Paris Fashion Week Verão 2026 será uma das maiores da década

A Federação da Alta-Costura e da Moda (FHCM) divulgou o calendário oficial da Paris Fashion Week Primavera/Verão 2026, que será realizada entre 29 de setembro e 7 de outubro de 2026. Considerada uma das principais vitrines da moda mundial, a edição deste ano contará com 76 desfiles e 36 apresentações, superando os números da temporada anterior. A expectativa é de que a semana reforce a posição de Paris como a capital criativa da moda contemporânea.

Estreias de impacto e retornos aguardados

Entre os desfiles mais aguardados, destacam-se as estreias de grandes nomes da indústria em cargos de direção criativa. Jonathan Anderson fará sua primeira apresentação à frente da linha feminina da Dior, com desfile marcado para o dia 1º de outubro. Já no dia 6, será a vez de Matthieu Blazy mostrar sua primeira coleção como diretor criativo da Chanel, após deixar a Bottega Veneta.


Desfile Chanel Paris Fashion Week Outono/Inverno 2025 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Kristy Sparow)


Além das estreias, marcas como Lanvin, Thom Browne, Agnès b. e Vetements retornam ao calendário oficial da semana parisiense, enquanto nomes como Jean Paul Gaultier e Mugler também prometem movimentar a temporada com novidades em formato e direção.

Novos talentos e clima de renovação

O showroom SPHERE, iniciativa da FHCM para apoiar estilistas emergentes, ocupará o Palais de Tokyo a partir de 1º de outubro. O espaço é dedicado a destacar novas vozes da moda e criar conexões com imprensa e compradores internacionais.

Antes da temporada feminina, Paris também sedia a menswear week de verão 2026, entre 24 e 29 de junho, que inclui a estreia de Anderson na Dior Homme e o retorno da Saint Laurent sob direção de Anthony Vaccarello.

Mais do que uma vitrine de tendências, a Paris Fashion Week deste ano surge como um símbolo da reconfiguração do setor, marcado por mudanças criativas, desafios econômicos e a constante busca por inovação. Para especialistas, o evento pode ditar os rumos da moda global em um cenário de transformações rápidas e exigências crescentes por autenticidade e relevância.

Meryl Streep retorna com look marcante em “O Diabo Veste Prada 2”

Depois do retorno surpreendente de Anne Hathaway como Andy Sachs, agora mais confortável, de sandálias de velcro da Chanel em vez dos clássicos saltos, Meryl Streep também foi vista nas filmagens da aguardada sequência de “O Diabo Veste Prada”. Com um visual que mistura uma paleta de cores em tons de terra e cores que se destacam, a atriz revive a inesquecível Miranda Priestly.

O refinamento ousado de Miranda

Nas ruas de Nova York, Streep foi flagrada em um figurino que mantém a elegância fria de Miranda. Com os cabelos grisalhos já característicos da personagem, óculos escuros, sobretudo e saia midi de couro em tons de bege e marrom, ela chamou atenção com uma blusa roxa e saltos laranja. A combinação reforça o contraste intencional entre sofisticação clássica e ousadia cromática.


Meryl Streep nos bastidores de “O Diabo Veste Prada 2” (Foto: reprodução/Instagram/@madamemagazin)


O visual escolhido sugere que Miranda continua sendo uma figura poderosa e estilosa no universo editorial, agora com um toque mais moderno. A introdução de cores intensas, antes distantes do minimalismo elegante da personagem, pode sinalizar uma atualização estética, coerente com as transformações do mundo da moda desde 2006.

A nova Andy e suas referências visuais

Durante as gravações da sequência, Anne Hathaway surgiu em Nova York com um vestido multicolorido e acessórios chamativos que rapidamente chamaram a atenção de quem acompanhava os bastidores. O novo figurino sinaliza uma Andy mais ousada, que abandonou os visuais discretos e agora experimenta combinações mais artísticas e criativas.


Anne Hathaway nos bastidores de “O Diabo Veste Prada 2” (Foto: reprodução/Instagram/@extravagantmagazine)


A mudança visual de Andy reflete sua trajetória de amadurecimento e imersão na moda. Suas roupas agora dialogam com tendências contemporâneas que mesclam referências editoriais com styling conceitual, sugerindo uma personagem que absorveu o melhor de cada fase, do clássico ao excêntrico, e encontrou seu próprio tom.

Um retorno com nova linguagem estética

A sequência de “O Diabo Veste Prada” parece não apenas retomar a narrativa de suas personagens icônicas, mas também explorar transformações pessoais e profissionais. Andy se mostra mais confiante, com liberdade para ousar. Já Miranda, que sempre ditou regras com discrição, agora flerta com o impacto visual de forma mais expressiva.

Ao que tudo indica, o longa vai costurar elementos nostálgicos com a moda atual, trazendo novas camadas às protagonistas. Enquanto isso, as filmagens já funcionam como um espetáculo à parte, cada clique do set viraliza como tendência do momento, antecipando o que promete ser um desfile cinematográfico.

Chanel Métiers d’Art 2026 desembarca em Nova York com Matthieu Blazy

Chanel confirmou que apresentará sua coleção Métiers d’Art 2026 em Nova York no dia 2 de dezembro, marcando a estreia desse calendário anual sob a direção criativa de Matthieu Blazy. Após assumir oficialmente o comando do prêt-à-porter em Paris em outubro, Blazy escolheu a Grande Maçã (Big Apple é um termo que se refere a Nova York desde 1920), para homenagear o artesanato da maison com uma leitura contemporânea. Bruno Pavlovsky, presidente de moda da Chanel, ressaltou que Nova York é um verdadeiro polo de criatividade e que Matthieu Blazy a domina com intimidade, tornando-a o cenário ideal para revelar todo o savoir-faire da maison.

A ligação entre Chanel e Nova York remonta às viagens transatlânticas de Gabrielle Chanel nos anos 1930, época em que ela se inspirou no dinamismo americano para modernizar suas criações. Foi em solo nova-iorquino que Karl Lagerfeld encenou, em 2018, o icônico desfile “Paris-New York” no Metropolitan Museum of Art, transformando o Templo de Dendur em passarela. Desta vez, um teaser com um mapa vintage do metrô local, cruzado por um duplo C, sinaliza que o local exato será revelado em breve, mantendo o mistério que caracteriza os shows Métiers d’Art.

Métiers d’Art

A coleção Métiers d’Art celebra o trabalho dos ateliês parceiros da Chanel, reunidos no centro Le19M, em Paris, onde bordadeiras (Lesage), plissadoras (Lognon), chapeliers (Maison Michel), plumassiers (Lemarié) e outros mestres artesãos colaboram para peças únicas. Blazy promete exaltar essa herança com cortes modernos e texturas inéditas, explorando novas técnicas de tingimento e bordados em relevo, além de trazer materiais sustentáveis como seda reciclada e metais de baixo impacto ambiental.


CHANEL 2024/25 Métiers d’art Show (Vídeo: reprodução/YouTube/@Chanel)


Além de reforçar sua presença no mercado americano, a apresentação em Nova York deverá incorporar projetos digitais exclusivos: rumores falam em experiências de realidade aumentada para convidados e edição limitada de NFTs que imortalizam os croquis de Blazy. Após a turnê global da Cruise 2026, que teve passagem por Singapura, a maison mira encantar novamente com uma narrativa que une cidade, arte e artesanato de luxo em um espetáculo híbrido, reafirmando Métiers d’Art como vitrine de inovação e tradição.

Alta-costura da Chanel

A última coleção de alta-costura da Chanel antes da estreia de Matthieu Blazy foi apresentada no dia 8 de julho de 2025, no Salon d’Honneur do Grand Palais, em Paris. O cenário recriou o apartamento original de Gabrielle Chanel na Rue Cambon, 31, com paredes espelhadas, tapetes beges e bancos estofados, criando um ambiente intimista que contrastou com os desfiles grandiosos a que a maison nos acostumou.


Desfile Chanel Paris Fashion Week Alta-costura 2025/2026 (Foto: reprodução/Krist Sparow/Getty Images)


Esse foi o último trabalho desenvolvido pelo estúdio interno sob a direção criativa de Virginie Viard, marcando o fim de um ciclo iniciado por Karl Lagerfeld em 1983 e continuado por Viard desde 2019. A apresentação serviu tanto de celebração ao legado de mais de 110 anos de couture quanto de ponte para a visão futura de Blazy, que assume o cargo em outubro de 2025.

Blusas longas voltam a dominar o visual com jeans slim

As blusas longas dos anos 2000 estão oficialmente de volta e prometem ser protagonistas em 2025. A combinação com jeans slim, que marcou época na virada do milênio, retorna renovada pelas mãos de grandes marcas e é reforçada pelo street style internacional. Em tempos em que o conforto encontra a elegância, essa dupla surge como aposta segura e versátil para diversas ocasiões.

A Etro foi uma das grifes que apostou na estética Y2K repaginada em sua coleção primavera-verão 2025. As blusas longas aparecem quase como vestidos ou quimonos, com tecidos fluidos e estampas discretas, combinadas com jeans ajustados na medida. A calça slim fit menos colada que a skinny, porém mais justa que a reta, ganha destaque como peça-chave da temporada. Ela equilibra perfeitamente o volume das blusas longas, criando um visual alongado, moderno e prático.


Convidada usando uma blusa longa branca com detalhe de cadarço na frente durante a Paris Fashion Week (Foto: reprodução/Edward Berthelot/Getty Images Embed)


Tricôs, transparências e cortes assimétricos

Entre os modelos que estão fazendo sucesso, destacam-se as versões em tricô leve, vistas nas passarelas de Ralph Lauren e Acne Studios. Elas trazem textura e sofisticação ao look sem pesar.

Já as blusas com transparência, tendência forte em marcas como Chanel e Khaite, adicionam um toque sensual e contemporâneo. Modelos assimétricos ou com recortes estratégicos também têm lugar garantido nos closets de quem busca um visual atualizado.

Essa variedade mostra como a blusa longa se adapta a diferentes estilos do boho com babados, influenciado pela nova fase da Chloé, até opções mais minimalistas e elegantes. O importante é manter o equilíbrio: volume em cima, estrutura embaixo.


Convidada vestiu um sobretudo bege e um cinto de couro marrom na cintura no Paris Fashion Week (Foto: reprodução/Edward Berthelot/Getty Images Embed)


Do casual ao sofisticado, sem complicação

Para o dia a dia, combine com sandálias rasteiras ou tênis e acessórios discretos. Em ocasiões mais formais, troque o calçado por um salto fino e adicione um blazer estruturado, truque infalível para transformar o visual sem esforço.

A blusa longa, antes esquecida, retorna como peça-chave para quem quer unir conforto, estilo e uma boa dose de nostalgia fashion. Em 2025, ela representa uma estética que dialoga com passado e presente, unindo a nostalgia dos anos 2000 com as exigências de conforto e sofisticação da moda atual.

Normcore: estilo de Lorde brilha na Semana de Moda de Paris

A cantora Lorde estreia uma nova fase musical com o álbum “Virgin”, lançado no final de junho deste ano. Essa mudança vai além das músicas e se manifesta também no estilo e na moda da neozelandesa, especialmente com a participação dela na Semana de Moda de Paris.

Os visuais de Lorde chamaram a atenção do público por conta do estilo que a cantora apresentou no evento fashionista: o normcore. Esse estilo busca valorizar produções mais simples, confortáveis e despretensiosos, como uma forma de mostrar looks “normais” que combinam em qualquer ocasião.

A característica desse estilo é a utilização de peças básicas, como calça, camiseta, roupas de cortes simples e entre outros. O normcore tem a ideia de criar estilo prático e confortável, mas mantendo a elegância nos looks, e é isso que a cantora neozelandesa apresentou ao prestigiar os desfiles de Chanel e Balenciaga.

Looks de Lorde na Semana de Moda de Paris

Tudo começou quando a cantora assistiu ao desfile da Chanel com um visual mais elegante e tradicional. Ela utiliza um vestido preto com manga 3/4 e leves texturas, complementando o look com bracelete, colar prata, tornozeleira e óculos escuros. Outro ponto que chamou a atenção no visual de Lorde são os sapatos scarpins com detalhes prateados.


Lorde durante o desfile da Chanel na Semana de Moda de Paris 2025 (Foto: Reprodução/Thomas Samson/AFP/Getty Images Embed)


O look que Lorde escolheu para o desfile da Balenciaga revelou um lado mais ousado e inesperado da cantora. Ela usou uma peça longa, transparente e coberta por cristais, complementada por fitas adesivas para cobrir os seios. Nesse visual, ela combina sensualidade, atitude e sofisticação, marcando um contraste com seu estilo habitual.

Como contraste, ela utiliza uma calça jeans larga, que possui leve rasgo no joelho. Essa peça mostra o lado mais confortável e descontraído da elegância apresentada pela peça de cristal e também pelos saltos scarpin.



Combinação entre Normcore e elegância

A presença de Lorde na Semana de Moda de Paris vai além de um look ousado ou de uma participação em um desfile de prestígio. Ao unir o glamour das passarelas com a filosofia do Normcore, a artista reforça uma mensagem importante: o estilo verdadeiro não está nas tendências passageiras, e sim na expressão da própria autenticidade.

Gkay rouba a cena em Paris com looks ousados e cheios de brasilidade na Semana de Alta-Costura

Gkay elevou o tom de ousadia na Semana de Alta Costura de Paris ao exibir um look revelador que destacou suas pernas, combinando sensualidade e atitude em meio à sofisticação dos desfiles. A influenciadora, conhecida por seu estilo irreverente, aproveitou a visibilidade do evento para reforçar sua identidade fashion e provocar reflexões sobre liberdade estética. Com escolhas que desafiam convenções e brincam com o inesperado, ela se posiciona além da estética como uma narradora visual que traduz tendências em declarações pessoais.

Ousadia acompanhada de estratégia

A ousadia, porém, vem acompanhada de estratégia: cada visual carrega uma intenção clara de causar impacto e abrir diálogos entre moda, cultura pop e autenticidade. No palco parisiense, Gkay se destaca como símbolo da nova geração de fashionistas que misturam provocação, brasilidade e sofisticação.

A escolha por peças marcantes em um dos eventos de moda mais prestigiados do mundo também reafirma o espaço crescente de criadores de conteúdo no circuito de alta-costura. Ao lado de estilistas consagrados e editores influentes, Gkay prova que a influência digital pode redefinir o protagonismo na indústria e que o street style ousado pode ocupar, com naturalidade, a primeira fila dos desfiles mais cobiçados do planeta.

Elegância e provocação no coração de Par­is

Durante os dias de alta-costura, a influenciadora brasileira marcou presença em desfiles de grifes importantes como Schiaparelli, Chanel e Ashi Studio. Em uma de suas produções, um body claríssimo com decote e comprimento curto destacou as pernas de Gkay, chamando atenção por equilibrar sensualidade e elegância.

Os acessórios também tiveram papel de destaque: para um dos eventos, ela usou um chapéu com tela integrada reminiscente de mosquiteiros brasileiros e, no desfile da Ashi, usou um colar feito de batons, uma peça que virou febre nas redes. O look ousado despertou elogios tanto de celebridades como Letícia Colin (“Uauuuu, amei”) quanto comentários curiosos do público. Alguns chegaram a brincar com a ideia de “mosquiteiro portátil”.


Gkay durante a semana de moda em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@igoormelo)


Gkay apostou na combinação entre o preto e o branco com muito estilo (Foto: reprodução/Instagram/@igoormelo)


Transformando crítica em estilo

A escolha inteligente de peças ousadas e bem pensadas mostra como Gkay transforma opiniões em estilo pessoal. Ela escolhe referências do cotidiano e as reinventa dentro do contexto dos eventos de moda de alto nível, provando que looks autênticos podem dialogar com alta-costura sem perder o humor.

Gkay não se limitou a um único visual. Ela desfila diversas propostas ao longo da semana, como body glitter, peças estruturadas e vestidos com transparência, sempre correndo entre desfiles e trocando de look, até dentro do carro, seguindo o ritmo frenético da alta-costura.

Gkay firmou-se como uma das figuras mais emblemáticas da Semana de Alta Costura de Paris de 2025, articulando ousadia nas pernas, senso de humor e autoconfiança em looks cheios de personalidade, ela converteu o evento em plataforma para expressão criativa e cultural. Sua presença extrapolou a simples participação como convidada; transformou-se em performance visual, marcada por narrativas que unem moda, identidade e irreverência. Ao inserir referências brasileiras em um contexto tão tradicional e internacional, Gkay desafiou os padrões estabelecidos e mostrou que a alta-costura também pode ser terreno para discursos autênticos e inclusivos.

Com isso, reforça seu papel como protagonista de uma nova era da moda, onde o impacto está menos na obediência às regras e mais na coragem de rompê-las. E, nessa temporada, ela rompeu com elegância.

Chanel resgata a elegância em movimento na Alta-Costura Outono/Inverno 2025/26

A Chanel apresentou sua coleção de alta-costura para o outono-inverno 2025/26 nesta terça-feira (8), em Paris, e o desfile no Salon d’Honneur do Grand Palais mostrou que a maison domina como poucas o equilíbrio entre tradição e renovação. Apostando em uma estética refinada e sensorial, a grife entregou uma passarela coerente, cheia de códigos históricos reinterpretados para um público contemporâneo, com foco em movimento, fluidez e versatilidade.

Atmosfera íntima, sofisticação máxima

Diferente dos habituais cenários monumentais da Chanel, o desfile aconteceu em clima intimista, com cortinas drapeadas, sofás confortáveis e número reduzido de convidados, em referência aos salões de alta-costura do século passado e ao lendário endereço da Rue Cambon, 31. A ambientação refletiu o desejo de desacelerar e valorizar o olhar detalhista sobre a construção das peças.

Tweed em destaque e novas proporções

O tweed, símbolo máximo da Chanel, apareceu em inúmeras variações: desfiado, com fios metalizados, sobreposto a peças de cetim de seda, e combinado com materiais inusitados como plumas, paetês e pelúcia. As jaquetas curtas, boleros e casacos longos confirmaram a versatilidade do tecido, que ganhou nova vida nesta coleção.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Outro ponto alto foi a inversão de proporções. Tops cropped, jaquetas encurtadas e blusas que deixavam apenas uma faixa de pele à mostra trouxeram um frescor elegante, sempre equilibrados por saias longas com fendas e sobreposições, uma construção visual que conferiu movimento e sofisticação às silhuetas.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


O poder das botas e o diálogo com o cotidiano

As botas cuissarde, de cano altíssimo e bico arredondado, dominaram a passarela, surgindo em branco, bege e preto, sempre combinadas com diferentes tipos de looks. Foram peças-chave tanto para quebrar a delicadeza de vestidos fluidos quanto para adicionar estrutura a conjuntos de tweed, confirmando sua força como item curinga e símbolo de empoderamento sutil.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Em meio à opulência da alta-costura, a Chanel encontrou espaço para elementos urbanos, com toques de streetwear reinterpretados: bermudas jeans (jorts), cintos utilitários com bolsos e uma abordagem prática, mas requintada, das sobreposições. Uma escolha que aproxima o universo da maison da realidade de suas clientes.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Texturas, camadas e liberdade em foco

Com uma paleta centrada em preto, branco e bege, a coleção foi costurada por um trabalho minucioso de texturas e camadas. Vestidos e saias leves em chifon e seda surgiram com babados, enquanto túnicas, capas e boleros trouxeram volume e impacto visual, muitas vezes lembrando armaduras elegantes nos ombros das modelos.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


O desfile transmitiu a ideia de roupas feitas para o movimento, uma Chanel que caminha, dança e se adapta ao ritmo da vida real, sem perder a aura de exclusividade e requinte que define a maison.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Um dos melhores desfiles da equipe criativa

Apesar do clima de transição na direção criativa da marca, o foco do desfile foi, acima de tudo, a força da própria coleção. Com construção impecável, narrativa coesa e um equilíbrio maduro entre o clássico e o contemporâneo, o inverno 2025/26 da Chanel pode ser considerado um dos desfiles mais bem-resolvidos da maison nos últimos anos.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Vittorio Zunino/Getty Images Embed)


Ao oferecer novas leituras de códigos eternos, e não ter medo de flertar com o novo, a Chanel reafirma seu lugar como uma casa que, mesmo diante das mudanças, continua a ditar o tempo da moda com elegância, inteligência e propósito.

Chanel reúne estrelas em Paris na última coleção antes da estreia de Matthieu Blazy

Uma manhã estrelada marcou o fim de um ciclo na história da Chanel. Nesta terça-feira (08), a grife francesa apresentou sua coleção de alta-costura para o inverno 2025/26 no icônico Salon d’Honneur do Grand Palais. O desfile, que é o último antes da estreia de Matthieu Blazy como novo diretor criativo, contou com presenças marcantes na primeira fila. 

Primeira fila reúne nomes de peso

O desfile abriu a semana de alta costura de Paris. E contou com a  primeira fila mais estrelada da temporada, reforçando o peso da Chanel no circuito. Nomes como Kirsten Dunst, Penélope Cruz e Naomi Campbell marcaram presença. Além delas, a cineasta Sofia Coppola também estava presente, ao lado de suas filhas Romy e Cosima.


Alguns famosos que marcaram presença no desfile (Fotos: reprodução/Arnold Jerocki/Jacopo Raule/Stephane Cardinale – Corbis/Getty Images Embed)


A forte presença de mulheres marcantes no desfile destaca e reforça o posicionamento da Chanel. A seleção dos convidados reflete a estratégia da maison francesa. Dialogando com diferentes gerações de mulheres influentes, a Chanel se reafirma como atemporal, sofisticada e conectada com a arte. Mais do que um desfile, a Chanel construiu uma narrativa que ecoa elegância, relevância e permanência.

Nova era na Chanel

O evento também marcou o fim de um ciclo para a Chanel. Esta foi a última coleção desenvolvida pelo estúdio de criação da maison antes da chegada de um novo nome ao comando criativo. A partir de outubro, o comando criativo será assumido por Matthieu Blazy, estilista franco-belga conhecido por seu trabalho à frente da Bottega Veneta. Ele foi anunciado como sucessor de Virginie Viard em dezembro do ano passado.


Matthieu Blazy, novo diretor criativo da Chanel (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


A chegada de Blazy inaugura uma nova fase para a grife, que promete manter a sofisticação e a elegância como pilares centrais. O estilista será responsável pelas futuras coleções femininas de alta-costura e acessórios, assumindo oficialmente o cargo em outubro. Sua estreia já é uma das mais aguardadas do ano, marcando o início de um novo capítulo à frente de um dos postos mais cobiçados e influentes do universo da moda.

Palco da alta-costura se acende para uma nova edição inesquecível

Paris volta a ser o centro do luxo e da ousadia com o início da Semana de Alta-Costura de outono/inverno 2025–2026. O evento acontece entre os dias 7 e 10 de julho, com desfiles ao longo do dia em diferentes pontos da cidade. Ao todo, 27 maisons participam do calendário oficial, exibindo coleções que celebram o feito à mão, a exclusividade e a liberdade criativa que define a alta-costura. Os desfiles são presenciais, mas muitos também ganham transmissão online, ampliando o alcance da experiência.

O surreal toma a passarela no primeiro dia de desfiles

A estreia desta edição fica por conta da Schiaparelli, que já transforma a manhã parisiense em um espetáculo de moda e arte. Com uma estética provocadora e visual escultural, a maison abre os trabalhos com uma coleção que flerta com o surreal, sem perder o toque de elegância. Ainda no primeiro dia, nomes como Iris van Herpen, Rahul Mishra e Giambattista Valli reforçam a diversidade de estilos que compõem o cenário atual da haute couture.


Modelos na passarela do desfile de Iris Van Herpen como parte da coleção de Alta Costura Outono/Inverno 2025 (Foto: reprodução/Thomas Samson/GettyImages Embed)


O desfile se destaca pela combinação de maestria artesanal e cenários cuidadosamente elaborados, que funcionam como extensões naturais das peças. Estruturas arquitetônicas iluminadas, projeções em tempo real e trilhas sonoras originais envolvem os convidados, criando uma atmosfera sensorial onde moda, arte e tecnologia se cruzam em perfeita harmonia.

A alta-costura vive um momento decisivo

Além da moda, a semana também marca um momento de virada nos bastidores das grandes casas. Glenn Martens estreia na direção criativa da Maison Margiela, enquanto Demna apresenta sua última coleção para a Balenciaga, antes de assumir novos rumos. Grandes nomes como Chanel, Elie Saab, Giorgio Armani e Zuhair Murad completam o line-up. O encerramento, por sua vez, fica com Kevin Germanier, cuja visão sustentável e estética ousada encerram o ciclo com frescor e personalidade.


Gustavo Silvestre, mestre do crochê e da arte manual, marca presença na colaboração ao lado de Kevin Germanier (Reprodução/Miguel Schincariol/GettyImages Embed)


O encerramento da Semana de Alta-Costura em Paris reserva um protagonismo brasileiro de peso. Kevin Germanier, pela sétima vez, une forças com Gustavo Silvestre para apresentar uma coleção que transcende o luxo tradicional. A fusão da ousadia do estilista suíço com a rica tradição artesanal do brasileiro, conhecido pelo impacto social de seu trabalho com crochê, dá origem a peças que impressionam pelo brilho, textura e um discurso ambiental forte. Mais que moda, essa parceria redefine o valor do feito à mão e abre caminho para uma alta-costura com propósito — e promete deixar marcas que vão muito além da passarela.

Éclat Premier: Chanel apresenta nova linha de skincare

A Chanel acaba de elevar os padrões do skincare com o lançamento da linha Éclat Premier, uma coleção sofisticada e tecnológica pensada para restaurar o brilho natural da pele. Unindo a ciência de ponta e ingredientes botânicos raros, a novidade aposta na prevenção e correção de sinais precoces de hiperpigmentação, além de proporcionar uma radiância em poucos dias de uso.

Um ritual inspirado na natureza e inovação.

Após 30 anos de pesquisa, a Chanel apresenta um cuidado diário que combina niacinamida pura e o poderoso extrato da flor premier. Rica em propriedades antioxidantes, a flor atua na uniformização do tom da pele, ao mesmo tempo, em que preserva sua vitalidade e juventude. Os produtos foram desenvolvidos com base me testes laboratoriais avançados, incluindo modelos tridimensionais de pele, o que permitiu à marca analisar em profundidade os efeitos das fórmulas em manchas e perda de luminosidade.

Ao contrário das outras lindas da maison como Le Lift Pro, focada em elasticidade, ou na N°1 de Chanel, com foco em anti-idade e ingredientes naturais, a Éclat Premier tem como missão principal revitalizar o brilho original da pele. Além disso, o uso de ativos de origem responsável e a atenção aos microprocesso de hiperpigmentação colocam e coleção em sintonia com as demandas contemporâneas de skincare.


Imagem de Divulgação da linha Éclat Premier (Foto: Reprodução/Divulgação/Chanel)


Conheça os produtos da linha

ÉCLAT PREMIER BRIGHT MILKY ESSENCE com sua textura leitosa se transforma em uma essência aquosa e fresca de absorção rápida. Fórmula com niacinamida e extrato de flor Premier, ela age suavemente para clarear manchas, iluminar e fortalecer a barreira cutânea.

ÉCLAT PREMIER LA MOUSSE é a espuma de limpeza é um convite ao frescor. Com toque aveludado, remove resíduos de poluição e protetor solar sem agredir a pele, deixando-a preparada para absorver os ativos do tratamento. Estudos da marca apontam melhora significativa da radiância em 7 dias e um efeito duplicado após 28 dias de uso.