Países aguardam chegada de Furacão Beryl que trará fortes tempestades

Desde a última sexta-feira (28), o Furacão Beryl tem ganhado força e ontem (30) virou uma caracterizada como extremamente perigosa, de categoria nível 4, em uma escala de 1 a 5. Os países do Caribe estão extremamente preocupados pois o furacão pode trazer “ventos com risco de vida”, além de fortes tempestades. Alguns dos países da região receberam um alerta do que está por vir, mesmo que numa época incomum de acontecer tal feito.


Vídeo sobre o Furacão Beryl (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Preparação dos países

Barbados, Santa Lúcia, São Vicente, Granadinas e Granada e as ilhas da Martinica e Tobago estão sob alertas de tempestades tropicais. Autoridades destes países têm pedido para que os moradores se preparem de acordo com a aproximação do furacão. Em Granada, por exemplo, é esperado que a região recebe uma chuva de três meses em 12 horas.

O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, afirmou que o estrago já seria grande com 2 polegadas de chuva, mas o dobro disso deve inundar a capital Kingstown. Um morador da região, afirmou que alguns dias atrás, o furacão e as tempestades não eram assunto de máxima preocupação entre os habitantes.

Em outros locais, como Barbados, os moradores foram aos supermercados para garantir um estoque de alimentos e mantimentos necessários para os próximos dias.

O furacão

Segundo meteorologistas, a temporada de furacões em 2024, pode ser muito mais agitada que o esperado. O número de tempestades previstas, por exemplo, é muito maior que o normal, estando entre 17 e 25.

Um dos fatores analisados por especialistas, foi o fenômeno La Niña, que ocorre com o aumento da temperatura dos oceanos e causa alterações no padrão climático mundial. Este acontecimento causa um desenvolvimento mais viável para tempestades e o fortalecimento das mesmas não é afetado por ventos, que é algo que pode complicar a formação das mesmas.

Pesquisa aponta que 30% dos moradores do RS pensam em mudar de residência

Os últimos eventos climáticos que atingiram a região sul do Brasil, afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas, muitas delas perderam parentes, animais domésticos e suas residências. Acostumados com fenômenos meteorológicos na região, os moradores se veem desta vez incapazes de recomeçar suas vidas no mesmo local. 

Segundo estudo realizado pela Startup Loft e Offerwise, 80% das pessoas declararam que os fenômenos climáticos já teriam prejudicado sua residência ou de familiares. Cerca de mil pessoas foram entrevistadas no período de 4 a 7 de junho, 41% deles expressaram o desejo de deixar a região. Surpreendentemente o percentual de moradores que não pretendem se mudar é maior, mesmo com as condições adversas muitos deles têm o sentimento de força e acreditam que irão recomeçar novamente. 

A empresária Camila Portela, que mora em Venâncio Aires, município do Vale do Rio Pardo, relatou que não teve dúvida com relação a deixar o bairro, ao se deparar com sua residência submersa por semanas e mesmo após baixar a água, o mal cheiro continua nas ruas e residências devido ao acúmulo de resíduos deixados pela enchente. Camila já havia se mudado de outro bairro que foi atingido por uma enchente em 2014, na ocasião a água chegou a atingir 1,70 metros alagando residências e comércios no bairro União, região central da cidade. 


Cidade alagada após enchente no RS (Foto: reprodução/Jefferson Bernardes/Getty Images Embed)


A difícil missão do recomeço

A cidade de Passo Fundo no norte do estado tornou-se o destino para muitas famílias que decidiram reconstruir suas vidas após as enchentes que devastaram várias regiões. A Secretaria de Cidadania e Assistência Social (SEMCAS) atendeu dezenas de famílias oriundas de diversas partes e que buscaram em Passo Fundo um local para recomeçar.

Segundo Rafael Bortolussi, secretário da instituição, a maioria dessas pessoas teriam chegado lá apenas com a roupa do corpo, famintas e sem moradia.

A angústia de ter vivido momentos de desespero em meio à destruição, ainda vem em suas mentes, mas a força em recomeçar logo os dominam novamente.


Animais isolados após enchente no RS (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Medidas para evitar a tragédia 

O estado do Rio Grande do Sul está numa região geograficamente vulnerável a mudanças climáticas. Segundo a professora de urbanismo da UFRGS a cidade é uma área de risco iminente, por conta da impermeabilização do solo, desvios ou canalizações mal feitas, o que acaba sobrecarregando outras áreas mais frágeis da região. 

A proteção da cidade de Porto Alegre já foi estudada há muito tempo, uma gigantesca obra de engenharia foi feita com 68 km de diques, que protegem a cidade das águas dos rios Rio Gravataí e do Guaíba. Os diques chegam a 6 metros de altura impedindo que água entre na cidade.

Existem 19 estações de bombeamento que ajudam a retirar a água da capital e um sistema que fecha as comportas quando o nível dos Rios sobem. A questão é que o sistema de proteção ficou obsoleto e as ameaças climáticas se intensificaram. 

Uma das soluções possíveis seria uma grande obra em que o Rio Guaíba escoaria para a Lagoa dos Patos a maior quantidade de água e posteriormente seria levada para o Oceano Atlântico por uma saída estreita. O alargamento de canais é a solução mais aceitável de fazer, além de estender o sistema de proteção para outras partes da região, evitando a sobrecarga das bombas que retiram as águas da cidade. 

Matéria por Ana Nascimento (Lorena – R7)

Com ajuda de Inteligência Artificial, Brasil aparece como potência em energia renovável

Em evento onde reúne líderes e executivos de todo o mundo, com sua primeira edição na América Latina, no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o presidente da Saudi Aramco e do FII Institute, que também lidera o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, Yasir Al-Rumayyan releva que o Brasil é dos grandes atores. 

Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do governador do estado do Rio de Janeiro Cláudio Castro e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, no evento, Rumayyan explica que as expansões em soluções de energia renovável será fundamental para evitar o aumento de emissão dos gases de efeito estufa e como a Inteligência Artificial será o potencializador nessa questão.


Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes no Copacabana Palace (Foto: Reprodução/Beth Santos/Prefeitura do Rio).

É um grande desafio que o mundo vai enfrentar. Vão ser mais emissões, se continuarmos usando combustíveis fósseis. Temos de buscar uma solução de como empoderar a revolução da IA com energia renovável. E o Brasil é um dos maiores atores nisso”, comentou  Al-Rumayyan.

Projeto que garante crescente econômica e melhora na emissão de gases

No Brasil, o fundo Saudita teve início em 2016 e o projeto garante não só uma melhora nas emissões de gases como também promete geração de empregos, o que contribuiu para uma crescente econômica. 

A energia renovável é uma fonte de energia que é gerada oriunda de recursos naturais, como o vento, a água, o sol. No entanto, essas formas de energia possuem muitos desafios, como, por exemplo, a previsão do tempo na energia solar e eólica. Se não fizer sol no dia, ou tiver pouco vento a geração de energia será muito diferente de dias muito ensolarados e com ventanias.

Como a IA auxiliaria na geração de energia sustentável 

Nesse momento entra a inteligência artificial, ela pode ser usada para gerar a energia de acordo com as condições climáticas de cada dia. Como também a IA pode auxiliar para otimizar o consumo de energia, como aprender os padrões de consumo de uma residência ou um prédio comercial e se adequar a ele para reduzir o desperdício de energia.

Alerta de perigo: calor intenso atinge estados do oeste dos EUA

Nesta quinta-feira (6), os termômetros estadunidenses quase alcançaram a medição de temperatura máxima, em diferentes estados do oeste norte-americano, conhecido como a Costa do Pacífico dos Estados Unidos, composta por Washington, Oregon, Califórnia, Alasca e Havaí, Nevada e Arizona.


Onda de calor castiga diversas cidades dos EUA (Foto: reprodução/chuchart duangdaw/Getty Images Embed)


Clima nas extremidades e cidades debaixo temperaturas quase desérticas

A população estadunidense está sofrendo nos últimos tempos com as altas temperaturas que estão assolando o país, devido à forte onda de calor que sobreveio sobre a região a oeste do território norte-americano, principalmente em cidades como Las Vegas que chegou a marcar cerca de 44°C em um desses dias, e no Vale da Morte que chegou a 49ºC, conforme as informações fornecidas pelo governo.


Calor rigoroso assola estados a oeste dos EUA (Foto: reprodução/AFP)


Dessa forma, para tentar amenizar o problema climático, foram desenvolvidos alguns ambientes climatizados, para ajudar a população de baixa renda, a receber um pouco de conforto térmico e bem-estar, durante os dias quentes.

Previsão preocupante para o futuro

Profissionais da meteorologia apontam que o verão deste ano, provavelmente será uma das estações mais quentes e intensas já registradas em solo americano. A atmosfera seca e ensolarada, tem causado muita preocupação ao governo, devido aos problemas causados em decorrência do clima anormal, visto que em consequência disso, começaram a surgir incidência de incêndios florestais, e problemas de saúde nos cidadãos.

E conforme o depoimento feito ao Canal 13, da estação televisiva American Broadcasting Company (ABC), pelo diretor do serviço de ambulâncias norte-americano de Las Vegas, Nevada, EUA, a população não está habituada ao atual nível de temperatura, pois até mesmo os cidadãos locais e outras pessoas que frequentemente passam as férias na região, ainda não estão de fato com os corpos preparados para suportar esse tipo de clima.

Consequências de um problema muito maior

A ONU anunciou que a terra está passando por um período de aquecimento global bastante intenso, e, segundo a opinião de especialistas sobre o assunto, a expectativa é que as ondas de calor só devem piorar nos próximos anos.

Frente fria avança pelo Brasil após 1 mês de onda de calor

Após enfrentar a quarta onda de calor do ano, as temperaturas do País devem cair nos a partir desta sexta (24), principalmente na região Centro-Sul.

Durante o próximo fim de semana, a Região Sul do Brasil experimentará temperaturas abaixo da média, com destaque para a ocorrência de geada no centro-sul do Rio Grande do Sul, assim como na região serrana do estado gaúcho e catarinense.

Causa da frente fria do fim de semana


Onda de frio no Brasil de 25 a 27 de maio de 2024 (Arte: reprodução/Climatempo)

Esta massa de ar frio é de origem polar e está se revelando como a mais intensa do ano até agora no Brasil. Além das regiões do Centro-Sul do Brasil, espera-se a ocorrência de friagem até nos estados do Acre e Rondônia.

Segundo a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo, as principais causas das baixas temperaturas do final de semana são as chuvas persistentes, céu nublado e atuação forte do ar polar.

São Paulo tem grandes chances de bater um recorde: o de menor temperatura de 2024 até então. Conforme dados do Climatempo, Os recordes atuais são de 14,2°C em 19 de abril, para a menor temperatura do ano, e 19,1°C em 23 de março, para a menor temperatura máxima do ano. As previsões para a capital paulista são:

  • Sábado (25/5) – 14°C/18°C
  • Domingo (26/5) – 13°C/16°C

Impacto no RS

As fortes chuvas que abalaram todo o estado do Rio Grande do Sul devem continuar. “O maior volume esperado deve ocorrer quando do deslocamento da frente fria do sul do Rio Grande do Sul para o norte do Estado. Novos transtornos, portanto, são possíveis em função da forte instabilidade que é prevista”, diz o O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O Inmet também alertou para a possibilidade de acumulados de até 100 milímetros de chuva e classificou as tempestades como alerta laranja, ou seja, “perigo”.

Tragédia climática no Rio Grande do Sul: Fortes chuvas deixam o Estado inteiro em alerta

O Rio Grande do Sul vive um dos momentos mais desafiadores de sua história recente, com uma sucessão implacável de chuvas que já perdura por uma semana. O estado inteiro encontra-se em estado de calamidade, enquanto o número de vítimas fatais aumenta para 24 e dezenas de pessoas permanecem desaparecidas em meio às águas turvas das enchentes.

Meteorologistas apontam para a conjunção de múltiplos fenômenos climáticos como responsáveis por esta tragédia, agravada pelas mudanças climáticas. As previsões são sombrias, sugerindo que a intensidade das chuvas persistirá nos próximos dias, exacerbando ainda mais os danos já causados.

O alerta inicial foi emitido em 26 de abril pelo Instituto Nacional de Meteorologia, prevendo tempestades para o estado. Desde então, as precipitações têm aumentado gradativamente, desencadeando uma série de consequências devastadoras em toda a região.

Motivos para o agravamento da situação

A calamidade que assola a região é resultado de uma interação complexa entre diversos elementos, conforme apontam os especialistas. Primeiramente, um cavado combinado com uma corrente de vento intensa influenciou a área, gerando instabilidade climática. Esse cenário foi agravado pela presença de um corredor de umidade vindo da Amazônia, que intensificou as chuvas.

Além disso, um bloqueio atmosférico causado por uma onda de calor exacerbou a situação, concentrando as precipitações nos extremos e deixando o centro do país seco e quente.

Embora a região já estivesse enfrentando instabilidade climática nos dias anteriores, a combinação desses elementos intensificou a chuva. Várias frentes frias que normalmente se dissipariam para outras áreas foram impedidas devido ao bloqueio atmosférico, resultando em um impacto generalizado sobre o Rio Grande do Sul.

Mais motivos para o agravamento da situação do Estado

O aumento da temperatura da Terra e dos oceanos influencia a atmosfera, potencializando a ocorrência de fenômenos climáticos extremos.

Os especialistas explicam que o Sul do Brasil já possui condições propícias para tempestades nesta época do ano, porém, o que seria um evento isolado transformou-se em uma catástrofe devido à intensificação dos fenômenos climáticos.


Rio Grande do Sul é atingido por fortes chuvas (Fotografia: Reprodução/Força Aérea Brasileira)

Marcelo Seluchi, coordenador da equipe de monitoramento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), destaca que a soma dessas condições criou um cenário que pode resultar no maior volume de chuva já registrado na história do estado.

As previsões indicam que essa condição persistirá até sábado (4), com acumulações que podem alcançar até 400 milímetros, adicionando-se aos mais de 300 milímetros registrados nos últimos quatro dias.

Abril se despede com calor extremo e chuvas

O outono no Brasil está cada vez mais quente e o fim do mês de abril não será diferente segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. O órgão emitiu um alerta ontem (27) para ondas de calor extremo nos estados do Centro-oeste e Sudeste. O destaque é para as temperaturas altas para o domingo na cidade do Rio de Janeiro.

Onda de calor e capitais com temperaturas extremas

Até quarta-feira, os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Paraná estão com 5° a mais das temperaturas previstas para o período. Fora dessas regiões, o calor bate recordes também com 33° em Vitória, 32° em Manaus, 31° em Teresina e Salvador. O Rio de Janeiro será a capital mais quente desse domingo com 37°.

Chuvas nos extremos do Brasil

Enquanto a área de baixa pressão não deixa a chuva se formar nessas regiões, a chuva fica nos extremos com alerta de temporais entre Alagoas e Rio Grande do Norte. A zona de convergência intertropical deixa o norte com concentração de precipitações principalmente em Belém, São Luís, Natal e Maceió.

No Sul, ela se concentra no Rio Grande do Sul e em partes de Santa Catarina com a passagem de uma frente fria. Em Passo fundo, a chuva virá mais intensa, enquanto em Porto Alegre, ela será mais espaçada.


Chuvas para o Sul e litoral do Nordeste (Foto: reprodução/sbaryam/Getty Images Embed)


Fim de abril com calor e chuva no país

O final do mês abril será marcado por grandes concentrações de calor nas regiões centrais como o Centro-oeste e Sudeste e as chuvas estarão intensas no extremo sul e no litoral do Nordeste para os próximos dias. O outono brasileiro continua com sua marca de variações de temperaturas em vários locais do país pelo tamanho continental de nosso território. Nos dois casos, os avisos do Instituto aconselham cautela aos moradores desses estados.

Onda de calor ameaça saúde em vários estados brasileiros

Mais de 1,6 mil municípios brasileiros receberam alerta de perigo para uma onda de calor entre o último sábado, 16, até a próxima segunda-feira, 18. O alerta foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) como um aviso.

As ondas de calor são definidas quando as temperaturas se mantêm entre 3°C e 5°C acima do padrão durante um determinado período e podem ter um impacto significativo na saúde da população, especialmente nos grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com problemas de saúde crônicos, gestantes e pessoas em situação de rua.

Recomendações do Ministério da Saúde

A proteção contra o sol e o calor é fundamental. Recomenda-se evitar a exposição direta ao sol, especialmente entre 10h e 16h, usar protetor solar, chapéus e óculos escuros, e vestir roupas leves. É importante também reduzir os esforços físicos e descansar em locais frescos e arejados. A hidratação é outro aspecto crucial, com a ingestão de água ou sucos naturais, mesmo sem sentir sede. 

Em casa, é aconselhável fechar cortinas e janelas expostas ao calor, abrir as janelas à noite e usar menos roupas de cama. O Ministério da Saúde ainda aconselha buscar atendimento médico caso sofra de alguma doença crônica, e buscar ajuda especializada se sentir algum dos sintomas a seguir: tonturas, fraqueza, ansiedade, sede intensa e dor de cabeça.


Mapa do Inmet mostrando os estados em alerta de perigo máximo devido à onda de calor, incluindo partes do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul (Foto: reprodução/Inmet)

Altas temperaturas

De acordo com o Inmet, o alerta máximo foi emitido devido ao aumento da temperatura média em 5°C. Este alerta afeta 556 municípios do Paraná, sul, leste e centro-norte de Mato Grosso do Sul, além de algumas localidades de São Paulo, incluindo Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Piracicaba, Ribeirão Preto, Araçatuba, Marília, Araraquara e Bauru. Além disso, algumas áreas da Região Metropolitana de São Paulo estão sob alerta de perigo potencial, como o Vale do Paraíba e o litoral sul.

Na metrópole de São Paulo, por exemplo, foram registradas temperaturas superiores a 34°C no sábado, de acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. Na madrugada de domingo, 17, o clima permaneceu quente, com 25°C e ausência de chuva. Essas condições climáticas extremas exigem atenção e cuidados especiais para evitar problemas de saúde relacionados ao calor.

A expectativa é de que o clima quente persista, com um rápido aumento na temperatura, que pode ultrapassar os 35°C. A temperatura mínima prevista é de 24°C. De acordo com o CGE, nos próximos dias ainda haverá bastante sol e calor, “porém, as chuvas voltarão aos poucos na forma de pancadas isoladas ao final das tardes”. A estação do outono inicia na quarta-feira, 20.

Matéria por Marcelo Henrique Maciel (Lorena – R7)

Paris se prepara para receber Olimpíada em meio a riscos das ondas de calor

Depois de testemunharmos uma Olimpíada em Tóquio, que também foi afetada pelo calor extremo, surge uma preocupação similar para os Jogos realizados em Paris. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Npj Climate and Atmospheric Science, existe o risco de uma onda de calor histórica atingir Paris durante o período dos Jogos.

Paris mostra números graves

Outro estudo, publicado na revista Lancet Planet Health, mostrou que Paris tinha a taxa de mortalidade relacionada ao calor mais elevada entre 854 cidades europeias. Segundo o estudo, isso está relacionado à densidade populacional e à falta de áreas verdes na cidade.

No entanto, os números desse estudo, publicado em maio do ano passado, podem ter sido distorcidos pela tragédia da onda de calor que afetou a Europa em 2003, matando cerca de 15 mil pessoas na França, a maioria idosos que viviam sozinhos.

Outra preocupação é que Paris enfrentou graves ondas de calor nos últimos cinco anos, com um pico registrado de 42,6 °C na cidade em julho de 2019.

Polêmica em relação ao ar-condicionado

Uma polêmica que surgiu antes dos Jogos foi a ausência de ar-condicionado na Vila Olímpica. Inicialmente, ela foi construída sem o aparelho como parte dos esforços para tornar os Jogos Olímpicos mais sustentáveis. Assim, a vila foi criada com um sistema de resfriamento geotérmico natural, além de áreas mais arborizadas, resultando em uma diminuição de cerca de 6 graus em relação à temperatura exterior.


Paris se prepara para receber jogos olímpicos (Foto: reprodução/X/@Paris2024)

No entanto, devido ao risco das ondas de calor afetarem os Jogos, alguns países não consideraram essa medida suficiente. Por esse motivo, os organizadores começaram a oferecer o fornecimento de aparelhos de ar-condicionado portáteis às delegações visitantes para ajudar a mitigar possíveis problemas.

O calor também afetou a última edição dos Jogos realizados em Tóquio, no Japão. Eles foram realizados durante o período pandêmico e foram considerados os mais quentes da história.

Chuvas intensas mostram deficiências nos sistemas de drenagem das cidades

As chuvas intensas ocorridas em janeiro evidenciam a deficiência do sistema de drenagem nas cidades brasileiras. O perigo representado por chuvas cada vez mais intensas, tem assustado a população, especialmente diante do aumento frequente dos alertas de chuvas intensas. Isso leva algumas pessoas a monitorarem constantemente o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, 24 horas por dia, buscando se preparar para uma possível situação de emergência.

Sistemas atuais não conseguem lidar com chuvas atuais

“A verdade é que estamos vivenciando um novo normal, e, sob essa perspectiva, essas chuvas não podem mais ser consideradas extremas, pois não são tão raras”, destaca o pesquisador do Cemaden, Pedro Ivo Camarinha, ao G1. Ele também explica que as imagens se tornaram mais frequentes devido aos sistemas não conseguirem mais lidar com a intensidade das chuvas, uma vez que não foram projetados para suportar os grandes volumes observados atualmente.

“Volumes muito além do que os sistemas foram projetados para suportar são atingidos, ou do que as encostas têm capacidade de suportar. Portanto, é mais provável que tenhamos situações em que essas capacidades sejam ultrapassadas, resultando nos transtornos materializados nessas áreas”

Pedro Ivo Camarinha

Enchentes causadas pelas chuvas tem como uma das consequências a paralização de vias de grande movimento de carros (Foto: reprodução/X/@ProfAdelino_)

O professor da USP, José Carlos Mierzwa, explica que a engenharia busca soluções para ganhar tempo, sendo os tanques de armazenagem uma das opções usadas em sistemas mais modernos. “É retardar o escoamento da água da chuva. Se em cada local você acumular um pouco, consegue liberar de forma controlada. Isso minimiza os efeitos da inundação, como no caso dos piscinões, que funcionam mais ou menos dessa forma. Eles retêm a enchente e depois liberam em uma vazão controlada”, detalha Mierzwa.

Áreas verdes podem ser vistas como solução

Outra solução encontrada, de fácil adaptação, é a criação de áreas verdes. Elas podem ser estabelecidas rompendo o asfalto em espaços que não necessitam ser extensos, muitas vezes passando despercebidas pela maioria das pessoas. No entanto, ao final do dia, essas áreas verdes contribuem significativamente para o processo de drenagem das chuvas.

Atualmente, muitas cidades trabalham contra o tempo em busca de soluções, devido à promessa de aumento na intensidade das chuvas em um futuro próximo. A urgência em lidar com essa situação é evidente diante dos desafios apresentados pelo cenário climático em transformação.