Advogado de Cassie se pronuncia após condenação de P. Diddy

O advogado de Cassie Ventura, Douglas Wigdor, se manifestou após o rapper Sean “P. Diddy” Combs ser considerado culpado por duas das cinco acusações que enfrentava no tribunal federal de Nova York. A condenação foi motivada por transporte com intenção de promover a prostituição, enquanto as acusações mais graves, como tráfico sexual e organização criminosa, foram descartadas pelo júri.

Em nota enviada à revista People, Wigdor ressaltou que o processo foi impulsionado pela coragem de Cassie, que, em novembro de 2023, entrou com uma ação civil expondo os abusos sofridos. O pronunciamento veio logo após a leitura do veredito, nesta quarta-feira (2).

“Todo esse processo criminal começou quando nossa cliente Cassie Ventura teve a coragem de entrar com uma ação civil”

afirmou o advogado.

“Coragem exemplar”

De acordo com Wigdor, o testemunho da ex-namorada do rapper teve papel crucial no andamento do caso, apesar da absolvição parcial. Ainda segundo ele, a fala de Cassie permitiu que o júri responsabilizasse Combs por crimes ligados à prostituição, mesmo sem confirmar, além de qualquer dúvida razoável, o tráfico sexual alegado pela artista.

“Cassie deixou uma marca indelével tanto na indústria do entretenimento quanto na luta por justiça”

declarou Wigdor.

Durante o julgamento, Ventura descreveu experiências marcadas por abuso sexual e psicológico, incluindo os chamados “Freak Offs” e “Hotel Nights”. Ela também afirmou ter sido estuprada por Combs no final do relacionamento de 11 anos. As denúncias foram corroboradas por outra vítima, identificada apenas como “Jane”.


Diddy (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


Justiça tardia

A equipe jurídica de Cassie defendeu que a condenação simboliza um passo importante contra a impunidade de homens poderosos. Para o advogado, a exposição dos abusos de Combs deve servir como alerta sobre condutas toleradas por décadas na indústria da música e do entretenimento.

“Este caso provou que a mudança já passou da hora, e continuaremos lutando em nome das sobreviventes”

concluiu o comunicado.

Cassie Ventura, que já havia recebido US$ 20 milhões em um acordo anterior, foi novamente colocada no centro do debate sobre violência contra a mulher nos Estados Unidos. A repercussão do caso tem provocado reações de apoio nas redes sociais, enquanto novos desdobramentos judiciais ainda são aguardados.

Julgamento de Diddy chega ao 19º dia; confira o que aconteceu

O rapper Sean “Diddy” Combs começou a ser julgado no dia 12 de maio de 2025 em um tribunal federal de Manhattan, nos Estados Unidos, após ser acusado de tráfico sexual, extorsão e conspiração. As acusações foram apresentadas pela cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, que afirma ter sofrido estupro, abuso físico e psicológico durante os 11 anos em que os dois mantiveram um relacionamento. O caso chamou atenção da mídia e reacendeu debates sobre abusos cometidos por celebridades na indústria da música.

De acordo com os registros do processo, as denúncias foram protocoladas em novembro de 2023, quando Cassie decidiu tornar público o histórico de violência que, segundo ela, vinha sendo silenciado por décadas. Desde o início do julgamento, novas informações têm sido reveladas por testemunhas, incluindo relatos de festas organizadas por Diddy, onde mulheres eram submetidas a práticas sexuais sob o uso de drogas, em eventos chamados de “freak offs”.

Depoimentos reforçam acusações de abuso e intimidação

Durante as audiências, mais de 20 horas de depoimento foram prestadas por Cassie, que descreveu em detalhes os abusos vividos, incluindo agressões físicas e episódios de controle emocional. Segundo a cantora, os atos eram gravados e faziam parte de um padrão de comportamento do empresário.


Diddy (Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images Embed)  


Outras testemunhas, como a ex-assessora Capricorn Clark, confirmaram que Combs teria ameaçado o rapper Kid Cudi após descobrir um envolvimento entre ele e Cassie. De acordo com Clark, Diddy chegou a ir armado à casa de Cudi com o objetivo de intimidá-lo. Já uma das vítimas, que depôs sob o pseudônimo de “Jane”, relatou ter sido forçada a manter relações sexuais mesmo quando manifestava sinais de exaustão.

Diddy nega crimes e pode ser condenado à prisão perpétua

Apesar das acusações, Diddy, de 55 anos, se declarou inocente. A promotora responsável, Emily Johnson, afirmou que o artista teria usado sua influência e riqueza para construir uma rede de exploração sexual encoberta sob a fachada de um império musical. Por outro lado, a defesa, liderada pelo advogado Marc Agnifilo, alegou que todas as relações foram consensuais.

O julgamento, que deve se estender por mais algumas semanas, é acompanhado de perto pelo público e pela imprensa. Caso condenado, Sean Combs pode receber uma pena de 15 anos até prisão perpétua, segundo o código penal norte-americano. O caso vem sendo considerado um dos mais emblemáticos envolvendo celebridades acusadas de violência sexual nos últimos anos.

Conheça Diddy: magnata do Hip-hop preso acusado de tráfico sexual

Na última segunda-feira (16), Sean ‘Diddy’ Combs, também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, foi preso em um hotel em Manhattan, Nova Iorque, e levado sob custódia. O produtor musical, rapper e empresário de 54 anos enfrenta sérias acusações, incluindo agressão física, abuso e tráfico sexual.

O advogado de Diddy, Marc Agnifilo, declarou que a prisão é “injusta” e defendeu a inocência de seu cliente, afirmando que ele não tem nada a esconder. Mesmo se declarando inocente, o pedido de fiança de Diddy foi negado duas vezes pela Justiça, o que o mantém detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, aguardando o início do julgamento.


Sean ‘Diddy’ Combs no palco do Billboard Music Awards de 2022 (Foto: reprodução/Ethan Miller/Getty Images Embed)


A trajetória de Diddy

Sean John Combs nasceu no Harlem, bairro de Manhattan, Nova Iorque, e iniciou sua carreira musical como estagiário na Uptown Records, em 1990. Na gravadora, ele rapidamente se tornou diretor artístico na empresa. Porém, após ser demitido em 1993, ele fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.

Com a Bad Boy, Diddy conquistou notoriedade na indústria musical sendo referência do Hip-hop da Costa Leste dos Estados Unidos, especialmente com o sucesso do rapper Notorious B.I.G., considerado um dos melhores rappers de todos os tempos. Mesmo após a trágica morte de Biggie, Diddy continuou relevante na indústria musical, colaborando com diversos artistas como Mary J. Blige, Usher, Lil’ Kim, TLC, Mariah Carey e Boyz II Men. Ele também alcançou sucesso solo, ganhando Grammys pelo single “Can’t Nobody Hold Me Down” e pelo álbum “No Way Out”.

Magnata do Hip-Hop

Além de seu impacto na música, Diddy expandiu seus negócios para outras áreas. Ele é proprietário da Revolt TV, um canal de televisão focado em música e cultura, e possui as marcas de roupas e acessórios Sean John e Sean by Sean Combs. Também tem investimentos em startups tecnológicas e é embaixador das marcas de bebidas Ciroc e DeLeon. Em 2022, a Forbes listou Diddy como o terceiro artista do Hip-hop a se tornar bilionário, com uma fortuna estimada em 1 bilhão de dólares, ficando atrás apenas de JAY-Z.

Acusações graves e futuro incerto

Diddy enfrenta uma acusação federal detalhada em um documento de 14 páginas, que o descreve como líder de uma organização criminosa responsável por abusar e explorar sexualmente mulheres durante anos. Segundo o processo, ele obrigava supostamente as vítimas a participar de orgias movidas a drogas, ameaçando-as com violência ou com a retirada de apoio financeiro caso resistissem.

As primeiras denúncias vieram à tona em novembro de 2023, quando sua ex-namorada, a cantora Cassie Ventura, entrou com um processo alegando que foi traficada, abusada fisicamente e estuprada durante o relacionamento de uma década com o magnata. O caso foi rapidamente encerrado com um acordo financeiro no dia seguinte, sem que Diddy assumisse qualquer culpa.

Desde então, outras acusações surgiram. De acordo com relatos, Diddy organizava festas chamadas de “Freak Offs”, onde as mulheres, muitas vezes sob efeito de drogas, eram forçadas a realizar atos sexuais que eram gravados e utilizados para chantageá-las. Um vídeo de 2016, recentemente divulgado, mostra o rapper agredindo Cassie em um hotel de Los Angeles.

Se condenado por todas as acusações, Diddy pode enfrentar penas que variam de 15 anos até prisão perpétua, colocando em risco toda a sua trajetória como um dos maiores nomes do Hip-hop e empresário de sucesso.

Justiça nega pedido de fiança milionária de Diddy em acusação de tráfico sexual

Após ser preso nesta segunda-feira (16), o rapper e magnata Sean “Diddy” Combs, 54, teve o pedido de fiança negado pela justiça de Nova Iorque. Acusado de tráfico sexual, extorsão, sequestro, trabalho forçado, suborno e outros crimes, Combs se declarou inocente e seus advogados ofereceram US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) para que ele pudesse responder o processo em liberdade. 

Na quarta-feira (18), o juiz Andrew Carter negou o recurso apresentado pela defesa, pois considerou insuficiente o valor proposto devido ao histórico de violência, abuso de substâncias e à possibilidade de manipulação de testemunhas. O rapper ainda prometeu “receber o mínimo de visitantes do sexo feminino” em sua casa em Miami, caso fosse liberado sob fiança. Com informações do Hugo Gloss. 

Não há data para o julgamento e, caso ele seja considerado culpado das três acusações, pode ser condenado à prisão perpétua.

Acusações contra o rapper

Nos últimos meses, vários processos foram abertos contra o artista por agressões sexuais. Em novembro, Combs foi alvo de uma denúncia de violência física durante anos pela cantora de R&B Cassie, com quem manteve um relacionamento entre 2012 e 2019. 

De acordo com a ação, ele a teria submetido a abusos físicos por mais de uma década, forçou-a a consumir drogas e a estuprou em 2018. Sean foi descrito como um homem violento e foram relatadas cenas violentas, como forçar Cassandra Ventura a ter relações sexuais com trabalhadores do sexo masculinos e filmar. As chamadas “Freak Offs” eram festas que Diddy promovia para levar mulheres, homens e profissionais do sexo a participar de performances sexuais gravadas, as quais o rapper assistia posteriormente. 

Um vídeo de segurança de um hotel mostra quando Cassie estava tentando fugir do cantor, mas ele chega a tempo antes dela conseguir entrar no elevador. Combs aparece no vídeo só de toalha e chuta Cassie várias vezes, que cai rendida no chão.


Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean Combs agredindo a ex-namorada Cassie (Foto: reprodução/CNN)

Diddy também é acusado de “ter tocado à força e tentado e/ou ameaçado tocar nas áreas íntimas” de Lil Rod “com as suas próprias partes íntimas do corpo”. Rodney Jones Jr., que usa o nome Lil Rod, trabalhou como produtor no mais recente álbum do artista anteriormente conhecido como Puff Daddy, The Love Album: Off the Grid. O produtor alega que Combs tentou convencê-lo a ter relações sexuais com outro homem, afirmando que era “uma prática normal na indústria musical”, e que teria sido forçado a beber shots de tequila com droga, tendo acordado às quatro da manhã “todo nu com uma trabalhadora do sexo a dormir ao seu lado”. 

Durante décadas, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirmou que ele usou o “império musical” para atingir seus objetivos. Com informações do G1. 

Sean Combs

O artista, conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, é um dos produtores e artistas de hip-hop mais influentes das últimas três décadas e construiu um dos maiores impérios ligados a este gênero musical. É fundador da Bad Boy Records, vencedor de três Grammys e trabalhou com artistas como Notorious B.I.G., Mary J. Blige e Lil’ Kim, além de ter agenciado Usher e Justin Bieber.

Atualmente, Sean Combs está no Centro de Detenção Metropolitano, prisão na zona do Brooklyn, em Nova Iorque, para onde foi levado após ter sido acusado de diversos crimes.

Sean “Diddy” Combs é preso em Nova York por acusações de tráfico sexual e agressão

O rapper Sean “Diddy” Combs foi preso na noite de segunda-feira (16), em Manhattan, Nova York, como parte de uma investigação sobre acusações de tráfico sexual e agressão. Segundo informações da Agência France-Presse (AFP), a detenção ocorreu após a apresentação de uma acusação formal por um grande júri. A defesa de Combs afirma que ele se mudou “voluntariamente” para Nova York, aguardando o desenrolar das acusações.

Investigações federais e buscas em propriedades de luxo

A prisão é um novo capítulo nas investigações que já vinham se intensificando contra o artista. Este ano, as residências de Combs em Miami e Los Angeles foram alvo de operações federais. Em março, agentes fortemente armados invadiram suas propriedades, sugerindo que uma investigação criminal estava em curso. O rapper, que já foi uma figura central na ascensão do hip-hop, acumulou uma vasta fortuna com negócios na indústria musical e de bebidas alcoólicas.

Entretanto, apesar de sua imagem de empresário de sucesso, Combs enfrenta múltiplos processos civis que o caracterizam como um “predador sexual violento“. As acusações envolvem alegações de que ele usava álcool e drogas para submeter mulheres a abusos sexuais. Em meio a essas investigações, o advogado do rapper, Marc Agnifilo, criticou a decisão da Procuradoria dos Estados Unidos de seguir adiante com o que considera uma “acusação injusta“.

Acusações de longa data e novas denúncias

Embora Combs não tenha condenações criminais, ele enfrenta acusações de agressão física desde os anos 1990. Recentemente, novas denúncias surgiram após a cantora Cassie, cujo nome verdadeiro é Casandra Ventura, acusá-lo de mais de uma década de coerção, abuso físico e uso de drogas. Ventura também o acusou de estupro em 2018.


Cassie Ventura e Sean “Diddy” Combs (Foto: Reprodução/John Shearer/Getty Images/rollingstone.com.br)

O casal se conheceu quando Cassie tinha 19 anos e ele 37, e logo depois ela foi contratada para sua gravadora. Apesar de o processo ter sido resolvido rapidamente fora dos tribunais, novas alegações de agressão sexual contra o rapper continuaram a surgir. Uma mulher afirmou, em dezembro do ano passado, estuprada por Combs e outros homens quando tinha 17 anos. Em maio, um vídeo de vigilância reforçou as alegações de Cassie, mostrando o rapper agredindo-a fisicamente. Combs nega veementemente todas as acusações, mas a prisão em Nova York marca um ponto crítico em sua trajetória de enfrentamento legal.