entre pessoas. Inicialmente descoberta em 1958, em macacos, e com o primeiro caso humano registrado em 1970.

A Mpox é transmitida principalmente por contato, sendo comum entre pessoas por relações sexuais. Pode ser transmitida por meio de pessoas infectadas ou objetos contaminados pelo vírus, e os principais sintomas são lesões na pele, febre, calafrios e dores no corpo. Grupos vulneráveis, como crianças e mulheres grávidas, estão em alto risco

As ocorrências estão sendo rastreadas em diversos países. Além do Canadá, o vírus já foi identificado em outros países, como o Reino Unido e os EUA. Com casos registrados em quase 80 países em 2024, de acordo com dados da OMS, 19 são de nações africanas, com a República Democrática do Congo em destaque.


República Democrática do Congo tratando crianças pelos casos de Mpox (Foto: reprodução/Arlette Bashizi/Bloomberg/Getty Images Embed)

A OMS manteve alerta de alto risco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional em saúde pública devido ao aumento de casos da nova cepa do vírus, especialmente no Congo.

Em 22 de novembro, o Comitê de Emergência da OMS confirmou que a doença permanece com o mais alto nível de alerta, destacando a crescente disseminação e o número elevado de infecções, particularmente em áreas como a República Democrática do Congo. O nível máximo de alerta sanitário da organização foi declarado pela primeira vez em 14 de agosto deste ano.