Depois de testemunharmos uma Olimpíada em Tóquio, que também foi afetada pelo calor extremo, surge uma preocupação similar para os Jogos realizados em Paris. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Npj Climate and Atmospheric Science, existe o risco de uma onda de calor histórica atingir Paris durante o período dos Jogos.
Paris mostra números graves
Outro estudo, publicado na revista Lancet Planet Health, mostrou que Paris tinha a taxa de mortalidade relacionada ao calor mais elevada entre 854 cidades europeias. Segundo o estudo, isso está relacionado à densidade populacional e à falta de áreas verdes na cidade.
No entanto, os números desse estudo, publicado em maio do ano passado, podem ter sido distorcidos pela tragédia da onda de calor que afetou a Europa em 2003, matando cerca de 15 mil pessoas na França, a maioria idosos que viviam sozinhos.
Outra preocupação é que Paris enfrentou graves ondas de calor nos últimos cinco anos, com um pico registrado de 42,6 °C na cidade em julho de 2019.
Polêmica em relação ao ar-condicionado
Uma polêmica que surgiu antes dos Jogos foi a ausência de ar-condicionado na Vila Olímpica. Inicialmente, ela foi construída sem o aparelho como parte dos esforços para tornar os Jogos Olímpicos mais sustentáveis. Assim, a vila foi criada com um sistema de resfriamento geotérmico natural, além de áreas mais arborizadas, resultando em uma diminuição de cerca de 6 graus em relação à temperatura exterior.
No entanto, devido ao risco das ondas de calor afetarem os Jogos, alguns países não consideraram essa medida suficiente. Por esse motivo, os organizadores começaram a oferecer o fornecimento de aparelhos de ar-condicionado portáteis às delegações visitantes para ajudar a mitigar possíveis problemas.
O calor também afetou a última edição dos Jogos realizados em Tóquio, no Japão. Eles foram realizados durante o período pandêmico e foram considerados os mais quentes da história.