“O Agente Secreto”, novo longa de Kleber Mendonça Filho, tem primeiras cenas reveladas em Cannes

O novo longa de Kleber Mendonça Filho, “O Agente Secreto”, ganhou suas primeiras imagens durante a programação do Festival de Cannes. Estrelado por Wagner Moura, o filme é ambientado nos anos 1970 e acompanha a fuga de um professor que tenta escapar da vigilância do governo. A estreia está prevista para 2025, ainda sem data exata.

Suspense no Recife dos anos 70

Na história, Wagner Moura interpreta Marcelo, um professor universitário com conhecimentos em tecnologia que abandona São Paulo após ser perseguido por agentes estatais. Ele escolhe Recife como refúgio, tentando encontrar um pouco de sossego bem na semana do Carnaval. Mas logo descobre que a vigilância o acompanha até ali, e que os próprios vizinhos parecem estar atentos a cada passo seu.

A atmosfera criada é uma combinação do clima vibrante do carnaval com uma tensão que se intensifica gradualmente. A cena inicial, divulgada por uma emissora francesa, revela um grupo de turistas surpreendidos ao se depararem com um corpo encoberto por papelão, abandonado à margem de uma estrada. O momento, marcado pelo silêncio e pelo desconforto, estabelece um clima sombrio logo de início.


Primeiras imagens de “O Agente Secreto” reveladas no Festival de Cannes (Vídeo: reprodução/X/@CercleCanalplus)

Kleber volta a Cannes e Wagner retoma o cinema nacional

Pela terceira vez, um longa-metragem dirigido por Kleber Mendonça Filho integra a programação oficial do Festival de Cannes, ele já participou anteriormente com “Aquarius” e “Bacurau”. O diretor vem ganhando destaque no cenário internacional por unir comentários sociais contundentes a um estilo visual marcante e próprio.

Já Wagner Moura, que nos últimos anos esteve em produções internacionais como “Guerra Civil” e “Sergio”, volta a protagonizar uma produção brasileira. Em entrevistas recentes, o ator revelou que o papel, aliado ao contexto político da história, representou um dos maiores desafios de sua carreira. A expectativa é que “O Agente Secreto” circule por diversos festivais importantes antes de estrear nos cinemas brasileiros em 2025, embora ainda não haja data oficial confirmada.



Kleber Mendonça Filho divulga imagem de seu novo filme

Kleber Mendonça Filho voltou aos cinemas. O diretor brasileiro conhecido por Bacurau (2019) e Aquarius (2016) divulgou em suas redes sociais a primeira imagem do seu novo filme. Intitulado de “O Agente Secreto”, o longa será estrelado pelo ator Wagner Moura e será exibido no Festival de Cannes de 2025.

O enredo de “O Agente Secreto” e Wagner Moura

O longa-metragem terá um cenário conhecido para o diretor: Recife. Na década de 1970, a história vai acompanhar um professor universitário chamado Marcelo (interpretado por Wagner Moura), que sai de São Paulo para Recife visando fugir de agentes do governo. Marcelo é procurado por atividades consideradas subversivas pela Ditadura Militar e acaba descobrindo que seus novos vizinhos estão espionando-o.


O diretor Kleber Mendonça Filho divulgou imagem do longa “O Agente Secreto” (Foto: reprodução/X/@kmendoncafilho)

Em “O Agente Secreto”, Wagner Moura voltará a atuar em um filme brasileiro após mais de dez anos, mesmo que em 2021 ele tenha emprestado sua voz para a animação “Meu Tio José”. O ator brasileiro é essencial para o longa, uma vez que Kleber Mendonça Filho afirmou, segundo a Rolling Stone Brasil, que o filme foi criado para Wagner Moura ser o protagonista.

Este filme foi criado especialmente para Wagner após anos tentando ajustar os ponteiros para trabalharmos juntos. O roteiro foi escrito ao longo de três anos até que chegou a hora de enviá-lo e ver se ele se interessaria. A reação dele foi sensacional. Além de ser um grande ator, eu passei a conhecer a grande pessoa e hoje o amigo Wagner

O elenco e Festival de Cannes

Além de Wagner Moura, outros grandes atores e atrizes estarão presentes em “O Agente Secreto”. O elenco contará com a grande de Maria Fernanda Cândido (de Terra Nostra), Gabriel Leone (de Senna), Isabél Zuaa (de O Nó do Diabo), Alice Carvalho (de Cangaço Novo), Thomás Aquino (de DNA do Crime), Suzy Lopes (de Paloma), Buda Lira (de Mais Pesado É o Céu), Carlos Francisco (de Marte Um), Wilson Rabela (de Bandida: A Número Um) e Laura Lufési.


Elenco de “O Agente Secreto” durante gravações do longa (Foto: reprodução/X/@kmendoncafilho)

Além deles, há outros dois atores que já trabalharam com Kleber Mendonça Filho em outras duas produções do diretor. Rubens Santos, que interpretou o personagem Rivanildo em “Aquarius” e o alemão Udo Kier, o Michael de Bacurau, vão estar em “O Agente Secreto”.

“O Agente Secreto” foi selecionado para disputar a Palma de Ouro, principal premiação do Festival de Cannes. O festival será realizado entre os dias 13 e 24 de maio na cidade francesa.

“Ainda Estou Aqui” faz história no Prêmio Platino e consagra o cinema brasileiro

Primeiramente, é importante enfatizar que o cinema brasileiro vive um momento histórico. No último domingo (27), o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, conquistou três dos maiores troféus da 12ª edição do Prêmio Platino, realizado em Madri, na Espanha. Inclusive, foi a primeira vez que uma produção do Brasil ganhou a grande categoria da noite, considerada a mais importante do audiovisual ibero-americano, que inclui as produções audiovisuais da América Latina, Espanha, bem como Portugal.

O drama, baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, apresenta a Fernanda Torres interpretando a Eunice Paiva, a ativista política e a mãe do autor, com uma atuação bastante elogiada e premiada. Na cerimônia, a atriz Valentina Herszage — que vive Vera Paiva no filme — e o produtor Rodrigo Teixeira representaram a Fernanda e o Walter, que não puderam comparecer. Durante o discurso lido por Rodrigo Teixeira, o diretor destacou a necessidade de resgatar memórias que ainda ecoam no presente brasileiro.

Ainda Estou Aqui concorria com grandes nomes como Pedro Almodóvar (O Quarto ao Lado), Arantxa Echevarría (La Infiltrada) e Luis Ortega (El Jockey), mostrando ainda mais o peso da conquista. O filme já havia feito história ao vencer o Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional, outro feito inédito para o Brasil.


Valentina Herszage e Rodrigo Teixeira recebem o prêmio de Melhor Filme por Ainda Estou Aqui no Prêmio Platino 2025 (Vídeo: reprodução/X/@Dantinhas)

Brasil também brilha com série sobre Ayrton Senna

Para finalizar, além do sucesso nas salas de cinema, o streaming brasileiro também teve forte destaque no Prêmio Platino. A série Senna, que retrata a trajetória do inesquecível ídolo Ayrton Senna, venceu na categoria de Melhor Criação de Série. A produção da Netflix foi assinada por Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade. Além disso, disputava em outras três categorias, incluindo Melhor Minissérie. Apesar da significativa presença brasileira com onze produções indicadas — um recorde na história da premiação — o prêmio de Melhor Minissérie ficou com a colombiana Cem Anos de Solidão, adaptação da obra de Gabriel García Márquez. Ainda assim, o saldo brasileiro foi consideravelmente positivo, reafirmando a resistência e força do país no cenário audiovisual internacional.

O filme “Homem com H” ganha pôster oficial 

A Paris Filmes, na última terça-feira (25), divulgou o pôster oficial de “Homem com H”, filme que conta a vida e obra de Ney Matogrosso. Com data prevista para estrear dia 01 de maio (2025), exclusivamente nos cinemas, teve supervisão geral do próprio artista e direção de Esmir Filho. 

As filmagens foram iniciadas em janeiro de 2024 e, além de supervisionar o trabalho, Ney Matogrosso colaborou também com o roteiro e participou das decisões conjuntamente com a direção e a equipe de gravação. 

Neste drama biográfico, produzido pela Paris Filmes, em parceria com a Paris Entretenimento, o público poderá conhecer a história do artista desde sua infância até a vida adulta, passando pelo estrelato.


Postagem de divulgação do filme “Homem com H” (Foto: reprodução/Instagram/@parisfilmes)


Escolha do protagonista

Ney Matogrosso, nesta cinebiografia, será interpretado pelo ator Jesuíta Barbosa. E, segundo o diretor Esmir Filho, em entrevista, o processo de seleção foi concorrido. Segundo Filho, havia várias possibilidades, tanto de atores novos como veteranos, para o papel de protagonista. Mas Jesuíta Barbosa pareceu ser a escolha mais assertiva.

“Jesuíta foi o grande destaque e nos pareceu a escolha certa, não só pelo ator maravilhoso que é, mas também por ser um artista performático como Ney.” Esmir Filho

Inclusive, vale ressaltar que, no pôster de divulgação do filme, quem aparece performando não é Ney Matogrosso e sim o ator que dará vida ao artista nesta obra. 

Segundo especialistas, Jesuíta encarna o personagem de uma forma performática, cheia de detalhes, mas sem ser caricato.


Trailer oficial do filme “Homem com H” (Vídeo: reprodução/Youtube/@fasdecinemabr)

O elenco ainda conta com a participação de Bruno Montaleone, Rômulo Braga, Hermila Guedes, Carol Abras, Lara Tremouroux, Mauro Soares, entre outros.

Exibição no 27º Festival de Cinema Brasileiro de Paris

O filme “Homem com H” será exibido na sessão de encerramento do “27º Festival de Cinema Brasileiro de Paris”, previsto para 06 de maio (2025). Durante a exibição do filme, nenhuma outra obra será exibida, pois “Homem com H” faz parte da sessão “hors-concours”. Ou seja, sem concorrência.


Postagem sobre a exibição do filme “Homem com H” (Foto: reprodução/Instagram/@jesuitabarbosa)


O festival acontece entre 29 de abril e 06 de maio (2025) e celebra a cultura brasileira na Europa. Será apresentado no cinema L’Arlequin, em Paris, França. 

Este ano, terá como tema “Do norte ao sul, um só Brasil”, em que serão apresentados filmes e documentários de várias partes do país.

“Ainda estou aqui” arrecada quase 3 milhões de reais no Reino Unido e Irlanda, segundo site especializado

Desde que estreou no Reino Unido e Irlanda, na última sexta-feira (21), o filme “Ainda estou aqui”, bateu recordes de bilheteria e já arrecadou cerca de 486 mil euros, quase 3 milhões de reais, na conversão atual, tornando-se a maior abertura de um filme latino-americano no Reino Unido. As informações são do site “Screen Daily”, especializado em informações sobre festivais e premiações de cinema.

Com estas cifras, o filme estrelado por Fernanda Torres e direção de Walter Salles, ultrapassa “Diários de Motocicleta” (2005), também de Salles, com arrecadação de 471 mil euros e, “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles, com arrecadação de 389 mil euros. 

Além do Reino Unido e Irlanda, “Ainda estou aqui”, que concorre ao Oscar 2025 de “Melhor filme” e “Melhor filme internacional”, chegou aos cinemas do México, Argentina, Uruguai, Equador e Peru, na última quinta-feira (20).

Ganhando prêmios e contando

Além de concorrer ao Oscar 2025, com transmissão ao vivo a partir das 21h, horário de Brasília, no próximo domingo (02), o filme “Ainda estou aqui” já coleciona vários prêmios. Entre eles:

  • Melhor Roteiro, Festival de Veneza 2024
  • Melhor Filme Ibero-Americano, Prêmio Goya
  • Melhor Longa-Metragem Internacional, Prêmio da Associação de Críticos de Porto Rico
  • Melhor Longa-Metragem Internacional, Festival de Cinema de Palm Springs
  • Melhor Filme Estrangeiro, New Mexico Critics Awards
  • Melhor Filme em Língua Não Inglesa,  Latino Entertainment Film Awards
  • Melhor Filme de 2024, Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro
  • Melhor Filme, Prêmio APCA
  • Melhor Longa-Metragem Brasileiro, Associação Brasileira de Críticos de Cinema
  • Melhor filme nacional de ficção, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Já, a protagonista, Fernanda Torres que concorre ao Oscar 2025  na categoria de “Melhor atriz”, além de levar o Globo de Ouro 2025 de “Melhor atriz em filme de drama”, também foi reconhecida no Critics Choice Association como “Melhor atriz estrangeira” e homenageada no Festival Internacional de Cinema de Santa Bárbara. Além dos vários prêmios e homenagens rendidas a ela tanto no Brasil quanto no exterior. 


Fernanda Torres (Foto: Reprodução/Instagram/@oficialfernandatorres)


Em relação ao diretor de cinema Walter Salles, 68, eleito pelo jornal britânico “The Guardian” como um dos 40 melhores diretores do mundo, além de acumular vários prêmios em sua carreira, também, já concorreu ao Oscar em 1999 com o filme “Central do Brasil”, protagonizado por Fernanda Montenegro, mãe da atriz Fernanda Torres. 

Sucesso nas bilheterias brasileiras 

O filme “Ainda estou aqui”, que teve estreia em 07 de novembro de 2024 no Brasil, é recorde de crítica e público.


Trailer do filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles (Vídeo: Reprodução/Youtube/@SonypicturesBrasil)

Em cartaz a 15 semanas e com exibição nas salas de cinema de todo país, já é considerado o 5º maior filme brasileiro, arrecadando mais de 100 milhões de reais até o momento e alcançando mais de 5 milhões de telespectadores.

“Vitória: filme com Fernanda Montenegro é escolhido para abrir o Festival de Cinema Brasileiro de Paris

Na última terça-feira (18), o filme “Vitória”, estrelado por Fernanda Montenegro e dirigido por Andrucha Waddington, foi escolhido para abrir o 27º Festival de Cinema Brasileiro de Paris. Baseado em uma história real, tem estreia marcada para o dia 13 de março nos cinemas brasileiros. 

O Festival acontece entre os dias 29 de abril e 6 de maio, no cinema  L’Arlequin, bairro de Saint Germain-des-Près, na capital francesa, para  celebrar a cultura brasileira na Europa e promover a cooperação audiovisual entre Brasil e França.

A trama, baseada nas reportagens realizadas pelo jornalista Fábio Gusmão, conta a história de uma senhora de 80 anos, Joana da Paz,  que denunciou o tráfico de drogas na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, Rio de Janeiro, às autoridades. Dona Joana por questões de segurança passou a se chamar Vitória e filmou a rotina do tráfico da janela de sua casa. 


Fernanda Montenegro, Thawan Lucas, Linn da Quebrada e Alan Rocha – elenco do filme Vitória (Foto: Reprodução/Instagram/@fernandamontenegrooficial)

Além de Fernanda Montenegro, Linn da Quebrada, Alan Rocha, Jeniffer Dias e Thawan Lucas também fazem parte do elenco. 


Trailer do filme “Vitória” (Vídeo: Reprodução/Youtube/@SonypicturesBrasil)

Homenageados

Na noite de abertura do Festival, Dira Paes, atriz e diretora nascida no Pará, receberá o troféu Jangada, principal prêmio do Festival. 

A artista que atuou em mais de 40 produções no cinema e 20 na televisão, será homenageada com a exibição de cinco filmes que marcaram sua carreira. 

Além de Dira Paes, o festival terá um dia com programações voltadas ao Festival de Cinema de Gramado. 


Dira Paes Calçada da Fama do Festival de Cinema de Gramado (Foto: Reprodução/Kattin Fotografias / AgNews)

Troca de direção

 Andrucha Waddington, diretor do longa-metragem, assumiu a direção após a morte do amigo e cineasta Breno Silveira, falecido em 2022, no início das filmagens. Silveira sofreu um ataque cardíaco e Waddington ficou encarregado de finalizar o projeto. 

Em entrevista ao Extra, Paula Fiuza, viúva de Breno Silveira e roteirista do filme, disse que “a finalização do filme seria uma homenagem ao esposo que deu a vida por ele”

Conheça a carreira de Cacá Diegues, um dos maiores nomes do cinema brasileiro

O cineasta Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14), aos 84 anos. Segundo a TV Globo, Cacá iria passar por uma cirurgia, mas, conforme disse a Clínica São Vicente, ele teve complicações cardiocirculatórias.

Carlos José Fontes Diegues, conhecido como Cacá Diegues, nasceu em Maceió, no dia 19 de maio de 1940, mas se mudou para o Rio com 6 anos. Ele foi um dos maiores cineastas do Brasil, sendo um dos fundadores do movimento Cinema Novo.

O início

Cacá Diegues estudou no Colégio Santo Inácio antes de cursar Direito na PUC-Rio. Lá, ele participou do movimento estudantil organizado, onde exerceu a presidência do Diretório Acadêmico do seu curso. Ainda na universidade, como presidente do Diretório, criou um cineclube, onde deu os seus primeiros passos no cinema com David Neves e Arnaldo Jabor.

Como estudante, dirigiu o jornal “O Metropolitano”, órgão oficial da União Metropolitana de Estudantes, e participou do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).


Cacá Diegues recebe homenagem no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (Foto: reprodução/G1/Alexandre Durão

O cinema

Cacá Diegues foi um dos fundadores do Cinema Novo, um movimento cinematográfico que se destacava pela sua crítica à desigualdade social, com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade e outros cineastas. O movimento alcançou seu ápice no Brasil nas décadas de 60 e 70.

Ao longo de sua carreira, Cacá Diegues fez mais de 20 filmes. Entre os principais de sua filmografia estão “Xica da Silva” (1976), “Bye bye Brasil” (1980), “Veja esta canção” (1994), “Tieta do Agreste” (1995) e “Deus é brasileiro” (2003).


Cacá Diegues é um dos grandes nomes do cinema brasileiro (Foto: reprodução/Assessoria)

“Ganga Zumba” (1964), “Os herdeiros” (1969), “Joanna Francesa” (1973), “Chuvas de verão” (1978), “Quilombo” (1984), “Um trem para as estrelas” (1987), “Orfeu” (1999), “O maior amor do mundo” (2005) e “O grande circo místico” (2018) são outras obras de Diegues.

Samba e ABL

A vida e obra de Cacá Diegues não se resumem ao cinema. O cineasta foi enredo de carnaval. No ano de 2016, a Inocentes de Belford Roxo, escola de samba do Rio de Janeiro, desfilou na Série A do carnaval carioca com o enredo “Cacá Diegues — Retratos de um Brasil em cena“. Na ocasião, Cacá desfilou no último carro da escola.

Cacá Diegues também foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele ocupava a cadeira de número 7, que herdou do amigo e também cineasta Nelson Pereira dos Santos. A mesma cadeira já foi ocupada por grandes brasileiros e brasileiras como Euclides da Cunha, Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sergio Corrêa da Costa.


Cacá Diegues foi membro da Academia Brasileira de Letras (Foto: reprodução/Fábio Cordeiro/Editora Globo)

Cacá em Família

Cacá Diegues tinha 84 anos e era pai de quatro filhos, sendo dois, fruto do casamento entre o cineasta e Nara Leão. Ele era casado, desde o ano 1981, com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães. Ele deixa três netos.

“Ainda Estou Aqui”: Selton Mello revela bastidores de sua despedida das gravações do filme

Em entrevista divulgada pelo site “IndieWire”, nesta quinta-feira (28), Selton Mello revelou que a última cena de seu personagem Rubens Paiva no filme “Ainda Estou Aqui”, também foi a sua despedida das gravações do longa. A cena em questão, retrata o momento em que Rubens (Selton Mello) se despede de sua esposa Eunice (Fernanda Torres).

“Filmamos cronologicamente, o que é muito raro. O (take) dia que deixo a casa, é o (take) dia que saio do filme. Quando me virei para Fernanda pela última vez, tive que dar a ela um sorriso que (sua personagem) lembraria pelo resto da vida”, disse Selton Mello.

Selton também expôs a complexidade da cena, já que ele tinha que transmitir a sensação de “tranquilidade” que o personagem carregava, mesmo sabendo o fim trágico da história de Rubens Paiva.

“Foi muito difícil interpretar aquela cena porque eu sabia o que estava acontecendo, mas ele não. Eu tinha que estar muito relaxado, como, vou voltar hoje, ou talvez amanhã. Como se tudo fosse ficar bem”, descreveu o ator.

Além disso, Selton Mello afirmou que contracenar com as crianças que interpretavam os filhos de Rubens Paiva, o ajudou a recordar as raízes de sua profissão. “Toda vez que trabalho com crianças é ótimo porque elas me lembram do frescor de apenas estar lá, de não atuar”, declarou.

Sucesso de bilheteria

O filme “Ainda Estou Aqui” lidera a bilheteria nacional e já chegou a bater a marca de 1,8 milhão de espectadores. Maior público da carreira do diretor brasileiro Walter Salles, o filme estrelado por Fernanda Torres ultrapassou o grande sucesso “Central do Brasil” que levou 1,6 milhão de pessoas para as salas de cinema em 1998.

O filme, que já arrecadou mais de R$ 8,9 milhões, está disputando atenção com filme musical “Wicked”, que arrecadou 7,8 milhões em sua semana de estreia.


Trailer do filme “Ainda Estou Aqui” (Vídeo: reprodução/YouTube/Sony Picture Brasil)

Oscar 2025

Existe uma grande expectativa entres os fãs do cinema brasileiro de que “Ainda Estou Aqui” esteja entre os indicados para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Vencedor na categoria Melhor Roteiro no Festival de Veneza, o filme, segundo as previsões da revista Variety, tem chances concretas de ficar entre os cinco finalistas para levar tal premiação.

Sintonia: Netflix divulga o início das gravações para a 5ª temporada

Nesta segunda-feira (8), foi divulgado pela Netflix o início das gravações da 5ª e última temporada de ”Sintonia”. Série produzida por KondZilla e também criação de Felipe Braga e Guilherme Quintella. A Produção foi vencedora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por melhor série de ficção em TV Paga/OTT em 2020, ficando também, no TOP 10 de mais assistidos na plataforma em todos os anos de lançamento.

Os atores principais que interpretam Nando (Christian Malheiros), Rita (Bruna Mascarenhas) e Doni (Jottapê), juntamente se manifestaram na rede, publicando o anuncio em um ”antes e depois” dos personagens.

(Reprodução: Instagram/@christianmalheiros)

Final da última temporada

Na 4ª temporada o enredo apresentou mais ação e para seus personagens a tomada de decisões onde não se pode voltar atrás, deixando algumas questões a serem resolvidas. Doni, que conseguiu abrir a gravadora na Vila Áurea, agora produz os ritmos dos novos talentos da favela, enquanto Rita entra para a faculdade de Direito e se vê em uma dualidade entre ajudar os seus amigos e seu namorado e se acredita na justiça brasileira. Ao final da temporada Nando acaba sendo preso após conseguir o acordo de liberdade de sua mulher, entra em contato com a facção, deixando claro que está, mais do que nunca, envolvido em todo o esquema de pirâmide.

Sintonia

Em uma entrevista para o apresentador Danilo Gentili, KondZilla falou sobre a concepção de ”Sintonia” e qual o seu objetivo com a série.

”É uma série que envolve o universo da música, mas não é musical. É baseada em fatos reais, coisas que a gente ouviu dizer, histórias do vizinho, do fulano, do amigo. Mas claro que é baseado, é ficção”, explica o produtor. A trama de Rita, é pega pela dualidade entre a religião e politica. Enquanto Doni, traz a essência do mundo musical. E na trama de Nando, trazendo um olhar realista para o trafico de drogas e as facções criminosas.

Até o momento, a nova temporada não tem data de estreia e os criadores, sem muitas delongas, comunicaram que o desfecho “determinar o destino do trio que conquistou o Brasil”.

Novo filme de Fabrício Bittar, “O Rei da internet”, terá João Guilherme como protagonista

João Guilherme vai viver o hacker Daniel Nascimento em filme. “O rei da internet” é dirigido por Fabrício Bittar, e contará a história do hacker que já foi considerado um dos maiores do país. O ator Marcelo Serrado também atuará no filme, interpretando um líder que recrutará o jovem para o mundo do crime.

O rei da internet

De acordo com o jornal O Globo, o novo filme de Fabrício Bittar (‘Como se Tornar o Pior Aluno da Escola’) começará a ser gravado em março deste ano. Os atores já anunciados para o longa são Marcelo Serrado (Crô – O Filme) e João Guilherme, que já fez alguns filmes, como ‘Alice no Mundo da Internet’, ‘Entrando numa Roubada’ e ‘Meu Pé de Laranja Lima’.

Durante entrevista para O Globo, João Guilherme comentou: “Vai ser um projeto diferente de tudo o que fiz até agora. Além de atuar, terei minha primeira oportunidade como produtor executivo. Isto é incrível: poder mergulhar de cabeça em um projeto, indo além da atuação”.


Marcelo Serrado – à esquerda -, Fabrício Bittar – ao centro -, e João Guilherme – à direita (Reprodução / O Globo)

O hacker da vida real

O filme é inspirado na trajetória do brasileiro Daniel Nascimento, que ficou conhecido por ser um dos principais hackers cibernéticos do país. Dos seus 11 aos 15 anos, Daniel invadiu sistemas nacionais e internacionais, inclusive do governo. Ele também foi responsável por deixar a região nordeste sem luz durante uma semana, após invadir a rede da Telemar. Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal, em 2005. Hoje, atua como empresário e consultor no ramo de segurança digital, fazendo justamente o oposto do que fazia antes: ajudando empresas e pessoas a se protegerem de ataques cibernéticos.